Eficácia do piretróide d-fenotrina e do fipronil no controle de Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) (Acari: Ixodidae) em cães

RESUMO

Este estudo teve como objetivos avaliar a eficácia do piretróide d-fenotrina e do fipronil no controle de Rhipicephalus sanguineus em cães da raça Beagle, infestados artificialmente com 30 carrapatos adultos, não alimentados, oriundos de uma colônia mantida nas dependências do laboratório de Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas, localizado nas instalações do convênio EMBRAPA/UFRRJ. Os animais foram infestados no dia -2 e posteriormente foram realizadas contagem 48 horas após a infestação para ranqueamento e sorteio dos grupos. Foram utilizados vinte e cinco animais divididos em cinco grupos grupo 1 foi mantido sem tratamento, grupo controle; grupo 2 foi tratado com o produto de aplicação spray contendo 0,25% de fipronil, correspondendo a uma dosagem de 6 mg/kg; grupo 3 tratado com o produto de aplicação “top-spot”, contendo 9,8% fipronil e 8,8% metoprene, correspondendo a dose de 6,7 mg/kg de fipronil e 6 mg/kg de metoprene; grupo 4 tratado com o produto de aplicação spray, contendo 4,4% D-fenotrina e 0,148% piriproxifen; grupo 5 tratado com o produto “strip-on” contendo 78,125% D-fenotrina e 2,575% piriproxifen, correspondendo a uma dosagem de 100 a 200 mg/Kg e 3,3 a 6,6 mg/Kg, respectivamente. Os animais foram tratados no dia 0, as demais infestações ocorreram nos dias +5, +10 e +15; e as contagens dos carrapatos fixados em cada animal, para avaliar a eficácia das formulações em teste, ocorreram nos dias +7, +12 e +17. O produto de aplicação spray, contendo fipronil, apresentou eficácia média de 71,3%. A associação do fipronil com o metoprene de aplicação “top-spot” obteve eficácia média de 79,6%. A eficácia média para a associação do piretróide d-fenotrina com o inibidor de desenvolvimento piriproxifen foi de 80,7 e 69%, nas formulações de aplicação spray e “strip-on”, respectivamente. As quatro formulações em teste demonstraram ser eficazes no controle do carrapato R. sanguineus em cães