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1.
Cien Saude Colet ; 27(11): 4125-4130, 2022 Nov.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36259833

RESUMO

In this interview, Sonia Guajajara, the executive coordinator of the Brazil's Indigenous Peoples Articulation (APIB), addresses the analyzis and strategies developed by the Indigenous movement to face the COVID-19 pandemic. Among other topics, she highlights some of the movement's strategies concerning communication, surveillance, and the monitoring of COVID-19, as well as its actions to support Indigenous territories, the initiatives carried out in the Legislative and Judiciary realms, the movement's international incidence, and its articulation with academia. Sonia shows the important role played by the Indigenous movement to control the health emergency and to defend the rights of the Indigenous peoples, in the framework of intense conflicts with the federal government and setbacks in public policies.


Nesta entrevista, Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), aborda as análises e estratégias desenvolvidas pelo movimento indígena para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. Entre os pontos destacados, estão as estratégias de comunicação, vigilância e monitoramento da COVID-19, o apoio aos territórios indígenas, as iniciativas no Legislativo e no Judiciário, a incidência internacional e a articulação com a academia. Torna-se evidente o importante protagonismo do movimento indígena nas ações de contenção da emergência sanitária e na defesa dos direitos dos povos indígenas, em uma conjuntura de embate com o governo federal e de retrocessos nas políticas públicas.


Assuntos
COVID-19 , Povos Indígenas , Feminino , Humanos , Governo Federal , Pandemias , Política Pública
2.
Cien Saude Colet ; 25(5): 1653-1666, 2020 May.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-32402037

RESUMO

This paper analyses the relationship between studies on the health of indigenous people in public health and public policies aimed at reducing ethnic-racial inequalities. This selection assumes that scientific production on the subject is part of the societal effort to confront health inequities and guarantee the rights and public policies of indigenous people. In total, 3,417 papers were found between 1956 and 2018, and 418 were selected for analysis from systematic literature mapping in the PubMed/Medline, Scopus, Lilacs, Sociological Abstract, and Web of Science databases. Initially, the literature is marked by the biomedical benchmark. After 1990, publications and dialogue with the human and social sciences are expanded, including the analysis of the implementation of indigenous health policy. We identified that the knowledge produced is associated with the political, social, and scientific transformations of the health reform and the indigenous agenda. Scientific production increased in 2010. We can conclude that the knowledge guiding the scientific production on indigenous health was established from a horizon politically implicated with the studied populations and improved Indigenous Health Subsystem.


Assuntos
Reforma dos Serviços de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Política de Saúde , Humanos , Povos Indígenas , Grupos Populacionais
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(11): 4125-4130, nov. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404174

RESUMO

Resumo Nesta entrevista, Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), aborda as análises e estratégias desenvolvidas pelo movimento indígena para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. Entre os pontos destacados, estão as estratégias de comunicação, vigilância e monitoramento da COVID-19, o apoio aos territórios indígenas, as iniciativas no Legislativo e no Judiciário, a incidência internacional e a articulação com a academia. Torna-se evidente o importante protagonismo do movimento indígena nas ações de contenção da emergência sanitária e na defesa dos direitos dos povos indígenas, em uma conjuntura de embate com o governo federal e de retrocessos nas políticas públicas.


Abstract In this interview, Sonia Guajajara, the executive coordinator of the Brazil's Indigenous Peoples Articulation (APIB), addresses the analyzis and strategies developed by the Indigenous movement to face the COVID-19 pandemic. Among other topics, she highlights some of the movement's strategies concerning communication, surveillance, and the monitoring of COVID-19, as well as its actions to support Indigenous territories, the initiatives carried out in the Legislative and Judiciary realms, the movement's international incidence, and its articulation with academia. Sonia shows the important role played by the Indigenous movement to control the health emergency and to defend the rights of the Indigenous peoples, in the framework of intense conflicts with the federal government and setbacks in public policies.

