RESUMO
Foram estudados, eco e fonomecanocardiograficamente, 26 pacientes hipertensos classificados como de grau leve ou moderado, 13 do sexo masculino, com idade média de 50 anos (33 a 64 anos). Realizada a consulta inicial, os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo pindolol (14 pacientes) foram medicados com pindolol (5 a 20 mg/dia) e grupo propranolol (12 pacientes) medicados com propranolol (40 a 160 mg/dia) sendo reajustadas as dosagens a cada 2 semanas dependendo da resposta. Os resultados do estudo comparativo entre os grupos pindolol e propranolol antes e após a terapêutica levaram às seguintes consideraçöes: a) diminuiçäo significativa da pressäo arterial média em ambos os grupos (p < 0,005); b) diminuiçäo significativa da freqüência cardíaca no grupo propranolol (p < 0,005); c) aumento significativo da sístole eletromecânica total nos pacientes do grupo propranolol (p < 0,005); d) aumento significativo da fase de ejeçäo do ventrículo esquerdo no grupo propranolol (p < 0,005) e diminuiçäo no grupo pindolol (p < 0,05); e) diminuiçäo significativa do débito cardíaco nos pacientes do grupo propranolol (p < 0,01); f) aumento significativo da resistência periférica total no grupo propranolol (p < 0,05) e diminuiçäo significativa no grupo pindolol (p < 0,05). Discutem-se os possíveis mecanismos farmacodinâmicos dos beta-bloqueadores (propranolol e pindolol) salientando-se o efeito inotrópico negativo do propranolol e o efeito sobre a resistência periférica do pindolol, que deve decorrer da sua açäo simpaticomimética intrínseca
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Pindolol/farmacologia , Propranolol/farmacologia , Resistência Vascular/efeitos dos fármacos , Hipertensão/tratamento farmacológico , Contração Miocárdica/efeitos dos fármacos , Fonocardiografia , Pressão Sanguínea/efeitos dos fármacos , EcocardiografiaRESUMO
O estudo foi feito após o diagnóstico de estenose subaórtica hipertrófica idiopática (ESAHI), em um paciente de 45 anos, sexo masculino, que faleceu em insuficiência cardíaca congestiva, com endocardite infecciosa e embolia cerebral, havendo comprovaçäo necroscópica. A história familiar revelava morte súbita em dois dos seus filhos menores, ambos do sexo masculino (15 e 17 anos). Foram examinados os 7 membros restantes desta família e, após análise clínica, eletrocardiográfica, radiológica, fonomecanocardiográfica, ecocardiográfica e hemodinâmica, foram diagnosticados 3 novos casos de ESAHI, sendo 2 do sexo masculino (12 e 20 anos) e 1 do sexo feminino (16 anos). É enfatizado o caráter familiar desta doença, transmitida por um gen autossômico dominante com acentuada penetrância, assim como a maior freqüência de morte súbita nos pacientes com história familiar desta enfermedade. Os autores concluem pela necessidade de estudo em todos os membros de uma família quando diagnosticado um caso ESAHI, principalmente utilizando técnicas näo invasivas, destacando-se o fonomecanocardiograma e o ecocardiograma
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Cardiomiopatia Hipertrófica/genética , Cardiomiopatia Hipertrófica/patologiaAssuntos
Cardiologia/educação , Congresso , Educação Médica Continuada , Medicina , Brasil , Sociedades MédicasRESUMO
