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Fontes de proteína em suplementos múltiplos para bovinos em pastejo / Proteins sources in multiple supplements for steers at pasture

Villela, Severino Delmar Junqueira.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-6838

Resumo

Este trabalho foi elaborado a partir de três experimentos com novilhos mestiços ou anelorados em pastejo de Brachiaria decumbens. No primeiro experimento, avaliaram-se suplementos formulados com diferentes fontes de proteína, nos períodos da seca e transição seca/águas. Para avaliar o desempenho produtivo, foram utilizados 20 animais (mestiços holandês-zebu e anelorados) com peso vivo médio de 220 kg e idade aproximada de 10 meses distribuídos em cinco piquetes de dois hectares cada, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. O fornecimento dos suplementos, que tinham aproximadamente 38 % de proteína bruta (PB) na matéria seca (MS), foi diário, em nível de 0,5 % do peso vivo (PV). Os tratamentos foram constituídos de suplemento à base de farelo de soja e farelo de trigo (FSFT), farelo de trigo e uréia (FTU), farelo de algodão 38 % de PB (FA38), farelo de algodão 28 % de PB e uréia (FA28), e farelo de trigo, farelo de algodão 38 % de PB e uréia (FATU), além de mistura mineral, presente em todos os suplementos. O tratamento FA38 apresentou ganhos superiores aos tratamentos FSFT, FTU e FA28, e o tratamento FATU foi superior aos tratamentos FTU e FA28. Para avaliar os parâmetros nutricionais, foram utilizados cinco animais mestiços holandês-zebu, com idade e peso médios iniciais de 10 meses e 170 kg, fistulados no esôfago e rúmen distribuídos em cinco piquetes de 0,3 hectare, em área contígua à usada para a avaliação do desempenho, em delineamento de blocos casualizados, onde cada período experimental foi tratado como bloco. As fontes de proteína não afetaram o consumo de MS em relação ao PV; porém o consumo de fibra em detergente neutro (FDN) foi superior nos tratamentos FTU e FA28 em relação aos FA38 e FATU. As digestibilidades da MS obtidas nos tratamentos FSFT e FTU foram superiores às dos FA38, FA28 e FATU; e a digestibilidade da PB do FTU foi superior às dos FA38 e FA28. Houve efeito dos tratamentos sobre o pH, mas todos se encontraram dentro dos limites favoráveis ao consumo e à digestão de forragem. As fontes de proteína afetaram a concentração de N-NH3 ruminal, a qual foi maior para o tratamento FTU, que tinha o maior teor de uréia, em relação aos demais tratamentos, e para os tratamentos FSFT, FA28 e FATU em relação ao FA38. Não houve efeito dos tratamentos sobre os fluxos de compostos nitrogenados (N) microbianos e eficiência microbiana, expressa em g de MS microbiana por kg carboidratos totais degradados no rúmen (CHODR) e g PBmic/100 g NDT. Houve efeito das fontes de proteína sobre a concentração de N uréico no plasma, sendo o menor valor observado para o tratamento FA38; e os maiores valores foram observados nos produtos que continham uréia (FATU, FTU e FA28). Entretanto, não houve efeito dos tratamentos sobre a excreção de N na urina em relação ao nitrogênio ingerido ou sobre o balanço de nitrogênio. No segundo experimento avaliaram-se suplementos múltiplos formulados com diferentes fontes de proteína, no período das águas. Para avaliar o desempenho produtivo, foram utilizados 20 animais com peso vivo médio de 284 kg e idade aproximada de 14 meses distribuídos em cinco piquetes de dois hectares cada, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. O fornecimento dos suplementos (500g /dia), que tinham aproximadamente 35% de PB na MS, foi diário. Foram utilizados os tratamentos: FSFT; FTU; FA38; FATU; e o tratamento testemunha, mistura mineral (SAL). O fornecimento de suplementos múltiplos no período das águas permitiu ganhos de peso adicionais de 135 a 275g/dia. Os tratamentos FATU e FTU apresentaram ganhos superiores ao SAL. Os parâmetros nutricionais foram avaliados em cinco animais, com idade e peso médios iniciais de 14 meses e 219 kg, fistulados no esôfago e no rúmen, distribuídos em cinco piquetes de 0,3 hectare, em delineamento de blocos casualizados, onde cada período experimental foi tratado como bloco. Não houve efeito da suplementação ou das fontes de proteína sobre o consumo de nutrientes ou consumo de MS de pasto. As digestibilidades