4.
Cien Saude Colet ; 20(10): 3199-210, 2015 Oct.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-26465861

RESUMO

The implementation of the National Policy for Healthcare of Indigenous Peoples (Pnaspi) in the Alto Rio Negro Amazon region was analyzed based on the principles of the differentiated care model. This theme was investigated from three perspectives, namely the formulation of the guidelines, the therapeutic itineraries in indigenous villages, and the work routines of the Indigenous Community Health Agents (AIS). It involved qualitative research based on the anthropological perspective of Eduardo Menéndez. The techniques used were participant observation, interviews, and, document analysis. The formulation of the guidelines of differentiated care emphasizes the adaptation of technologies and professionals, minimizing the coexistence and disputes among healthcare models. Menéndez's perspective focused on the viewpoint of the subjects was crucial for identifying the coexistence and articulation among different forms of care in the villages through the healthcare itineraries. Nevertheless, it was not possible to identify the inclusion of indigenous health practices and representations through the work routines of the Indigenous Community Health Agents (AIS). The focus was on self-care developed and practiced by the subjects and their families.


Assuntos
Política de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Autocuidado , Brasil , Humanos , Indígenas Sul-Americanos
5.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(5): 1653-1666, 2020. graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1101006

RESUMO

Resumo Este artigo analisa as relações entre os estudos sobre a saúde dos povos indígenas na saúde coletiva e as políticas públicas voltadas para redução das desigualdades étnico-raciais. Tal recorte parte do pressuposto de que a produção científica sobre o tema integra o esforço societário de enfrentamento das iniquidades em saúde e garantia dos direitos e políticas públicas em saúde dos povos indígenas. A partir de mapeamento sistemático da literatura nas bases Pubmed/Medline, SCOPUS, Lilacs, Sociological Abstract e Web of Science, foram localizados 3.417 artigos entre 1956 a 2018 e selecionados 418 para análise. Inicialmente a literatura é marcada pelo referencial biomédico, mas após 1990 amplia-se o número de publicações e o diálogo com as ciências humanas e sociais, incluindo a análise da implementação da política de saúde indígena. Identifica-se que o conhecimento produzido está associado às transformações políticas, sociais e científicas da reforma sanitária e da pauta indigenista. A partir de 2010 há um aumento da produção científica. Conclui-se que o conhecimento que baliza a produção científica sobre saúde indígena foi se constituindo a partir de um horizonte politicamente implicado com as populações estudadas e o aprimoramento do Subsistema de Saúde Indígena.


Abstract This paper analyses the relationship between studies on the health of indigenous people in public health and public policies aimed at reducing ethnic-racial inequalities. This selection assumes that scientific production on the subject is part of the societal effort to confront health inequities and guarantee the rights and public policies of indigenous people. In total, 3,417 papers were found between 1956 and 2018, and 418 were selected for analysis from systematic literature mapping in the PubMed/Medline, Scopus, Lilacs, Sociological Abstract, and Web of Science databases. Initially, the literature is marked by the biomedical benchmark. After 1990, publications and dialogue with the human and social sciences are expanded, including the analysis of the implementation of indigenous health policy. We identified that the knowledge produced is associated with the political, social, and scientific transformations of the health reform and the indigenous agenda. Scientific production increased in 2010. We can conclude that the knowledge guiding the scientific production on indigenous health was established from a horizon politically implicated with the studied populations and improved Indigenous Health Subsystem.


Assuntos
Reforma dos Serviços de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Grupos Populacionais , Povos Indígenas , Política de Saúde
6.
Artigo em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-41492

RESUMO

Este artigo analisa as relações entre os estudos sobre a saúde dos povos indígenas na saúde coletiva e as políticas públicas voltadas para redução das desigualdades étnico-raciais. Tal recorte parte do pressuposto de que a produção científica sobre o tema integra o esforço societário de enfrentamento das iniquidades em saúde e garantia dos direitos e políticas públicas em saúde dos povos indígenas. A partir de mapeamento sistemático da literatura nas bases Pubmed/Medline, SCOPUS, Lilacs, Sociological Abstract e Web of Science, foram localizados 3.417 artigos entre 1956 a 2018 e selecionados 418 para análise. Inicialmente a literatura é marcada pelo referencial biomédico, mas após 1990 amplia-se o número de publicações e o diálogo com as ciências humanas e sociais, incluindo a análise da implementação da política de saúde indígena. Identifica-se que o conhecimento produzido está associado às transformações políticas, sociais e científicas da reforma sanitária e da pauta indigenista. A partir de 2010 há um aumento da produção científica. Conclui-se que o conhecimento que baliza a produção científica sobre saúde indígena foi se constituindo a partir de um horizonte politicamente implicado com as populações estudadas e o aprimoramento do Subsistema de Saúde Indígena.

