RESUMO
Avaliaram-se o efeito do IGF-I na maturaçäo in vitro (MIV) (experimento I) e no desenvolvimento embrionário (DE) (experimento II) de oócitos bovinos fecundados in vitro, quanto às taxas de clivagem (TC), de blastocistos (TB) e de eclosäo(TE). Para MIV, complexos cumulus-oócitos imaturos foram cultivados em meio TCM-199 suplementado com HEPES, bicarbonato e piruvato de sódio, aditivos, soro fetal bovino (meio B-199) e gonadotrofinas 14U/ml de PMSG e 7U/ml de hCG. Para o desenvolvimento embrionário, os oócitos/zigotos foram cultivados em meio B-199 com células epiteliais do oviduto bovino em suspensäo sob óleo de silicone. As condiçöes de cultivo in vitro para ambos os experimentos seguiram os tratamentos: 1- meio B-199 + 200 ng/ml IGF-I; 2- B-199 + 100 ng/ml IGF-I; 3- B-199 + 50 ng/ml IGF-I; 4- B-199 + 10 ng/ml IGF-I; 5- B-199 + 0 ng/ml IGF-I. Todas as culturas foram realizadas a 38,5§C em atmosfera com 5(porcento) de CO2 e os dados foram analisados pelo teste do qui-quadrado. No experimento I, näo houve diferença (P>0,05) entre os tratamentos quanto às TC, TB e TE, quanto ao meio de MIV foi suplemento com IGF-I. No experimento II, a adiçäo de IGF-I ao meio de DE resultou em aumento na TC (P<0,05) mas näo influenciou a TB e a TE. A adiçäo de 200 ng/ml de IGF-I ao meio DE melhorou a TC (71,1(porcento)) quando comparada com a TC dos grupos de 100 ng/ml de IGF-I (57,6(porcento)) ou controle (56,7(porcento)), entretanto näo houve diferença quando comparada com a dos grupos de 50 ng/ml (69,4(porcento)) ou 10 ng/ml (73,1(porcento)) de IGF-I. Näo houve efeito benéfico na adiçäo de 10 a 200 ng/ml de IGF-I nos meios de MIV e de DE com relaçäo ao desenvolvimento de embriöes produzidos a partir de oócitos maturados e fecundados in vitro
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Fator de Crescimento Insulin-Like I , OócitosRESUMO
Dez vacas multíparas, secas, foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos de cinco animais cada. Nos dias 8 a 12 do diestro, o primeiro grupo recebeu 100 ml de anti-soro contra líquido folicular livre de esteróides (anti-LFb) produzido em ovelhas ovariectomizadas. O segundo grupo (controle) recebeu 100 ml de soro de ovelhas näo-imunizadas. Seis horas após a aplicaçäo, os dois grupos foram superovulados com FSH (18 NIH-FSH-S1 unidades) e LH (0,29 NIH-LH-S1 unidades) administrados em quantidades decrescentes durante quatro dias. Na manhä do terceiro dia, foi administrada uma dose luteolítica de cloprostenol. Duas inseminaçöes foram realizadas 48 e 60 horas após. Os embriöes foram recuperados pelo método cervical 7 dias após a primeira inseminaçäo. Amostras de sangue foram coletadas durante todo o período experimental para determinar, por radioimunoensaio, as concentraçöes plasmáticas de FSH, LH e progesterona. Todas as vacas do grupo imunizado e 3 do grupo controle apresentaram mais de 2 CL. Näo existiu diferença significativa (p>0,05) na taxa de ovulaçäo entre os grupos imunizado e controle (14,4 e 9,9, respectivamente). O número de embriöes recuperado näo foi significativamente diferente (p>0,05) entre os grupos, embora o grupo imunizado tenha apresentado maior número de embriöes transferíveis (3,4 ñ 1,0 versus 0,8 ñ 0,4, p<0,05). As concentraçöes de gonadotrofinas plasmáticas näo foram correlacionadas com a taxa de ovulaçäo ou com o número de embriöes recuperados. As concentraçöes de progesterona plasmática foram positivamente correlacionadas (r = 0,88, p<0,01) com a taxa de ovulaçäo. Os resultados sugerem que o anti-LFb, aplicado antes da superovulaçäo, näo reduz a variabilidade da resposta ovariana