RESUMO
BACKGROUND: Heyde's syndrome is the association of severe aortic stenosis with episodes of gastrointestinal bleeding due to angiodysplastic lesion. Little is known about the factors associated with new episodes of bleeding and long-term outcomes. Furthermore, most data are restricted to case reports and small case series. OBJECTIVE: To assess the clinical, laboratory and echocardiography profile of patients with Heyde's syndrome who underwent valve intervention or drug therapy. METHODS: Prospective cohort of 24 consecutive patients from 2005 to 2018. Clinical, laboratory and echocardiography data were assessed, as well as those related to valve intervention and outcomes after diagnosis. A P <0.05 was used to indicate statistical significance. RESULTS: Half of the 24 patients presented with bleeding requiring blood transfusion on admission. Angiodysplasias were more frequently found in the ascending colon (62%). Valve intervention (surgical or transcatheter) was performed in 70.8% of the patients, and 29.2% remained on drug therapy. News episodes of bleeding occurred in 25% of the cases, and there was no difference between clinical and intervention groups (28.6 vs 23.5%, p = 1.00; respectively). Mortality at 2-year and 5-year was 16% and 25%, with no difference between the groups (log-rank p = 0.185 and 0.737, respectively). CONCLUSIONS: Patients with Heyde's syndrome had a high rate of bleeding requiring blood transfusion on admission, suggesting that it is a severe disease with high mortality risk. No difference was found between clinical and intervention group regarding the rate of rebleeding and late mortality.
FUNDAMENTOS: A síndrome de Heyde é a associação de estenose aórtica importante com episódio de sangramento gastrointestinal por lesões angiodisplásicas. Pouco é conhecido sobre os fatores associados a novos sangramentos e desfechos em longo prazo. Além disso, a maioria dos dados é restrita a relatos de casos e pequenas séries. OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico, laboratorial e ecocardiográfico de pacientes com síndrome de Heyde submetidos a intervenção valvar ou tratamento medicamentoso. MÉTODOS: Coorte prospectiva de 24 pacientes consecutivos entre 2005 e 2018. Foram avaliados dados clínicos, laboratoriais, ecocardiográficos e relacionados à intervenção valvar e a desfechos após o diagnóstico. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: Metade dos 24 pacientes apresentou sangramento com necessidade de transfusão sanguínea na admissão. Angiodisplasias foram encontradas mais frequentemente no cólon ascendente (62%). Intervenção valvar (cirúrgica ou transcateter) foi realizada em 70,8% dos pacientes, e 29,2% foram mantidos em tratamento clínico. Novos episódios de sangramento ocorreram em 25% dos casos, e não houve diferença entre os grupos clínico e intervenção (28,6 vs. 23,5%, p=1,00; respectivamente). A mortalidade no seguimento de 2 e 5 anos foi de 16% e 25%, sem diferença entre os grupos (log-rank p = 0,185 e 0,737, respectivamente). CONCLUSÕES: Pacientes com síndrome de Heyde tiveram alta taxa de sangramento com necessidade de transfusão sanguínea na admissão, sugerindo ser uma doença grave e com risco elevado de mortalidade. Não encontramos diferenças entre os grupos submetidos ao tratamento clínico e à intervenção valvar em relação a taxas de ressangramento e mortalidade tardia.
Assuntos
Angiodisplasia , Estenose da Valva Aórtica , Angiodisplasia/complicações , Angiodisplasia/terapia , Estenose da Valva Aórtica/diagnóstico por imagem , Estenose da Valva Aórtica/cirurgia , Seguimentos , Hemorragia Gastrointestinal/etiologia , Hemorragia Gastrointestinal/terapia , Humanos , Estudos ProspectivosRESUMO
A male patient with flu-like symptoms and tomography and laboratory diagnosis of severe acute respiratory syndrome. He developed acute cardiac dysfunction during admission and was submitted to a cardiac magnetic resonance imaging examination, which confirmed acute myocarditis, indicating cardiac involvement by coronavirus disease 2019. A review and discussion about coronavirus disease 2019-related cardiac manifestations are reported, focusing on the imaging findings to make diagnosis.