7.
Saúde Soc ; 29(3): e200584, 2020. graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1145108

RESUMO

Resumo Embora a Constituição Federal de 1988 assegure aos povos indígenas o direito às políticas sociais, a saúde permanece um campo de tensão no trato desses povos com o Estado. Muito se tem defendido a necessidade de garantir a diretriz de participação no Sistema Único de Saúde e a inserção dos indígenas nos mecanismos de controle social. Dessa forma, este trabalho busca contribuir com o debate sobre os sentidos da participação e refletir sobre os desafios da sua configuração como controle social no âmbito da saúde indígena. A análise foi feita com base nos relatórios das conferências de saúde, na bibliografia afeita ao tema e em entrevistas realizadas com atores-chave. A pesquisa buscou lançar luz sobre a diversidade dos contextos, dos atores e das pautas das cinco conferências de saúde indígena realizadas. Concluímos que houve um deslocamento na participação nas conferências para uma atuação mais burocrática dentro dos estritos limites estabelecidos pela gestão. Ainda assim, é fundamental valorizarmos a potência contida nos mecanismos do controle social, que não à toa são objetos de combate dos grupos mais conservadores da sociedade. Neste sentido, há que se valorizar tais espaços, ocupá-los e transformá-los.


Abstract Even though the Federal Constitution of 1988 guarantees indigenous peoples the right to social policies, health care remains a field of tension in their relationship with the State. The need to ensure a participation guideline for the Brazilian National Health System and the inclusion of indigenous people in mechanisms of social control are widely defended. Thus, this article seeks to discuss the meanings of participation and reflect on the challenges of its configuration as social control within the scope of indigenous health. The analysis was based on health conference reports, bibliography related to the subject, and interviews with key actors. The research sought to shed light on the diversity of contexts, actors, and agendas involved in the five indigenous health conferences. We concluded that there was a shift in the conferences and their participation, which moved towards a more bureaucratic performance within the strict boundaries established by the government. Even so, it is essential to value the power contained in the mechanisms of social control, which not coincidentally are the objects of disputes brought forward by the most conservative groups in society. In this sense, it is necessary to value, occupy, and transform these spaces.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Controle Social Formal , Sistema Único de Saúde , Conferências de Saúde , Saúde de Populações Indígenas , Participação Social , Direitos Socioeconômicos , Direito à Saúde
8.
Artigo em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-45041

RESUMO

Este artigo discute a perspectiva intercultural na formação de Agentes Indígenas de Saúde no contexto da região do Alto Rio Purus/Brasil. Procura-se discutir a experiência da Escola Técnica de Saúde Maria Moreira da Rocha na implementação do curso de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde, entre 2012 e 2014. É uma pesquisa qualitativa, que utiliza a análise de conteúdo, a partir da realização de entrevistas semiestruturadas. São examinados os discursos adotados sobre a construção e implementação curricular a partir de análises críticas da interculturalidade. Destacamos as discussões referentes ao discurso sobre "resgate" cultural presente na proposta, a utilização do papel de mediadores e tradutores indígenas no desenvolvimento das atividades, a abordagem do pluralismo médico e os conflitos decorrentes da mudança do modelo de atenção nos serviços de saúde. Identificamos que a interculturalidade é um importante desafio na formação dos Agentes Indígenas de Saúde, pelas suas múltiplas implicações no processo pedagógico. Concluímos que esta experiência nos alerta para a importância da discussão sobre interculturalidade na educação para a formulação e implementação de processos formativos de Agentes Indígenas de Saúde.


