Estudo ultra-sonográfico e radiográfico da frouxidão articular em cães jovens

RESUMO

Foram avaliadas 22 articulações coxofemorais de cães das raças Whippet (quatro cães), Rottweiler (cinco cães) e Labrador Retriever (dois cães), com o objetivo de comparar o exame ultra-sonográfico da articulação coxofemoral de cães jovens com as avaliações radiográficas em distração e convencional, para a determinação precoce da frouxidão articular passiva. O exame ultra-sonográfico foi realizado quando os animais tinham de 14 a 15 dias de idade. Os exames radiográficos foram realizados nos mesmos animais quando estes completaram a idade de cinco meses de vida. Utilizou-se o método ultra-sonográfico estático, o método radiográfico convencional (MRC) e o método radiográfico em distração (MRD). Para quantificar a relação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, foram medidos os ângulos a e ? no exame ultra-sonográfico, o ângulo de Norberg (AN) no MRC e o índice de distração (ID) no MRD. A comparação entre os métodos mostrou a existência de correlação significativa e negativa entre os ângulos a e ? (p< 0,001). Também foi observada correlação significativa entre o ID e o AN. Entretanto não houve correlação significativa entre os ângulos a e ? em relação ao ID e o AN. O método ultra-sonográfico estático não se mostrou sensível para a detecção precoce da frouxidão passiva da articulação coxofemoral de cães com idade compreendida entre 14 e 15 dias. O índice de distração utilizado no MRD foi eficiente na detecção da frouxidão articular passiva em cães com idade média de 5 meses, quando comparado ao MRC, sendo possível a identificação de 2 cães falsos negativos. O MRC mostrou-se importante na observação das alterações osteartróticas, auxiliando o diagnóstico da displasia coxofemoral (DCF)