da MS e da FDN obtidas no FA38 foram inferiores às dos demais. Não houve efeito dos tratamentos sobre o pH, cujo valor médio foi de 6,41. A concentração de N-NH3 ruminal foi maior para o tratamento FTU, que tinha o maior teor de uréia, em relação aos demais, e para os FSFT, FA38 e FATU em relação ao SAL. Não houve efeito da suplementação ou das fontes de proteína sobre os fluxos de N microbianos e eficiência microbiana expressa nas diferentes formas. Não houve efeito dos tratamentos sobre a concentração de N uréico no plasma, a qual apresentou valor médio de 13,7 mg/dL, nem sobre a excreção de N na urina. Entretanto, a suplementação permitiu maior balanço de nitrogênio. No terceiro experimento, avaliaram-se suplementos múltiplos formulados com diferentes fontes de proteína, no período de transição águas/seca. Para avaliar o desempenho produtivo, foram utilizados 20 animais com peso vivo médio de 357 kg e idade aproximada de 17 meses distribuídos em cinco piquetes de dois hectares cada, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os suplementos foram fornecidos na base de 1,0kg/dia. Utilizaram-se os tratamentos: FSFT, FTU, FA38, FATU; e SAL. Não foi encontrada diferença (P>0,10) no ganho de peso diário. Entretanto, os animais suplementados apresentaram 24,3% a mais de ganho de peso em relação ao grupo controle. Considerando-se apenas os suplementos (FA38 e FATU) que continham farelo de algodão 38% PB, o ganho de peso diário foi 0,223kg/dia ou 41,8% superior ao testemunha. Os parâmetros nutricionais, foram avaliados em cinco animais, com idade e peso médios iniciais de 17 meses e 249 kg, fistulados no esôfago e no rúmen distribuídos em cinco piquetes de 0,3 hectare, em delineamento de blocos casualizados, onde cada período experimental foi tratado como bloco. A suplementação, de um modo geral, proporcionou aumento no consumo de MS em kg/dia ou em relação ao peso vivo; não afetando o consumo de MS de pasto ou o consumo de FDN. A digestibilidade da MS encontrada no FSFT foi superior aos demais, que não diferiram entre si. Não houve efeito dos tratamentos sobre o pH, cujo valor médio foi de 6,42. A concentração de N-NH3 ruminal foi maior para os tratamentos FTU, FSFT e FATU em relação ao FA38, que foi maior que o SAL. Não foram observados efeitos dos tratamentos para os fluxos de N microbianos e eficiência microbiana. Não houve efeito das fontes de proteína sobre a concentração de nitrogênio uréico no plasma e balanço de nitrogênio, sendo todos superiores ao testemunha
This work was carried out from three experiments with crossbreed and/or zebu steers on Brachiaria decumbens pastures. In the first experiment were evaluated supplements with different protein sources during the dry periods and transition phase between the dry and the rainy seasons. To evaluate the performance 20 animals were used (Holstein x zebu, or zebu) with 220 kg of live weight (LW) and 10 months old each, grazing in five paddocks (2 ha), in a completely randomized desing, with five treatments and four replicates. The supplements with 38% of crude protein (CP) in the dry matter (DM) basis were supplied daily at 0.5% of their weight. The treatments employed were supplements based on: soybean meal /wheat meal (FSFT), wheat/urea (FTU), cottonseed meal 38% of CP (FA38), cottonseed meal 28% of CP/urea (FA28), wheat meal, cottonseed meal 38% of CP/urea (FAFTU), and mineral salt was present in all the supplements. The treatment FA38 allowed superior animal performance compared with the treatments FSFT, FTU and FA28; and the treatment FAFTU was superior to the treatments FTU and FA28. Five Holstein-zebu steers 10 months old and initial weight of 170 kg, and fistulated in the esophagus and rumen, were used to evaluate the nutritional parameters. These animals were grazing in five paddocks of 0.3 hectare each in design of randomized blocks where each experimental period was treated as a block. The protein sources did not effect the intake of DM in relation to LW but the intake of neutral detergent fiber (NDF) was superior in treatments of FTU and FA28 in relation to FA38 and FAFTU; and the digestibility of DM obtained in FSFT and FTU treatments were superior to those of FA38, FA28, and FAFTU, and the digestibility of CPs FTU was superior to those of FA38 and FA28. The treatments