Assuntos
Assistência à Saúde Culturalmente Competente , Saúde de Populações Indígenas , Agentes Comunitários de Saúde , Educação Profissional em Saúde Pública
9.
Artigo em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-44123

RESUMO

A pandemia de COVID-19, seja em escala global ou em cada um dos países e regiões onde o vírus circula, é, de nosso ponto de vista, um desses processos que pode ser interpretado como "fato ou fenômeno social total". Nela se manifesta um amplo leque de dimensões (economia, religião, legislação, moralidade, estética, ciência), em imbricações altamente complexas. Todavia, em segmentos sociais específicos, observam-se conformações próprias. É o caso dos povos indígenas no Brasil, uma parcela da população que tem sido duramente atingida pela pandemia. A COVID-19, como "fato social total", expõe as múltiplas dimensões e tensões provocadas pela atuação do Estado na implementação de políticas públicas dirigidas a minorias étnico-raciais no Brasil. Ficam evidentes não somente os impactos, como também as modalidades de resistência e enfrentamento do movimento etnopolítico indígena. Isso para não mencionar que as implicações da pandemia envolvem questões que, no caso dos povos indígenas, vão desde a insegurança alimentar e medo de sair das aldeias à violência simbólica de não ser possível realizar ritos funerários tradicionais, no caso de pessoas falecidas decorrentes da COVID-19.


Assuntos
Infecções por Coronavirus , Pandemias , Povos Indígenas
10.
Artigo em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-44503

RESUMO

Nos dias atuais, o conceito de vulnerabilidade ocupa um espaço central nos debates sobre a saúde dos povos indígenas em escala global, sendo inclusive amplamente referido nas discussões acerca da disseminação da pandemia de COVID-19. Esse conceito se faz presente na Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas no Brasil , alinhando-se à perspectiva dos determinantes sociais da saúde. Nesse esquema interpretativo, que é tão central para as políticas públicas em muitos países do mundo, e também no Brasil, todo e qualquer agravo que acomete as populações humanas envolvem, em alguma medida, aspectos biológicos, mas os principais determinantes do adoecimento e morte das populações são tidos como se vinculando, primordialmente, a desigualdades étnicas, políticas e socioeconômicas.


Assuntos
Saúde de Populações Indígenas , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , Tuberculose
11.
Saúde debate ; 43(spe8): 146-159, 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1127437

RESUMO

RESUMO Em 23 de setembro de 1999, foi aprovada a criação do subsistema de saúde indígena no âmbito do Sistema Único de Saúde. Neste trabalho, analisamos as bases discursivas de convergência e conflitos entre discursos indigenistas e da Reforma Sanitária, que nos permitem refletir sobre esse processo que consideramos configurar uma 'longa' Reforma Sanitária indígena. Utilizamos como referencial teórico a perspectiva da teoria de Stephen Ball, para analisar documentos produzidos por atores indigenistas (Fundação Nacional do Índio - Funai, Conselho Indigenista Missionário - Cimi e União das Nações Indígenas - UNI) e pelo Movimento da Reforma Sanitária. Apontamos evidências da utilização por indígenas e indigenistas dos argumentos e das propostas da Reforma Sanitária, e, por outro lado, o envolvimento estratégico de Sergio Arouca nos debates da saúde indígena. Os pontos de convergência se localizam principalmente na crítica ao modelo biomédico, à aproximação das propostas da atenção primária e do conceito ampliado de saúde. Os conflitos se relacionaram principalmente quanto à operacionalização do subsistema, mas o discurso indigenista, contrário à municipalização, encontrou na distritalização uma proposta legitimada na Reforma Sanitária.


