Portal de Pesquisa da BVS Veterinária

Porto Velho; s.n; 01/03/2012. 51 p.

Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-88

Resumo

Quatrocentos pintos de corte machos da linhagem Cobb foram utilizados para se avaliar, em condições de estresse cíclico por calor, o efeito da suplementação de vitamina E na ração sobre o desempenho, rendimento de carcaça e cortes nobres, sobre a biometria dos órgãos linfóide (baço, bolsa cloacal e timo) e histomorfometria da bolsa cloacal e do timo direito. Foram avaliados cinco tratamentos (0; 75; 150; 225; 300 mg de vitamina E), distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. O experimento foi dividido em dois períodos, de 1 a 21 dias e de 1 a 45 dias de idade. Ao final de cada período foram determinados o consumo de ração, o ganho de peso e a conversão alimentar. Aos 21 dias três aves de cada repetição foram abatidas para coleta e pesagem dos órgão linfóides, sendo determinado o peso absoluto e relativo. Aos 45 dias de idade todas as aves foram pesadas e as três mais próximas da média do peso da repetição foram colocadas em jejum alimentar de 12 horas, em seguida, esses animais foram abatidos e tiveram seu rendimento de carcaça e de cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa e asa) avaliados, além de coletados e pesados os órgãos linfóides para determinação do peso absoluto e relativo. Posteriormente, os timos direitos e as bolsas cloacais coletadas foram processadas segundo técnica de rotina para inclusão em parafina, em seguida, foram submetidas à microtomia, obtendo-se cortes histológicos com espessura de 5 ?m, que foram corados pela hematoxilina-eosina e submetidos à análise histomorfométrica utilizando-se o programa Leica Qwin148 D-1000, versão 4.1, Cambridge, UK. De cada corte foi mensurado a área total, medular e cortical dos folículos linfóides dos timos direitos e das bolsas cloacais. Durante o período experimental os animais foram submetidos a estresse cíclico por calor na fase inicial (24,82-35,51 ºC) e na fase total (24,88-34,47 ºC). No período de 1 a 21 dias de idade os tratamentos não influenciaram o ganho de peso, consumo de ração e a conversão alimentar das aves. Considerando a fase total, verificou-se que os tratamentos não influenciaram o consumo de ração e a mortalidade, no entanto influenciou de forma linear o ganho de peso e a conversão alimentar, e de forma quadrática o rendimento de coxa, porém os tratamentos não afetaram o rendimento de carcaça, peito, sobrecoxa e asa dos frangos de corte submetidos ao estresse por calor cíclico. A suplementação da vitamina E não influencia o desempenho de frangos de corte no período de 1 a 21 dia de idade. O fornecimento de 300 mg/kg de vitamina E proporciona o melhor resultado para peso o ganho de peso e a conversão, não tendo efeito sobre o consumo de ração e mortalidade das aves na fase de 1 a 45 dias de idade em estresse cíclico por calor. Não se constatou efeito sobre o rendimento de carcaça, peito, sobrecoxa e asa, no entanto o melhor resultado de rendimento de coxa foi observado nas aves que receberam a ração basal suplementada com 153,5 mg/kg de vitamina E. Não se observou efeito dos tratamentos sobre os pesos absolutos e relativos de órgãos linfóides. As variáveis histomorfométricas da bolsa cloacal e do timo direito no período de 1 a 21 dias de idade não foram influenciados pelos tratamentos, no entanto na fase total, os níveis de vitamina E influenciaram de forma linear as áreas total, medular e cortical da bolsa cloacal. A suplementação da ração com vitamina E para frangos de corte estressados por calor cíclico aos 45 dias não tem efeito(AU)

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