Assuntos
Infecções por Coronavirus/complicações , Miocardite/virologia , Pneumonia Viral/complicações , Betacoronavirus , COVID-19 , Infecções por Coronavirus/diagnóstico , Humanos , Imageamento por Ressonância Magnética , Masculino , Miocardite/diagnóstico por imagem , Pandemias , Pneumonia Viral/diagnóstico , SARS-CoV-2RESUMO
Resumo Fundamentos A síndrome de Heyde é a associação de estenose aórtica importante com episódio de sangramento gastrointestinal por lesões angiodisplásicas. Pouco é conhecido sobre os fatores associados a novos sangramentos e desfechos em longo prazo. Além disso, a maioria dos dados é restrita a relatos de casos e pequenas séries. Objetivo Avaliar o perfil clínico, laboratorial e ecocardiográfico de pacientes com síndrome de Heyde submetidos a intervenção valvar ou tratamento medicamentoso. Métodos Coorte prospectiva de 24 pacientes consecutivos entre 2005 e 2018. Foram avaliados dados clínicos, laboratoriais, ecocardiográficos e relacionados à intervenção valvar e a desfechos após o diagnóstico. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados Metade dos 24 pacientes apresentou sangramento com necessidade de transfusão sanguínea na admissão. Angiodisplasias foram encontradas mais frequentemente no cólon ascendente (62%). Intervenção valvar (cirúrgica ou transcateter) foi realizada em 70,8% dos pacientes, e 29,2% foram mantidos em tratamento clínico. Novos episódios de sangramento ocorreram em 25% dos casos, e não houve diferença entre os grupos clínico e intervenção (28,6 vs. 23,5%, p=1,00; respectivamente). A mortalidade no seguimento de 2 e 5 anos foi de 16% e 25%, sem diferença entre os grupos (log-rank p = 0,185 e 0,737, respectivamente). Conclusões Pacientes com síndrome de Heyde tiveram alta taxa de sangramento com necessidade de transfusão sanguínea na admissão, sugerindo ser uma doença grave e com risco elevado de mortalidade. Não encontramos diferenças entre os grupos submetidos ao tratamento clínico e à intervenção valvar em relação a taxas de ressangramento e mortalidade tardia.
Abstract Background Heyde's syndrome is the association of severe aortic stenosis with episodes of gastrointestinal bleeding due to angiodysplastic lesion. Little is known about the factors associated with new episodes of bleeding and long-term outcomes. Furthermore, most data are restricted to case reports and small case series. Objective To assess the clinical, laboratory and echocardiography profile of patients with Heyde's syndrome who underwent valve intervention or drug therapy. Methods Prospective cohort of 24 consecutive patients from 2005 to 2018. Clinical, laboratory and echocardiography data were assessed, as well as those related to valve intervention and outcomes after diagnosis. A P <0.05 was used to indicate statistical significance. Results Half of the 24 patients presented with bleeding requiring blood transfusion on admission. Angiodysplasias were more frequently found in the ascending colon (62%). Valve intervention (surgical or transcatheter) was performed in 70.8% of the patients, and 29.2% remained on drug therapy. News episodes of bleeding occurred in 25% of the cases, and there was no difference between clinical and intervention groups (28.6 vs 23.5%, p = 1.00; respectively). Mortality at 2-year and 5-year was 16% and 25%, with no difference between the groups (log-rank p = 0.185 and 0.737, respectively). Conclusions Patients with Heyde's syndrome had a high rate of bleeding requiring blood transfusion on admission, suggesting that it is a severe disease with high mortality risk. No difference was found between clinical and intervention group regarding the rate of rebleeding and late mortality.
Assuntos
Humanos , Estenose da Valva Aórtica/cirurgia , Estenose da Valva Aórtica/diagnóstico por imagem , Angiodisplasia/complicações , Angiodisplasia/terapia , Estudos Prospectivos , Seguimentos , Hemorragia Gastrointestinal/etiologia , Hemorragia Gastrointestinal/terapiaRESUMO
ABSTRACT A male patient with flu-like symptoms and tomography and laboratory diagnosis of severe acute respiratory syndrome. He developed acute cardiac dysfunction during admission and was submitted to a cardiac magnetic resonance imaging examination, which confirmed acute myocarditis, indicating cardiac involvement by coronavirus disease 2019. A review and discussion about coronavirus disease 2019-related cardiac manifestations are reported, focusing on the imaging findings to make diagnosis.