ABSTRACT On September 23, 1999, the indigenous health subsystem was created within the scope of the Unified Health System. In this work, we analyze the discursive bases of convergence and conflicts between indigenist discourses and the health reform, which allow us to reflect on this process which we consider a 'long' indigenous health reform. We used as reference the perspective of Stephen Ball's theory, to analyze documents produced by indigenist actors (National Indian Foundation - Funai, Indian Missionary Council - Cimi and Union of Indigenous Nations - UNI) and the Health Reform Movement. We point to evidence of indigenous and indigenist use of arguments and proposals for sanitary reform and, on the other hand, the strategic involvement of Sergio Arouca in indigenous health events. The points of convergence are located mainly in the critique of the biomedical model, the approximation of primary care proposals, and the concept of health. Conflicts were mainly related to the operationalization of the subsystem, but the indigenist discourse, contrary to municipalization, found in the district process a proposal legitimized in the Health Reform.

12.
Artigo em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-60126

RESUMO

Em 23 de setembro de 1999, foi aprovada a criação do subsistema de saúde indígena no âmbito do Sistema Único de Saúde. Neste trabalho, analisamos as bases discursivas de convergência e conflitos entre discursos indigenistas e da Reforma Sanitária, que nos permitem refletir sobre esse processo que consideramos configurar uma 'longa' Reforma Sanitária indígena. Utilizamos como referencial teórico a perspectiva da teoria de Stephen Ball, para analisar documentos produzidos por atores indigenistas (Fundação Nacional do Índio - Funai, Conselho Indigenista Missionário - Cimi e União das Nações Indígenas - UNI) e pelo Movimento da Reforma Sanitária. Apontamos evidências da utilização por indígenas e indigenistas dos argumentos e das propostas da Reforma Sanitária, e, por outro lado, o envolvimento estratégico de Sergio Arouca nos debates da saúde indígena. Os pontos de convergência se localizam principalmente na crítica ao modelo biomédico, à aproximação das propostas da atenção primária e do conceito ampliado de saúde. Os conflitos se relacionaram principalmente quanto à operacionalização do subsistema, mas o discurso indigenista, contrário à municipalização, encontrou na distritalização uma proposta legitimada na Reforma Sanitária.

13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 20(10): 3199-3210, Out. 2015. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-761782

RESUMO

ResumoAnalisou-se a implementação do modelo de atenção da Política Nacional de Saúde Indígena (Pnaspi) no Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro, à luz da diretriz da atenção diferenciada. A temática foi investigada sob três perspectivas: formulação da diretriz; itinerários terapêuticos em aldeias indígenas; atuação dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS). Pesquisa qualitativa, apoiada na perspectiva antropológica de Menéndez sobre modelos de atenção. A coleta de dados compreendeu observação participante, entrevistas e análise documental. A formulação da diretriz da atenção diferenciada enfatiza a adequação de tecnologias e profissionais, minimizando a dimensão da coexistência e disputas entre formas de atenção. A perspectiva de análise dos modelos de atenção desde os sujeitos, proposta por Menéndez, mostrou-se fundamental para demonstrar que a partir dos itinerários terapêuticos é possível verificar a coexistência e a articulação de diversas formas de atenção. A começar da análise das rotinas dos AIS não foi possível encontrar a inclusão ou o reconhecimento das representações e práticas indígenas de saúde. Destaca-se a autoatenção, protagonizada por sujeitos e famílias.


AbstractThe implementation of the National Policy for Healthcare of Indigenous Peoples (Pnaspi) in the Alto Rio Negro Amazon region was analyzed based on the principles of the differentiated care model. This theme was investigated from three perspectives, namely the formulation of the guidelines, the therapeutic itineraries in indigenous villages, and the work routines of the Indigenous Community Health Agents (AIS). It involved qualitative research based on the anthropological perspective of Eduardo Menéndez. The techniques used were participant observation, interviews, and, document analysis. The formulation of the guidelines of differentiated care emphasizes the adaptation of technologies and professionals, minimizing the coexistence and disputes among healthcare models. Menéndez's perspective focused on the viewpoint of the subjects was crucial for identifying the coexistence and articulation among different forms of care in the villages through the healthcare itineraries. Nevertheless, it was not possible to identify the inclusion of indigenous health practices and representations through the work routines of the Indigenous Community Health Agents (AIS). The focus was on self-care developed and practiced by the subjects and their families.


