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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7446

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi verificar a influência de diferentes umidades relativas (UR) sobre o desenvolvimento embrionário das quatro espécies de maior importância em Medicina Veterinária no Brasil. A etapa experimental foi conduzida no Laboratório de Ixodologia da Estação para Pesquisas Parasitológicas W. O. Neitz do Departamento de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no período de abril de 2003 a Setembro de 2004. Fêmeas das quatro espécies de ixodídeos foram coletadas em animais naturalmente infestados e posteriormente, levadas ao laboratório e acondicionadas a BOD regulada a 27 ? 1ºC e 80 % UR até a oviposição. Foram utilizados os ovos do terceiro dia de postura das fêmeas de cada espécie, os quais foram separados e pesados em quatro amostras de 400 mg, para cada espécie de ixodídeo, as quais foram acondicionadas individualmente em placas de Petri (50 x 15 mm) e acondicionadas em dessecadores regulados a 30, 50, 70 e 95% (controle) UR e temperatura ambiente. Para obtenção dos percentuais de umidade utilizou-se soluções saturadas de KOH conforme a técnica de SOLOMON (1951). A cada dia subseqüente, foi coletada uma alíquota de 10 mg de ovos de cada tratamento até a eclosão da primeira larva ou até que fosse constatada a inviabilidade dos ovos, por seu aspecto escuro e ressecado. As alíquotas diárias foram imediatamente fixadas em álcool 70%. Posteriormente os ovos foram clarificados em lactofenol e novamente retornados para o álcool 70% em potes de vidro. Para o exame do saco retal (usado como ponto-chave de observação) ao microscopio óptico, os ovos foram montados temporariamente com álcool 70%, em lâmina escavada coberta por lamínula. Para todas as espécies, o tratamento 30% UR foi considerado deletério, pois não houve desenvolvimento embrionário. Em 50% UR, não houve embrionamento dos ovos das espécies estudadas, exceto em Rhipicephalus sanguineus, a qual mostrou-se mais tolerante frente às condições de baixa UR. Apesar de ser considerado baixo para o desenvolvimento e sobrevivência dos ixodídeos, o tratamento 70% UR foi considerado viável, tendo em vista o desenvolvimento do embrião e conseqüentes eclosões. Entretanto, o percentual de 95% UR foi considerado o melhor para o desenvolvimento embrionário, pois este transcorreu normalmente para todas as espécies estudadas, sendo o embrião observado em 100% das amostras

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