Consorciação de forragens: Uma alternativa de aumento da produção de forragens e na melhoria das propriedades físicas de solos no Norte do Tocantins

RESUMO

As pastagens consorciadas são superiores àquelas com a mesma gramínea em monocultivo, quanto ao valor nutritivo da MS disponível, com reflexos positivos sobre a produção animal. O benefício da consorciação leguminosa-gramínea pode ser explicado pela manutenção do nível adequado de proteína da dieta animal, quer seja pelo efeito direto da ingestão de leguminosas, quer seja pelo efeito indireto do acréscimo do conteúdo de nitrogênio à gramínea. Outro fator determinante da produção de forragens está relacionado ao solo e o seu teor de umidade. A compactação do solo tem sido responsabilizada como um dos principais fatores de perda de produtividade das culturas agrícolas. A conseqüente degradação do solo advinda de perdas da qualidade física pode ser minimizada com a introdução de leguminosas, como alternativa para suprir ou reduzir a deficiência de N desses ecossistemas, aumentando a capacidade de suporte e prolongando a produtividade. O trabalho que se segue objetiva avaliar a consorciação entre gramíneas e leguminosas e os benefícios deste sistema nas propriedades físicas de Neossolo Quartzarênico Distrófico e em Argissolo Vermelho Eutroférrico sob vegetação de Cerrado. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 14 tratamentos e 4 repetições em cada uma das áreas com fatorial 14 x 2, totalizando 112 parcelas. Foi determinada a umidade do solo, a porosidade total, a resistência do solo a penetração (RP), a densidade do solo (Ds), a altura das plantas, o número de perfilhos, a biomassa (MV) e a matéria seca (MS). A consorciação promoveu a queda na densidade em Neossolo Quartzarênico Distrófico. A RP só foi reduzida quando houve consorciação de Marandu em Neossolo. A RP em Argissolo foi maior do que em Neossolo. A produção de MV e MS e as alturas das plantas foram superiores em Argissolo em comparação com Neossolo. A umidade do solo não influenciou as alturas das plantas em nenhum dos solos estudados. As consorciações não exerceram nenhum efeito sobre a produção de MV e MS no Neossolo e no Argissolo