Assuntos
Humanos , Autocuidado , Política de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Brasil , Indígenas Sul-Americanos
14.
Artigo em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-57080

RESUMO

Analisou-se a implementação do modelo de atenção da Política Nacional de Saúde Indígena (Pnaspi) no Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro, à luz da diretriz da atenção diferenciada. A temática foi investigada sob três perspectivas: formulação da diretriz; itinerários terapêuticos em aldeias indígenas; atuação dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS). Pesquisa qualitativa, apoiada na perspectiva antropológica de Menéndez sobre modelos de atenção. A coleta de dados compreendeu observação participante, entrevistas e análise documental. A formulação da diretriz da atenção diferenciada enfatiza a adequação de tecnologias e profissionais, minimizando a dimensão da coexistência e disputas entre formas de atenção. A perspectiva de análise dos modelos de atenção desde os sujeitos, proposta por Menéndez, mostrou-se fundamental para demonstrar que a partir dos itinerários terapêuticos é possível verificar a coexistência e a articulação de diversas formas de atenção. A começar da análise das rotinas dos AIS não foi possível encontrar a inclusão ou o reconhecimento das representações e práticas indígenas de saúde. Destaca-se a autoatenção, protagonizada por sujeitos e famílias.

16.
Rev. bioét. (Impr.) ; 22(2): 337-346, maio-ago. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-719396

RESUMO

Os sistemas médicos são culturalmente moldados e podem ter impactos negativos naqueles que não compartilham essas bases. Discutimos a perspectiva indígena de questões morais na relação com os serviços de saúde na região do Alto Rio Negro/Amazonas/Brasil. Trata-se de pesquisa qualitativa que utilizou como técnicas a observação participante e entrevistas em duas comunidades na região do Alto Rio Negro. A transferência para serviços de saúde em área urbana foi identificada como a principal questão moral para os indígenas na região. A diversidade de tradições, culturas e valores dos povos indígenas influenciam na sua moralidade e tomada de decisões clínicas, que eram pouco compreendidas pelos profissionais de saúde. Na relação entre profissionais de saúde e usuários indígenas ficou evidente o choque entre habitus distintos e a configuração de uma relação entre estranhos morais. Essas condições dificultam o diálogo para a resolução de conflitos...


Los sistemas médicos son culturalmente moldeados y pueden tener impactos negativos en los que no comparten estas bases. Se discute la perspectiva indígena de cuestiones morales en la relación con los servicios de salud en la región del Alto Rio Negro/Amazonas/Brasil. Fue un estudio cualitativo que utiliza las técnicas de la observación participante y entrevistas en dos comunidades de la región del Alto Rio Negro. La transferencia para servicios de salud en zona urbana fue identificada como la principal cuestión moral para los indios de la región. La diversidad de tradiciones, culturas y valores de los pueblos indígenas tienen influencia en su moralidad y la toma de decisiones clínicas que eran poco comprendidas por los profesionales de salud. En la relación entre los profesionales de salud y los usuarios indígenas se hizo evidente el choque entre los distintos habitus y la configuración de una relación entre extraños morales. Estas condiciones dificultan el diálogo para resolver los conflictos...


Medical systems are culturally adapted and may have negative impacts on those that do not share these bases. We discussed the indigenous perspective on moral issues in the relation with health services in the region of Alto Rio Negro/Amazonas/Brazil. It was a qualitative research that used participant observation and interviews in two communities in the region of Alto Rio Negro as techniques. The transfer to health services in urban areas was identified as the main moral issue for the Indians in the region. The diversity of traditions, cultures and values of the indigenous people influence their morality and clinical decisions to be made, what used to be little understood by health professionals. In the relationship between health professionals and indigenous users it was clear the shock between different habits and the configuration of a relation between moral strangers. These facts hinder the dialogue to solve conflicts...


