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Febre catarral maligna em bovinos no rio grande do sul

Garmatz, Shana Leticia.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7196

Resumo

São relatadas duas epizootias recentes de febre catarral maligna (FCM) que ocorreram em bovinos de duas propriedades rurais (A e B) do município de Santiago, Rio Grande do Sul (RS) e a transmissão da doença a bovinos suscetíveis. Adicionalmente, foi realizada uma pesquisa nos arquivos de três laboratórios de diagnóstico veterinário (LDVs) em atuação no estado, para o levantamento de casos de FCM em bovinos no RS. As duas epizootias recentes ocorreram de novembro de 2001 a fevereiro de 2002 (Propriedade A) e em janeiro-fevereiro de 2003 (Propriedade B). O número de bovinos sob risco, as taxas de morbidade e de letalidade foram, respectivamente, 170, 10,59% e 83,33% na Propriedade A e 500, 2,4% e 100% na Propriedade B. Em ambas as propriedades havia contacto de ovinos com os bovinos afetados. Nos bovinos afetados nas duas propriedades, a duração do curso clínico, os achados de necropsia e a histopatologia foram semelhantes. A maioria dos bovinos afetados morreu ou foi submetida à eutanásia após um curso clínico de 2 a 8 dias. Os sinais clínicos incluíam febre (40.5 e 41.5°C), corrimento nasal e ocular, opacidade da córnea, conjuntivite, salivação, erosões e ulcerações em mucosas, diarréia, hematúria e distúrbios neurológicos. Foram realizadas onze necropsias (nove na propriedade A e duas na propriedade B). Lesões macroscópicas incluíam erosões e úlceras nas mucosas dos cornetos nasais, cavidade oral e tratos gastrintestinal e urogenital; hemorragia e necrose da ponta das papilas bucais, aumento de volume dos linfonodos, múltiplos focos brancos no córtex renal, acentuação do padrão lobular da superfície hepática e hiperemia das leptomeninges. Microscopicamente, havia arterite e degeneração fibrinóide em artérias de médio e pequeno calibre e em arteríolas de múltiplos órgãos e tecidos, necrose e inflamação em várias superfícies mucosas, ceratite, conjuntivite, uveíte, nefrite intersticial e encefalite. A transmissão experimental foi tentada em cinco terneiros (E1-E5) pela inoculação de cada um deles, por via intravenosa, com 500 ml de sangue total oriundo de bovino afetado por FCM. A transmissão foi conseguida em pelo menos três (E1-E3) dos terneiros experimentais que adoeceram após um período de incubação de 15 a 27 dias. Quatro dos terneiros do experimento morreram ou foram submetidos à eutanásia in extremis após um curso clínico que durou de três dias a oito semanas. O terneiro experimental remanescente (E5) recuperou-se após uma doença branda e foi submetido à eutanásia 14 semanas após a inoculação. Os cinco terneiros foram necropsiados. Sinais clínicos, achados de necropsia e histopatologia de três terneiros (E1-E3) eram característicos de FCM. O DNA viral de herpesvírus ovino-2 (OvHV-2) foi detectado pela técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) em tecidos emblocados em parafina de sete dos 11 bovinos espontaneamente afetados por FCM e que haviam sido diagnosticados com base nos achados clínicos e nas alterações patológicas. O DNA de OvHV-2 foi também detectado por PCR em tecidos emblocados em parafina de três terneiros experimentais (E1-E3). A técnica de PCR resultou negativa nos restantes quatro dos 11 bovinos testados nos casos espontâneos das epizootias recentes de FCM e em dois (E4-E5) dos cinco terneiros usados nos experimentos de transmissão. Testes de imunoistoquímica (streptavidina-biotina peroxidase) realizados em cortes de tecido linfóide do terneiro E4 para detecção de antígeno do vírus da diarréia viral bovina resu
Biblioteca responsável: BR68.1