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Avaliação do estresse oxidativo em cães com insuficiência renal crônica e anemia
Thesis em Pt | VETTESES | ID: vtt-7850
Biblioteca responsável: BR68.1
RESUMO
A deficiência relativa do hormônio eritropoetina é a principal causa envolvida no desenvolvimento da anemia na insuficiência renal crônica (IRC), embora outros fatores tais como deficiências nutricionas, substâncias inibidoras da eritropoiese presentes no plasma, mielofibrose, hemorragia gastrintestinal e diminuição do tempo de vida das hemácias também possam estar presentes na evolução e perpetuação da anemia. Existem evidências que indicam que o aumento na produção das espécies reativas do oxigênio (EROs) esteja envolvido no aumento da peroxidação dos ácidos graxos da membrana eritrocitária, resultando, em última instância, em hemólise e intensificação da anemia. Estudos realizados em seres humanos com IRC demonstraram a existência de diminuição das defesas antioxidantes eritrocitárias e aumento na concentração de marcadores de peroxidação lipídica presentes no plasma. Com o objetivo de determinar se o mesmo ocorre em cães com IRC, as concentrações eritrocitárias de glutationas total, reduzida e oxidada, como também das enzimas antioxidantes - glutationa-peroxidase, glutationa-redutase e superóxido-dismutase foram avaliadas em cães normais e em cães com IRC e anemia. Ainda, foram determinadas as concentrações plasmáticas das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (SRATB) como marcador de peroxidação lipídica plasmática em ambos os grupos. Não foram detectadas diferenças significantes nas concentrações eritrocitárias de glutationa total e glutationa reduzida e na atividade das enzimas glutationa-redutase e glutationa-peroxidase. Entretanto, os valores das concentrações eritrocitárias de glutationa oxidada foram significativamente maiores (p = 0,012) nos animais com IRC (1,14 ± 0,62 µmol/g Hb; média ± desvio padrão) do que nos animais normais (0,74 ± 0,64 µmol/g Hb), indicando desequilíbrio no metabolismo dos tióis eritrocitários. Os valores da atividade da enzima eritrocitária superóxido-dismutase também foram significativamente maiores nos cães com IRC (2.077 ± 1.102 U/g e 1.562 ± 621 U/g Hb; grupo IRC e grupo controle respectivamente; p = 0,0062), indicando indução enzimática causada pelo aumento das concentrações das EROs no meio intracelular. Ainda, os animais com IRC e anemia apresentaram maiores concentrações plasmáticas de SRATB (0,96 ± 0,24 µmol/L) quando comparadas com os animais normais (0,43 ± 0,24 µmol/L) (p = 0,0001). Os resultados obtidos indicam um aumento do estresse oxidativo nos cães com IRC, provavelmente desencadeado pelo aumento de produção das EROs que pode ser causada pela hipóxia e ativação de leucócitos, em conseqüência da anemia. A IRC nos cães, assim como nos seres humanos, é uma doença associada ao aumento do estresse oxidativo; o aumento da atividade da enzima superóxido-dismutase e a manutenção das concentrações eritrocitárias de glutationa reduzida nos animais doentes indicam que essas células ainda apresentam a capacidade de manter a defesa antioxidante, não havendo evidências de relação entre o aumento do estresse oxidativo e a intensificação da anemia
Palavras-chave
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Base de dados: VETTESES Idioma: Pt Ano de publicação: 2005 Tipo de documento: Thesis
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