had effect on pH but all were within the favorable limits of digestion of forage. The protein sources effected the concentration of ruminated N-NH3 that was bigger than a FTU treatment, and it had a bigger content of urea in relation to other treatments, for treatments FSFT, FA28, and FAFTU in relation to FA38. It had no effect from the treatments on the fluxes of microbial protein and its efficiency. The less value of N-urea concentration in plasma was observed for FA38 treatment; and the biggest value was observed in products that contained urea (FAFTU, FTU, and FA28). In the second experiment were evaluated supplements with different protein sources during the rainy period. To evaluate the productive performance 20 animals were used with average live weight of 284Kg and approximate age of 14 months grazing in five paddocks (2 ha), in a completely randomized design, with five treatments and four replicates. The daily supplements (500g/day) had approximately 35% of CP in the DM. The following treatments were used: FSFT, FTU, FA38, FAFTU, and the control treatment mineral (CONTROL). The supply of multiple supplements during the rainy period allowed extra weight gains of 135 275 g/day. The treatment FAFTU and FTU showed gains over CONTROL. The nutritional parameters were evaluated in five animals with initial average weight and age of 219Kg and 14 months respectively, fistulated in the esophagus and in the rúmen, distributed in five paddocks of 0.3 hectares, in design of randomized blocks where each experiment period was treated as a block. There was no effect of supplementation or the protein sources under the intake of nutrients or intake of DM from pasture. The digestibility of DM and NDF obtained in FA38 was inferior to others. There was no effect in the treatments under the pH, which average value was 6.41. The ruminal concentration of N-NH3 was bigger to that of FTU treatment that had the bigger content of urea in relation to others, and to FSFT, FA38, and FAFTU in relation to CONTROL. There was no effect in the supplementation or protein sources on the fluxes of microbial protein and microbial efficiency. There was no effect in the treatments on the N-urea concentration in plasma that showed average value of 13.7mg/day, nor on the excretion of nitrogen compounds (N) in the urine. However, the supplementation allowed bigger nitrogens balance. In the third experiment were evaluated supplements with different protein sources during the transition phase between the rainy and the dry seasons. To evaluate the performance 20 animals were used with average live weight of 357Kg and approximately 17 months of age, grazing in five paddocks (2 ha), in a completely randomized design, with five treatments and four replicates. The supplements were supplied in base of 1.0kg per day. The following treatments were used: FSFT, FTU, FA38, FAFTU and CONTROL. No difference was found (P>0.10) in the daily weight gain. However, the supplemented animals showed 24.3% more in weight gain in relation to the control group. Considering only th supplements (FA38 and FAFTU) that contained cottonseeds meal with 38% CP, the daily weight gain was 0.223Kg/day or 41.8% more than the CONTROL. The nutritional parameters were evaluated in five animals with initial average weight and age of 249Kg and 17 months respectively, fistulated in the esophagus and in the rumen, distributed in five paddocks of 0.3 hectares each in design of randomized blocks, where each experimental period was treated as a block. The supplementation in general provided proportional increase in intake of DM in kg/day or in relation to LW not affecting the intake of DM from pasture or the intake of NDF. The digestibility of the DM found in the FSFT was superior to others that did not differ from each other. There was no effect in the treatments under the pH which average value were 6.42. The ruminal concentration of NNH3 was bigger that the FTU, FSFT and FAFTU treatments in relation to FA38 that was bigger than CONTROL. No effects were observed to treatments of the protein microbial fluxes and microbial efficiency. There was no effect of the protein sources on the concentration of N-urea in the plasma and the nitrogens balance, all being superior to the CONTROL
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