DISTRIBUIÇÃO DO METAL MERCÚRIO EM ATUM (Thunnus albacares) E PESCADA BICUDA (Cynoscion microlepidotus) CAPTURADOS NO LITOTAL DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
Thesis
em Pt
| VETTESES
| ID: vtt-8412
Biblioteca responsável:
BR68.1
RESUMO
O mercúrio é um metal pesado que está diretamente relacionado à intoxicação ocasionada pelo consumo de pescado e seus derivados. Sua elevada toxicidade, seu efeito cumulativo irreversível e seu baixo poder de excreção, ocasionam graves danos ao organismo humano. Este estudo teve como objetivo verificar a cinética do metal mercúrio em órgãos, tecido muscular e conteúdo estomacal de duas espécies de peixes marinhos predadores com vistas a conhecer os locais de maior acumulação deste metal. Também objetivou-se contribuir com a comunidade científica, com as indústrias de subprodutos, com as organizações sanitárias e órgãos públicos competentes fornecendo dados sobre o comportamento do mercúrio no organismo desses peixes. As análises foram realizadas em duas espécies de peixes marinhos, sendo oito exemplares de atum albacora (Thunnus albacares) e sete exemplares de pescada bicuda (Cynoscion microlepidotus). Foram analisados olhos, brânquias, estômago, intestino, cecos pilóricos, baço, fígado, rim, tecido muscular (musculatura branca e musculatura vermelha) e conteúdo estomacal nos exemplares de atum e, na pescada bicuda eliminamos dentre estes órgãos, os olhos, a musculatura vermelha e o conteúdo estomacal. Para a determinação da concentração de mercúrio total, foi utilizada a técnica de espectrofotometria de absorção atômica por arraste de vapor a frio, com obtenção dos resultados em microgramas de mercúrio por gramas da amostra (µg.g-1). Os resultados relacionados à concentração de Hg total nas duas espécies estudadas demonstram que a distribuição do Hg nas porções analisadas não é uniforme apresentando ampla dispersão. No atum, a variação foi de 0,004 ?gg-1 no fígado, nas brânquias e no baço, e 0,172 ?gg-1 no tecido muscular. Na pescada bicuda a variação foi entre 0,013 µgg-1 nas brânquias e 0,250 µgg-1 no tecido muscular. No atum, a concentração de Hg total obteve no fígado uma de média de 0,018 ± 0,012 µgg-1, para o rim 0,027 ± 0,018 µgg-1, para o baço 0,033 ± 0,020 µgg-1, para o estômago 0,049 ± 0,044 µgg-1, para as brânquias de 0,023 ± 0,020 µgg-1, para o intestino 0,023 ± 0,016 µgg-1, para os olhos 0,013 ± 0,008 µgg-1, para as amostras de cecos 0,019 ± 0,010 µgg-1, para as amostras de conteúdo estomacal 0,021 ± 0,025 µgg-1, para musculatura vermelha 0,059 ± 0,043 µg.g-1 e, para as amostras de musculatura branca 0,080 ± 0,050 µgg-1. Na pescada bicuda obteve-se, para o fígado, uma média de 0,081 ± 0,002 µgg-1, para o músculo foi observado o teor médio de 0,187 ± 0,000 µgg-1, para os rins, 0,120 ± 0,003 µgg-1, para o estômago, 0,092 ± 0,003 µgg-1, para intestino observou-se 0,067 ± 0,001 µgg-1, para os cecos pilóricos, 0,110 ± 0,003 µgg-1, para o baço 0.118 ± 0,002 µgg-1 e, para as brânquias 0,029 ± 0,000 µgg-1. A musculatura demonstrou ser, nas duas espécies analisadas, a porção de maior concentração deste metal enquanto os locais de menor concentração foram na pescada bicuda foram nas brânquias e, no atum, os olhos. Embora os valores obtidos estejam abaixo do limite máximo permitido pela legislação brasileira, é de extrema importância a monitorização destas espécies garantindo a qualidade desses alimentos e dos subprodutos desenvolvidos a partir de peixes, e salvaguardando a saúde pública. PALAVRAS-CHAVE mercúrio, Thunnus albacares, Cynoscion microlepidotus, órgão, musculatura, conteúdo estomacal
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Base de dados:
VETTESES
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2006
Tipo de documento:
Thesis