RESUMO Paciente do sexo masculino apresentando síndrome gripal aguda com diagnóstico tomográfico e laboratorial de infecção por síndrome respiratória aguda grave. Evoluiu com disfunção cardíaca aguda durante a internação, motivo pelo qual foi submetido à ressonância magnética cardíaca, que confirmou miocardite aguda, indicando acometimento cardíaco por COVID-19. Foram realizadas revisão e discussão sobre o acometimento cardíaco na COVID-19, com ênfase nos aspectos por imagem para o diagnóstico.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pneumonia Viral/complicações , Infecções por Coronavirus/complicações , Miocardite/virologia , Pneumonia Viral/diagnóstico , Imageamento por Ressonância Magnética , Infecções por Coronavirus/diagnóstico , Pandemias , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Miocardite/diagnóstico por imagemRESUMO
AIMS: The laboratory diagnosis of diabetes mellitus is traditionally established by measurements of fasting blood glucose, random blood glucose with associated symptoms, and through the oral glucose tolerance test. A single measurement of glycated hemoglobin (A1C) eliminates practical difficulties of the above-mentioned methods. The optimal cut-off values of A1C for the screening of diabetic patients in the context of acute coronary syndrome are being investigated. The aim of this study was to establish a cut-off value for A1C in order to more accurately identify diabetic patients in a group of patients admitted for acute coronary syndrome. METHODS: A prospective study was conducted with 149 patients consecutively admitted for acute coronary syndrome. The diagnosis of diabetes mellitus was established based on a history of the disease or through serial measurements of fasting blood glucose levels on admission and the patients were grouped into diabetic and nondiabetic. A1C values of the two groups were statistically compared to define the optimal cut-off value. RESULTS: Fifty-five (36.91%) patients were diabetic, whereas 94 (63.09%) constituted the nondiabetic group. The cut-off value for A1C with the greatest accuracy to distinguish between the two groups was 6.7%, with sensitivity of 85.45%, specificity of 91.89%, and 88.04% diagnostic accuracy. CONCLUSION: The value of 6.7% for A1C showed good accuracy for the diagnosis of diabetes mellitus in acute coronary syndrome.
Assuntos
Síndrome Coronariana Aguda/sangue , Diabetes Mellitus/diagnóstico , Hemoglobinas Glicadas , Unidades de Terapia Intensiva , Adulto , Diagnóstico Diferencial , Feminino , Humanos , Masculino , Estudos ProspectivosRESUMO
A síndrome do aprisionamento da artéria poplítea caracteriza-se pela compressão desta artéria sendo a principal causa de claudicação intermitente em jovens. Homem, 18 anos, branco, apresentava parestesia, frialdade e palidez do pé direito, iniciada 24 horas após exercício físico. Em membro inferior direito, ausência de pulsos tibial posterior e dorsal do pé. À flexão dorsal e flexão plantar forçadas, houve diminuição dos pulsos tibial posterior e dorsal do pé à esquerda. Tratado cirurgicamente, o paciente apresentou pulso em ambas as artérias. A síndrome é mais frequente em homens e a prevalência varia entre 0,16 e 3,5 por cento. O aprisionamento da artéria poplítea tipo III é mais comum. A falta de tratamento pode levar à embolia, trombose e aneurismas pós-estenóticos. Esta síndrome deve ser lembrada como causa de dor na perna, especialmente em homens jovens e de prática esportiva intensa.
Popliteal artery entrapment syndrome is the compression of the popliteal artery and is the main cause of intermittent claudication in young patients. An 18-year-old man was admitted at our service complaining of right foot paresthesia, coldness, and pallor that appeared 24 hours after physical activity. Posterior tibial and dorsal artery of foot pulses were not present in right lower limb. Diminished posterior tibial and dorsal artery of the foot pulses were found in left lower limb at dorsal flexion and forced plantar flexion. After surgery, both pulses were present. This syndrome is more frequent in men and its prevalence varies between 0.16 and 3.5 percent. Popliteal artery entrapment type III is most common. Non-treated entrapment can lead to embolism, thrombosis and post-stenotic aneurysms. The syndrome must be considered as a cause of lower limb pain specially in young men with intense sport practice history.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Artéria Poplítea/cirurgia , Artéria Poplítea/patologia , Extremidade Inferior , PrevalênciaRESUMO
Introdução e Objetivos: Valores elevados de A1C estãoassociados a maior incidência de eventos cardiovascularesadversos, porém sua correlação com gravidade da doençaarterial coronariana não é bem estabelecida. O objetivo doestudo é correlacionar A1C com extensão e gravidade dadoença arterial coronariana. Métodos: Pacientes admitidospor síndrome coronariana aguda foram divididos emdiabéticos, hiperglicêmicos à admissão e controles combase na glicemia de admissão e jejum e comparados quantoà glicemia de admissão, jejum, A1C, HDL, triglicerídeos,CK-MB atividade, circunferência abdominal, proteínaC reativa ultrassensível e pressão arterial. Foi realizadocateterismo cardíaco para avaliar extensão e gravidade dadoença coronariana. Resultados: De 150 pacientes, 38%eram hiperglicêmicos à admissão, 36% diabéticos e 26%controles. A A1C variou entre 8,17 ± 1,08 nos diabéticos,6,29 ± 0,53 nos hiperglicêmicos e 6,16 ± 0,55 nos controles,com diferença significativa. Foi significativa a diferençada glicemia de admissão, jejum, e CK-MB. A médiade obstruções coronarianas significativas e críticas foi,respectivamente, de 1,18 e 0,97 por paciente, sem correlaçãocom A1C. Conclusões: A1C não se correlaciona comextensão e gravidade de doença arterial coronariana.
