Eficácia da vacina RB51 em novilhas

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo a avaliação da eficácia da vacina RB51 em novilhas, visando utilizá-la como uma estratégia adicional no controle da brucelose bovina no Brasil. Trinta e três fêmeas bovinas com aproximadamente 24 meses de idade foram divididas em dois grupos. Um grupo (n=20) recebeu a vacina RB51 e o outro grupo (n=13) foi usado como controle não vacinado. Os animais do grupo vacinado com RB51 foram divididos em dois sub-grupos. Um sub-grupo (n=12) foi vacinado subcutaneamente com 1,5 x 10>10 UFC no dia 0 do experimento e o outro sub-grupo (n=8) foi vacinado com 1,6 x 10>10 UFC aos 60 dias de gestação (dia 260 do experimento). Todos os animais foram desafiados entre seis e sete meses de gestação com 3,0 x 10>7 UFC da amostra 2308 de B. abortus por via conjuntival. A vacinação com RB51 não resultou na produção de anticorpos detectáveis pelos testes sorológicos de rotina, antígeno acidificado tamponado e 2-mercaptoetanol. O grupo vacinado apresentou uma taxa de incidência acumulada de abortos de 25%, no grupo controle esta taxa foi de 62%. Após o sacrifício dos animais, B. abortus amostra RB51 não foi isolada em nenhum material e não houve aborto em nenhum animal vacinado aos 60 dias de gestação. Os resultados indicaram que a vacinação com RB51 previniu 59,4% dos abortos, 58,6% da infecção das vacas e 61,0% da infecção dos fetos. O risco relativo revelou que os animais não vacinados apresentaram 2,5 vezes mais risco de abortarem que os animais vacinados (IC 95% 1,029-5,889)