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Manutenção da qualidade de vida em cães com câncer: tratamento da dor e cuidados paliativos

Yazbek, Karina Velloso Braga.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-7859

Resumo

O câncer tem sido apontado como a principal causa de morbidade e mortalidade em animais idosos de companhia, sendo a dor o principal sintoma relatado no homem. Esta situação, apesar de nunca pesquisada, parece não ser diferente em cães. O tratamento da dor envolve o emprego de analgésicos, antiinflamatórios e adjuvantes de acordo com a sua intensidade. Os objetivos do estudo foram avaliar a eficácia da terapia analgésica e paliativa em manter qualidade de vida (QV); a natureza e a incidência dos efeitos adversos e as principais alterações comportamentais de cães com câncer e dor. Foram avaliados cães com câncer no período de julho de 2002 a janeiro de 2005. Incluiu-se no estudo cães que permaneceram no mínimo 15 dias em tratamento e que, na primeira consulta, apresentaram dor maior ou igual a 1, de acordo com a Escala Numérica Verbal (ENV). Para o tratamento da dor utilizou-se: dipirona, carprofeno, codeína, tramadol e oxicodona e fármacos adjuvantes como amitriptilina e prednisona. Como terapia paliativa utilizou-se fármacos antieméticos, diuréticos, protetores gástricos dentre outros. Avaliou-se a dor com a ENV e a QV através de escala validada para cães. Para análise dos resultados considerou-se 4 momentos: primeira consulta, primeiro retorno, meio do tratamento e último retorno antes da eutanásia ou óbito do animal. Para análise estatística utilizou-se o Teste T- Student para amostras pareadas com grau de significância de 5%. Foram encaminhados para o estudo 144 cães com câncer, 61 machos e 83 fêmeas. As neoplasias localizadas nos ossos, tecidos moles e glândula mamária foram as de maior ocorrência. As principais alterações comportamentais foram aumento da carência e redução da alegria, mobilidade, brincadeiras, apetite, curiosidade e interesse. A média de dor foi de 4,76 ? 3,0 e o escore de QV foi 23,6 ? 6,0 na primeira consulta. Dos 144 cães encaminhados ao estudo, 47 obedeceram aos critérios de inclusão para análise da terapia analgésica e paliativa. Na opinião do proprietário, observou-se significativa redução da dor em todos os momentos em relação à primeira consulta, com exceção do último retorno. Pela avaliação do pesquisador, houve redução significativa da dor em todos os momentos comparando-se a avaliação inicial. O escore de QV obtido pelos cães no primeiro retorno e no meio do tratamento foi considerado estatisticamente superior ao início do tratamento (p < 0,018 e p < 0,001 respectivamente). Comparando-se a QV avaliada no início do tratamento com a obtida no último retorno houve redução do escore porém não considerado significativo (p > 0,053). As associações mais utilizadas para o controle da dor foram: dipirona e tramadol; dipirona, carprofeno e tramadol; dipirona e codeína; dipirona e carprofeno; dipirona, carprofeno e codeína. Os adjuvantes utilizados com maior freqüência foram a prednisona e amitriptilina. Para o controle de efeitos adversos e cuidados paliativos, utilizou-se com maior freqüência o omeprazol, os antibióticos, a ranitidina, a metoclopramida, a furosemida, os anti-sépticos e a dimeticona. Os principais efeitos adversos foram emese, sedação, diarréia e constipação. Conclui-se que é possível manter a QV e controlar a dor de cães com câncer
Biblioteca responsável: BR68.1