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Estudo clínico e histológico das pálpebras, conjuntiva e cornea hígidas submetidas a tratamento local com soluções anestésicas em coelhos

Amaral, Andreia Vitor Couto Do.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-8180

Resumo

O propósito deste estudo foi comparar, utilizando parâmetros clínicos e histológicos, as alterações córneo-conjuntivais promovidas pelo uso local de solução anestésica a base de cloridrato de proparacaína a 0,5% e de solução anestésica a base de cloridrato de tetracaína a 1% em coelhos. Foram utilizados 63 coelhos da raça Nova Zelândia, espécie Oryctolagus cuniculus, saudáveis, com peso corpóreo médio de 2500g, com três a quatro meses de idade. Desses, 21 eram de pelagem vermelha, sendo 13 machos e 8 fêmeas, e 42 albinos, sendo 31 machos e 11 fêmeas, distribuídos, por meio de sorteio, em nove grupos de sete animais (G1, G2, G3, G4, G5, G6, G7, G8 e G9). Os animais pertencentes aos grupos G1, G2 e G3 foram tratados com colírio a base de cloridrato de proparacaína a 0,5%, aqueles que constituíram os grupos G4, G5 e G6 com colírio a base de cloridrato de tetracaína a 1% e, aqueles que pertenciam aos grupos G7, G8 e G9 com solução fisiológica a 0,9%. Os animais pertencentes aos grupos G1, G4 e G7 foram tratados por três dias, aqueles pertencentes aos grupos G2, G5 e G8 por sete dias e, aqueles que compuseram os grupos G3, G6 e G9, por 15 dias. O protocolo terapêutico instituído foi o mesmo para todos os grupos, constando de instilação de uma gota da solução em cada olho, a cada duas horas, durante doze horas do dia, perfazendo um total de seis instilações diárias em cada olho. Ao final dos tratamentos, os animais foram submetidos à eutanásia utilizando injeção de thiopental sódico, na dose de 65 mg por quilograma de peso vivo, na veia marginal da orelha. Para a avaliação histológica foram utilizados dois animais machos albinos de cada grupo experimental, perfazendo um total de 36 olhos. Nos animais tratados com colírio de cloridrato de tetracaína verificaram-se alterações clínicas que incluíram conjuntivite em 100% dos animais, blefarite e presença de secreção do tipo mucosa em 69,05 a 100% dos olhos, sendo que, apenas um animal apresentou ceratite puntiforme em um olho ao quinto dia de tratamento. A única alteração clínica apresentada nos olhos dos animais tratados com cloridrato de proparacaína caracterizou-se por discreta hiperemia em até 21,43% dos olhos. Clinicamente, não foi verificada diferença estatística entre os grupos tratados com cloridrato de proparacaína e aqueles que receberam solução fisiológica. Histopatologicamente, foi observada uma toxicidade ao cloridrato de proparacaína menor do que a causada pela tetracaína e não foi observada diferença estatística quando se comparou ao grupo controle, tratado com solução fisiológica. As lesões histológicas nas conjuntivas constituíram em edema, hiperemia, linfoangiectasia, hiperplasia de folículos linfóides e de células globosas e infiltrados inflamatórios do tipo mononuclear com presença de eosinófilos. Diante dos resultados, permitiu-se concluir que o tratamento com as soluções anestésicas não produziu alterações estatisticamente significativas nas córneas hígidas de coelhos e, o colírio a base de cloridrato de tetracaína a 1% promoveu alterações significativas nas pálpebras e conjuntiva ocular hígidas de coelhos
Biblioteca responsável: BR68.1