Introduction and Objectives: Elevated A1C levels areassociated with higher incidence of adverse cardiovascularevents, but its correlation with severity of coronary artery diseaseis uncertain. The objective of this study is to correlate A1C withextension and severity of coronary artery disease. Methods: Patientsadmitted by acute coronary syndrome were separated in diabetics,admission hyperglycemics and controls based on admissionglycemia and fasting blood glucose. They were comparedon admission glycemia, fasting blood glucose, A1C, HDL,triglycerides, CK-MB activity, abdominal circumference andblood pressure. Cardiac catheterization was performed to evaluateextension and severity of coronary artery disease. Results: Of150 patients, 38% were hyperglicemics at admission, 36% diabeticsand 26% controls. A1C varied between 8.17 ± 1.08 in diabetics,6.29 ± 0.53 in hyperglycemics and 6.16 ± 0.55 in controls, withsignificant difference. Admission glycemia, fasting blood glucoseand CK-MB were significantly different. Mean significant andcritical coronary obstructions were, respectively, 1.18 and 0.97per patient. There was no correlation between A1C and extentand severity of coronary disease. Conclusions: A1C does notcorrelate with extension or severity of coronary artery disease.
Assuntos
Humanos , Adolescente , Adulto Jovem , Diabetes Mellitus/diagnóstico , Síndrome Coronariana Aguda/diagnóstico , Eletrocardiografia , Índice Glicêmico , Hemoglobinas Glicadas , Estudos ProspectivosRESUMO
Fundamentos: A presença de hiperglicemia de admissão em síndrome coronariana aguda em pacientes não diabéticos é conhecida como hiperglicemia de estresse. Estudos sugerem que esses indivíduos apresentem isquemia de maior gravidade. Objetivos: Investigar a prevalência de hiperglicemia de estresse em pacientes com síndrome coronariana aguda e sua relação com o perfil metabólico cardiovascular e a extensão da necrose miocárdica. Métodos: Foram estudados 150 pacientes, estratificados em três grupos: diabéticos, hiperglicêmicos de estresse e grupo-controle. Para a avaliação do perfil metabólico cardiovascular, foram analisados: idade, sexo, tempo de hospitalização, óbito, glicemia de admissão, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, presença de hipertensão arterial sistêmica, colesterol total, colesterol não HDL, HDL, LDL, triglicerídeos e proteína C-reativa ultrassensível. Necrose miocárdica foi avaliada pelo valor de pico da CK-MB atividade. Resultados: A hiperglicemia de estresse foi encontrada em 38 % dos pacientes; diabetes mellitus em 36 %. Ao serem comparados os três grupos, houve diferença significativa quanto à glicemia de admissão (p<0,001), jejum (p=0,007), hemoglobina glicada (p<0,001) e CK-MB atividade (p=0,021) com valores absolutos superiores para os hiperglicêmicos. O valor de pico da CK-MB atividade apresentou o maior valor médio: 89,02 U/L. Conclusões: Hiperglicemia de estresse apresentou alta prevalência em pacientes com síndrome coronariana aguda e associou-se com pior perfil metabólico cardiovascular e necrose miocárdica mais extensa.
