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Patologia e caracterização molecular de neorickettsia helminthoeca em cães no brasil

Headley, Selwyn Arlington.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-8921

Resumo

Neorickettsia helminthoeca, uma bactéria intracelular obrigatória, é a causa da doença conhecida como intoxicação por salmão (salmon poisoning disease - SPD) dos canídeos. O trematódeo digenético, Nanophyetus salmincola, é o vetor desta bactéria, no qual o patógeno é mantido no seu ciclo biológico, que inclui um caramujo (Oxytrema silicula), peixes (principalmente, salmão e a truta), e canídeos (cães e outros mamíferos que se alimentam de peixes). O O. silicula é endêmico somente em alguns rios no Pacífico Nordeste dos Estados Unidos, resultando na ocorrência restrita na SPD. Esse trabalho descreve as alterações patológicas e os achados da biologia molecular associados à N. helminthoeca em cães do Brasil. Entre 2001 a 2002 vinte cães adultos (5 cães sem raça; 15 Beagles), de ambos os sexos, da cidade de Maringá, Paraná, apresentaram alterações macroscópicas e histológicas consistentes com aquelas descritas na SPD. As alterações intestinais foram caracterizadas por hiperplasia intensa do tecido linfóide, hemorragia e congestão com a presença de organismos consistentes com Neorickettsia spp. nas células reticuloendoteliais. Esses organismos foram mais facilmente visualizados na coloração histológica de Giemsa. As alterações macroscópicas foram caracterizadas por linafadenopatia generalizada, principalmente nos linfonodos mesentéricos, pré-escapulares e poplíteos, com vários folículos esbranqüiçados aleatoriamente distribuídos na região cortical; hipertrofia intensa das placas de Peyer e do tecido linfóide intestinal; hemorragia intestinal e espenomegalia. A avaliação microscópica das lesões dos linfonodos revelou edema e depleção cortical intenso e proliferação das células reticuloendoteliais associado aos organismos intracitoplasmáticos consistentes com a Neorickettsia spp nas células reticuloendoteliais. As alterações intestinais foram caracterizadas por hiperplasia do tecido linfóide, hemorragia e congestão com organismos intralesionais intracitoplasmáticos consistentes com a Neorickettsia spp nas células reticuloendoteliais. Esses organismos foram facilmente observados na coloração de Giemsa. Tecidos selecionados (linfonodos, intestino, baço e fígado) de 10 cães foram coletados assepticamente na necropsia e processados para avaliação por PCR, clonagem, seqüenciamento e análise filogenética. A N. helminthoeca foi confirmada na PCR com os primers específicos para 16S ribossomal RNA (rrs) gene do gênero Neorickettsia em dois cães (Maringá 1, linfonodo mesentérico; Maringá 2, intestino, placa de Peyer); esses cães também foram positivos na PCR para os genes da ?-subunidade da RNA polimerase (rpoB) e da proteína de choque-térmico (groESL). As seqüências de nucleotídeos do DNA do cão Maringá 1 apresentaram identidade de 100% quando foram comparadas com aquelas da N. helminthoeca depositadas no GenBank para os rrs, rpoB e groESL genes. Essa é a primeira descrição da N. helminthoeca e da intoxicação por salmão fora da região endêmica dos Estados localizados ao Nordeste do Pacífico dos EUA e do Canadá. A forma de transmissão e de infecção e o ciclo biológico associados a N. helminthoeca no Brasil são atualmente desconhecidos
Biblioteca responsável: BR68.1