Determinação de valores energéticos em alimentos utilizados para codornas japonesas

RESUMO

GOMES, F.A. Determinação de valores energéticos em alimentos utilizados para codornas japonesas. 2006. 63p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas, MG1. O experimento foi realizado no setor de coturnicultura da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS), com o objetivo de determinar os valores energéticos de 12 alimentos para codornas japonesas em postura. Utilizaram-se 280 codornas, com 19 semanas de idade, submetidas ao método tradicional de coleta total de excretas em um delineamento em blocos casualizados, com unidade experimental composta por dez aves. O experimento teve duração de 32 dias corridos, dividido em quatro ensaios com oito dias cada, onde foram estudados dois grupos de alimentos (protéicos e energéticos), com cinco repetições cada, sendo eles protéicos de origem animal (farinha de carne e ossos, 45%; farinha de peixe, 54%, e farinha de penas e vísceras) e vegetal (farelos de soja 1 e 2 45%), bem como energéticos de origem vegetal (milheto, sorgo e farelo de arroz integral) e óleo e gorduras (óleo de soja refinado, gordura de aves, sebo bovino e gordura de suínos). Os alimentos substituíram a ração referência à base de milho e farelo de soja, na matéria natural (MN), em 20%, 30%, 40% e 10%, respectivamente. Simultaneamente, cinco repetições de seis aves cada foram colocadas em jejum para determinação das perdas endógenas. As variáveis analisadas foram os valores de energia metabolizável aparente (EMA), energia metabolizável verdadeira (EMV) e as EMA e EMV corrigidas pelo balanço de nitrogênio (EMAn e EMVn), como também os coeficientes de metabolização da energia bruta (CMEB). As fontes protéicas estudadas, com exceção da farinha de penas e vísceras, apresentaram valores de EMAn superiores aos encontrados na tabela brasileira para aves e suínos, apresentando a farinha de carne e ossos o maior CMEB (P<0,01), 74,06%, enquanto que a farinha de penas e vísceras, o menor, 56,24%. Dos alimentos energéticos estudados, com exceção do sorgo, verificou-se também valores de EMAn superiores aos referenciados na tabela brasileira para aves e suínos, apresentando o óleo de soja refinado e a gordura de suínos os maiores CMEB (P<0,01), 95,81% e 93,32%, respectivamente, enquanto que o farelo de arroz integral, o menor, 61,13%. Os valores encontrados de EMAn para a farinha de carne e ossos, farinha de peixe, farinha de penas e vísceras e farelos de soja 1 e 2 foram respectivamente de 2796 46; 3035 88; 3461 87; 3149 55 e 3231 76 kcal/kg de matéria seca, e para o milheto, sorgo, farelo de arroz integral, óleo de soja refinado, gordura de aves, sebo bovino e gordura de suínos foram de 3581 81; 3943 128; 2563 165; 8827 122; 8720 33; 7641 147 e 8674 110 kcal/kg de matéria seca, respectivamente