Background: The presence of admission hyperglycemia in acute coronary syndrome among non-diabetic patients is known as stress hyperglycemia, with studies suggesting that ischemia is more severe among them. Objectives: To investigate the prevalence of stress hyperglycemia among patients with acute coronary syndrome and correlations to cardiovascular metabolic profiles and extent of myocardial necrosis. Methods: 150 patients were allocated to three groups: diabetics, stress hyperglycemics and control. The following were analyzed in order to evaluate their metabolic cardiovascular profiles: age, gender, length of hospital stay, death, blood glucose on admission, fasting blood glucose, glycated hemoglobin, presence of systemic arterial hypertension, total cholesterol, non-HDL cholesterol, HDL, LDL, triglycerides and ultrasensitive C-reactive protein. Myocardial necrosis was assessed by the CK-MB activity peak value. Results: Stress hyperglycemia was found in 38 %of the patients and diabetes mellitus in 36 %. Comparing the three groups, there were significant differences in: admission glycemia (p<0.001), fasting blood glucose (p=0.007), glycated hemoglobin (p<0.001) and CK-MB activity (p=0.021), with higher absolute values in the hyperglycemics group, with the highest mean CK-MB peak activity level: 89.02 U/L. Conclusions: Stress hyperglycemia was highly prevalent in patients with acute coronary syndrome, associated with poorer metabolic cardiovascular profiles and more extensive myocardial necrosis.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Diabetes Mellitus/mortalidade , Hiperglicemia/complicações , Síndrome Coronariana Aguda/complicações , Eletrocardiografia/métodosRESUMO
Fundamentos: Valores elevados de hemoglobinaglicada (A1C) estão associados a maior incidência de eventos cardiovasculares adversos, porém sua correlação com a gravidade da doença arterial coronariana (DAC) não está bem estabelecida.Objetivo: Correlacionar A1C com extensão e gravidade anatômica da DAC em hospital de referência em Cardiologia em Curitiba.Métodos: Estudo observacional longitudinal prospectivo no qual pacientes hospitalizados consecutivamente por síndrome coronariana aguda foram estratificados à admissão em três grupos: diabéticos, hiperglicêmicos e euglicêmicos (grupo-controle) com base na glicemia de admissão e jejum. Foram comparados quanto à glicemia de admissão, jejum, A1C, HDL, triglicerídeos, CK-MB atividade, circunferência abdominal, proteína C-reativa ultrassensível e pressão arterial. Para avaliar extensão e gravidade da DAC, realizou-se cateterismo cardíaco. Resultados: De 150 pacientes, 38% eram hiperglicêmicos à admissão, 36% diabéticos e 26% euglicêmicos. A A1C variou entre 8,17±1,08% nos diabéticos, 6,29±0,53% nos hiperglicêmicos e 6,16±0,55% no grupo-controle, com diferença significativa. A diferença da glicemia de admissão, jejum, e CK-MB também foi significativa. A média das obstruções coronarianas significativas e críticas foi, respectivamente, 1,18 e 0,97 por paciente, sem correlação com A1C. Conclusão: A1C não se correlacionou com extensão e gravidade anatômica da doença arterial coronarianana amostra estudada.
Background: Elevated glycated hemoglobin (A1C) levels are associated with higher rates of adverse cardiovascular events, but its correlation with the anatomical severity of coronary artery disease (CAD) is not well established. Objective: To correlate A1C with the extent and severity of CAD in a Cardiology Reference Hospital in Curitiba. Methods: A prospective longitudinal observational study in which patients hospitalized consecutively for acute coronary syndrome were segmented into three groups: diabetics, hyperglycemics and euglycemics (control group), based on admission glycemia and fasting blood glucose. They were compared for admission glycemia, fasting blood glucose, A1C, HDL, triglycerides, CK-MB activity, abdominal circumference, ultra-sensitive C-reactive protein and blood pressure. Cardiac catheterization was performed to evaluate CAD extent and severity. Results: Of 150 patients, 38% were hyperglycemic at admission, 36% were diabetic and 26% were euglycemic. The A1C varied between 8.17±1.08 in the diabetics, 6.29±0.53 in the hyperglycemics and 6.16±0.55 for the control group, with a significant difference. Admission glycemia, fasting blood glucose and CK-MB were also significantly different. The mean significant and critical coronary obstructions were respectively 1.18 and 0.97 per patient, not correlated to A1C. Conclusion: A1C is not correlated with the anatomical severity and extent of CAD in the sample studied.