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Proteção contra infecções pelo bhv-5 induzida por uma vacina para bhv-1 e por uma amostra recombinante de bhv-5

Silva, Alessandra D Avila Da.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7135

Resumo

O herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) é responsável por meningoencefalites necrosantes em bovinos, com prevalência aparentemente mais significativa nos países do hemisfério sul, principalmente Brasil e Argentina. Objetivando um melhor entendimento sobre aspectos de proteção cruzada induzida através da utilização de vacinas contra BHV-1 frente a infecções por BHV-5, o presente estudo envolveu a imunização de coelhos e bovinos com uma vacina recombinante de BHV-1 e subseqüente desafio com uma amostra altamente virulenta de BHV-5. Após o desafio, 2 de 5 coelhos previamente vacinados morreram apresentado sinais neurológicos de meningoencefalite, bem como 3 de 5 coelhos do grupo de animais não vacinados. Quando este experimento foi realizado em bovinos, animais do grupo vacinado desenvolveram sinais brandos de comprometimento nervoso e doença respiratória. No grupo de animais não vacinados, contudo, 2 animais morreram nos dias 7 e 11 pós desafio. No dia 21 pós desafio, 4 de 8 bovinos vacinados e 2 bovinos não vacinados foram sacrificados e apresentaram lesões típicas de BHV-5 no encéfalo. No dia 60 pós desafio, os bovinos remanescentes foram submetidos à administração de dexametasona visando a reativação do vírus. Após a reativação, não foram evidenciados sinais de comprometimento nervoso ou respiratório em ambos os grupos. Contudo, lesões atróficas no encéfalo estavam presentes em 3 animais vacinados bem com em 2 bovinos não vacinados. Conclui-se que a imunização com esta vacina de BHV-1 conferiu proteção parcial a coelhos e bovinos posteriormente desafiados com BHV-5. Como segunda parte deste trabalho, na busca para uma amostra atenuada com potencial para ser utilizada como imunógeno, uma amostra de BHV-5 recombinante com deleções nos genes gI, gE e US9 foi avaliada quanto a seu potencial patogênico, imunogênico e capacidade de reativação utilizando coelhos com idades variando entre 4 e 8 semanas como modelo experimental. Nos coelhos de 4 semanas de idade, o mutante causou doença levando à morte 4 de 13 animais (30,7%) enquanto que a amostra de vírus selvagem levou à morte 11 em 13 animais (84,6%). Após o desafio, coelhos previamente vacinados não desenvolveram sinais clínicos compatível com infecções por BHV-5 apresentando anticorpos específicos frente à BHV-5. Em coelhos de 8 semanas de idade, o mutante não induziu sinais da doença durante a fase aguda da infecção, enquanto a amostra de vírus selvagem foi fatal para 5 em 9 (55,5%) animais. Após administração de dexametasona, animais inoculados com o vírus recombinante não apresentaram sinais neurológicos nem eliminaram vírus nas secreções nasais, enquanto que no grupo inoculado com o vírus parental houve eliminação de vírus através das secreções nasais durante 10 dias em 100% dos animais. Estes resultados sugerem que o mutante de BHV-5 foi parcialmente atenuado quando testado em coelhos de 4 semanas de idade sendo que animais previamente imunizados com tal recombinante ficaram protegidos frente ao desafio com a amostra parental. Estudos posteriores na espécie alvo serão necessários para avaliar as propriedades patogênicas e imunogênicas do vírus recombinante visando sua utilização como uma vacina atenuada diferencial para bovinos
Biblioteca responsável: BR68.1