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LESÕES GÁSTRICAS EM SUÍNOS: OCORRÊNCIA E RELAÇÃO COM A PRESENÇA DE Helicobacter spp

Yamasaki, Leticia.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-8935

Resumo

A descoberta da associação entre a infecção pelo Helicobacter pylori no homem e a presença de gastrites, úlceras e neoplasias como adenocarcinoma e linfoma gástrico despertou um grande interesse a respeito da participação de bactérias no desenvolvimento de gastropatias. Apesar de bem conhecida há algumas décadas, a patogenia da doença gástrica em suínos não está bem elucidada. O presente trabalho teve como objetivo estabelecer uma relação entre o Helicobacter spp. e os achados anátomo-histopatológicos da mucosa gástrica de suínos de abate. Foram colhidos e examinados 236 estômagos de suínos. As lesões macroscópicas da pars esophagea e região glandular foram classificadas conforme a severidade em graus 0, 1, 2 e 3. Fragmentos das regiões aglandular e glandular foram processados para exame histológico e para pesquisa de Helicobacter spp. Dos 236 estômagos colhidos, foram selecionadas por conveniência 67 amostras, que foram então submetidas a exame histopatológico da pars esophagea e também a reação em cadeia pela polimerase (PCR). Do total de estômagos analisados, 203 (86.1%) apresentavam algum tipo de alteração macroscópica. A ocorrência de erosões e úlceras na região aglandular foi observada em 104 (44.1%) animais e na região glandular em 22 (9.3%). A ulceração na região gastroesofágica estava presente em 45 animais (19.1%). Utilizando a coloração de Warthin-Starry, observamos Helicobacter spp. na mucosa gástrica de 112 (47.5%) amostras, destas, 54 (48.2%) foram classificadas como grau 2 ou 3 (pars esophagea) e 58 (51.8%) como grau 0 e 1. A análise estatística revelou que não há diferença significativa entre suínos com ou sem erosões ou úlceras gastresofágicas em relação à presença de Helicobacter spp. Das 67 amostras analisadas pela PCR, 47 (70,1%) mostraram resultado positivo pela PCR. A alteração microscópica mais freqüente nesses animais foi a erosão epitelial, com 40,2% das amostras analisadas. A freqüência de ulceração de mucosa de pars esophagea foi de 11,9% em animais em que o diagnóstico de Helicobacter spp foi positivo. As alterações mais freqüentes foram degeneração epitelial e o alongamento de papilas, observada em 83,5% das amostras analisadas. Em 77,5% das amostras observou-se paraqueratose da pars esophagea e em 61,1%, hiperplasia epitelial. Após a análise estatística observou-se que não há associação entre a presença de Helicobacter spp e as lesões gástricas macroscópicas ou histológicas de estômagos suínos. Com este estudo concluímos que Helicobacter spp não é um agente relacionado às lesões gástricas de suínos em idade de abate do Estado do Paraná
Biblioteca responsável: BR68.1