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Bioética , Diversidade Cultural , Violência Étnica , Ética Clínica , Saúde de Populações Indígenas , Pessoal de Saúde , Serviços de Saúde , Humanização da Assistência , Povos Indígenas , Discriminação Social , Pesquisa Qualitativa
19.
Trab. educ. saúde ; 9(3): 521-553, nov. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-608327

RESUMO

A experiência brasileira de trabalho e formação de agentes comunitários de saúde (ACS) foi a base para a implementação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) pela Direção Provincial de Saúde (DPS) de Luanda, em Angola. Esse relato reflete sobre a visita exploratória realizada, em 2009, nos municípios de Cacuaco, Cazenga, Kilamba-Kiaxi, Samba, Sambizanga e Viana, para conhecer as percepções e práticas dos ACS angolanos no que diz respeito ao seu trabalho e à saúde da população. Essa visita pretendia levantar subsídios para a discussão de cooperação técnica entre instituições brasileiras e a coordenação do Pacs da DPS, no sentido de fortalecer a formação de profissionais desse programa. Encontramos semelhanças e diferenças da experiência angolana em relação à brasileira, sendo que consideramos que os principais desafios do caso angolano são: a institucionalização do programa, a regularização do vínculo empregatício e a qualificação profissional dos agentes.


The Brazilian experience of training and working with Community Health Workers was the basis for the implementation of the Community Health Workers Program by the Provincial Health Directorate in Luanda, Angola. This article reports on an exploratory visit carried out in 2009 to the municipalities of Cacuaco, Cazenga, Kilamba-Kiaxi, Samba, Sambizanga and Viana, with a view to understanding the health perceptions and practices of community health workers in Angola. This visit aimed to gather information that would engender a discussion on technical cooperation between Brazilian institutions and the coordination of the Program of Community Health Workers to strengthen the professional education of the Program. We have found similarities and differences between the Angolan experience and the Brazilian one, and we believe that the main challenges to be faced in Angola are the institutionalization of the program, the regularization of employment relationships and the professional qualifications of the community health workers.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Educação em Saúde , Agentes Comunitários de Saúde , Angola
20.
Rio de Janeiro; s.n; 2013. 190 p. mapas, ilus, graf.
Tese em Português | Teses e dissertações da Fiocruz, FIOCRUZ | ID: tes-5568

RESUMO

Essa pesquisa discutiu a organização do modelo de atenção dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) a partir da experiência do DSEI Alto Rio Negro (DSEIRN),com ênfase na implementação da atenção diferenciada e no trabalho do AIS. Elegemos como foco da pesquisa a dimensão técnica dos modelos de atenção, e incorporamos a perspectiva antropológica de Menéndez. Essa pesquisa qualitativa adotou a abordagem hermenêutica para compreender o "ponto de vista dos atores" na produção dos sentidos e na construção da realidade social, e as técnicas de pesquisa utilizadas foram: a) observação participante em duas comunidades no DSEIRN; b) entrevistas com roteiro semi-estruturado com AIS; c) análise documental. Constamos que a proposta da atenção diferenciada baseia-se na adequação das tecnologias e da atuação dos profissionais à realidade indígena, e sua operacionalização está fortemente assentada na atuação do AIS. Entretanto, observa-se que o trabalho desenvolvido pelo AIS está centrado no uso e distribuição de tecnologias biomédicos, não executando a diferenciação da atenção. A partir da análise do manejo de tecnologias em saúde no trabalho do AIS, identificamos que as adequações culturais desenvolvidas se referem principalmente aos modos de gerir essas tecnologias. Ademais,apontamos que os agentes possuem atribuições desproporcionais a sua baixa qualificação e supervisão. Por outro lado, nas comunidades indígenas coexistem diferentes formas de atenção, como a biomédica, tradicional e auto atenção, o que aponta a diversidade de recursos e fluxos utilizados nos itinerários terapêuticos. Também discutimos situações de conflito moral identificados pelos usuários indígenas, que emergem do cuidado tecnicamente padronizado existente nos serviços de saúde. (AU)


Assuntos
Humanos , Saúde de Populações Indígenas , Política de Saúde , Serviços de Saúde Comunitária , Competência Cultural , Ética , Assistência Integral à Saúde , Indígenas Sul-Americanos
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