Um estudo aberto foi realizado em 20 pacientes portadores de Hipertensäo Arterial Sistêmica Essencial (HAS), leve (13 casos) e moderada (06 casos) submetidos a tratamento com Xipamida na dosagem de 20 a 40 mg/dia em única tomada, examinados e ajustada a dosagem a cada 4 semanas. Foram realizados eletrocardiogramas e controles laboratoriais no início e final do estudo. Somente em um paciente foi suspensa a medicaçäo, por intolerância, logo no início do seguimento. Os resultantes (19 pacientes) apresentaram diminuiçäo significativa da presäo arterial (médias de 159/102 para 132/86 mmHg em posiçäo ortostática e 164/107 para 136/90 mmHg em posiçäo supina, havendo normalizaçäo da pressäo arterial em todos os pacientes com HAS leve e em cinco (dos 06) com HAS moderada. O uso da Xipamida pelo período de 4 meses näo apresentou alteraçöes significativas no peso corporal freqüência cardíaca, exames hematológicos, creatinina, glicose, colesterol e sódio plasmáticos. O potássio sérico apresentou reduçäo significativa, mas em média dentro dos valores normais (de 4,31 para 3,55 mEq/l) e o ácido úrico aumento significativo, mas também em média dentro dos padröes normais (de 5,87 para 6,66 mg%). A tolerância à droga foi excelente, sendo relatados apenas câimbras, formigamentos ou dores nos membros inferiores (4 casos), taquicardia (1), dor epigástrica (1), insônia e tonturas (1). Estes sintomas foram discretos e passageiros, näo sendo necessária a suspensäo da droga. Conclui-se qua a Xipamida é um hipotensor eficaz e com efeitos colaterais diminutos
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Hipertensão/tratamento farmacológico , Xipamida/uso terapêuticoRESUMO
Os autores realizam revisäo, assim como relatam sua experiência, com o estudo de nove casos, da chamada Lesäo Apical na Miocardiopatia Chagásica. Salientam a frequência, patogenia, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento dessa entidade, de ocorrência comum em nosso meio
Assuntos
Humanos , Aneurisma Cardíaco/fisiopatologia , Cineangiografia , Ecocardiografia , Eletrocardiografia , Cardiomiopatia Chagásica/fisiopatologiaRESUMO
Em estudo aberto, multicêntrico foi avaliado o efeito anti-hipertensivo da associaçäo fixa oxprenolol (160mg) + clortalidona (20mg) em 118 pacientes portadores de hipertensäo arterial essencial leve a moderada, durante oito semanas, em dose única diária, associada, quando necessário, à hidralazina (50mg). Observou-se que a pressäo arterial diastólica (PAD) variou de 106,1 + ou - 6,6mmHg para 86,3 + ou - 7,5 mmHg na populaçäo global (p<0,001). Atingiram-se valores normais ou limítrofes da pressäo diastólica (PAD < = 90mmHg) em 96 pacientes (81,4%), reduçäo maior que 10mmHg em 105 pacientes (89%) e apenas cinco pacientes (4,2%) näo responderam à terapêutica, dos quais quatro tiveram reduçäo da PAD menor que 10mmHg e um apresentou elevaçäo. Näo se registraram alteraçöes laboratoriais de relevância clínica. Os resultados do estudo demonstraram que a associaçäo fixa de oxprenolol (160mg) + clortalidona (20mg) é uma opçäo eficaz para o início de tratamento da hipertensäo arterial
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Clortalidona/uso terapêutico , Hipertensão/tratamento farmacológico , Oxprenolol/uso terapêutico , Quimioterapia CombinadaRESUMO
No presente trabalho avaliamos dez pacientes portadoras de Endomicardiofibrose (EMF), sendo oito do sexo feminino e dois masculinos, com a idade variando de 23 a 42 anos (média de 32 anos). Os achados clínicos, electrocardiográficos, ecocardiográficos, radiológicos, fonomecanocardiográficos, hemodinâmicos, angiocardiográficos e anatomopatológicos (3 casos) säo descritos em detalhes. Sete pacientes tinham EMF comprometendo ambos os ventrículos e, em três, só o ventrículo direito estava acometido. Do ponto de vista clínico, apresentavam exuberância nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca direita, chamando atençäo a desproporçäo entre o volume da ascite e o edema de membros inferiores. Todos estavam na classe funcional III ou IV, de acordo com a New York Heart Association. Os exames näo invasivos foram sugestivos da doença. Os estudos hemodinâmico e, principalmente, angiocardiográfico mostraram achados conclusivos para a EMF. Em dois pacientes indicamos tratamento cirúrgico