RESUMO
This is an ecological and time-series study using secondary data on perinatal mortality and its components from 2008 to 2017 in Espírito Santo, Brazil. The data were collected from the Mortality Information System (SIM) and Live Births Information System (SINASC) of the Unified Health System Informatics Department (DATASUS) in June 2019. The perinatal mortality rate (×1000 total births) was calculated. Time series were constructed from the perinatal mortality rate for the regions and Espírito Santo. To analyze the trend, the Prais-Winsten model was used. From 2008 to 2017 there were 8132 perinatal deaths (4939 fetal and 3193 early neonatal) out of a total of 542,802 births, a perinatal mortality rate of 15.0/1000 total births. The fetal/early neonatal ratio was 1.5:1, with a strong positive correlation early neonatal mortality rate, perinatal mortality rate, r (9) = 0.8893, with a significance level of p = 0.000574. The presence of differences in trends by health region was observed. Risk factors that stood out were as follows: mother's age ranging between 10 and 19 or 40 and 49 years old, with no education, a gestational age between 22 and 36 weeks, triple and double pregnancy, and a birth weight below 2499 g. Among the causes of death, 49.70% of deaths were concentrated in category of the tenth edition of the International Classification of Diseases, fetuses and newborns affected by maternal factors and complications of pregnancy, labor, and delivery (P00-P04), and 11.03% were in the category of intrauterine hypoxia and birth asphyxia (P20-P21), both related to proper care during pregnancy and childbirth. We observed a slow reduction in the perinatal mortality rate in the state of Espírito Santo from 2008 to 2017.
Assuntos
Morte Perinatal , Mortalidade Perinatal , Adolescente , Adulto , Brasil/epidemiologia , Criança , Feminino , Humanos , Lactente , Mortalidade Infantil , Recém-Nascido , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Adulto JovemRESUMO
Introduction: the progression of SARS-CoV-2 highlighted the Americas region for the number of COVID-19 cases and deaths. In Brazil, the Southeast region was one of the most affected, especially the state of Rio de Janeiro, due to its cosmopolitan characteristics.Objective: to analyze temporal variations in the incidence, mortality and lethality of COVID-19 in the state of Rio de Janeiro from January 2020 to December 2022.Methods: ecological time-series study with publicly available data on COVID-19 cases and deaths. Crude incidence, mortality, and fatality rates, and estimates of percent daily change (DPC) were analyzed using Prais-Winsten linear regression. With calculation of crude rates were performed using Microsoft Excel 2019, and DPC estimates were performed using STATA MP 17.0 software.Results: 2.5 million cases and 76 thousand COVID-19 deaths were confirmed in the state of Rio de Janeiro from 2020 to 2022, with lethality declining from 4.89% to 0.60%. The highest lethality occurred in May 2020 (11.59%), October 2021 (9.13%) and March 2022 (6.78%), showing a stationary trend. In 2020, incidence and mortality rates peaked in December (797.76 per 100,000 inhabitants) and May (43.96 per 100,000 inhabitants), respectively, followed by subsequent declines. Incidence trend was increasing in 2020 and stationary in 2022, while mortality decreased in 2021 and 2022 after stability in 2020.Conclusion: The incidence of COVID-19 peaked in 2020 and subsequently declined, suggesting partial transmission control. Mortality stabilized after 2020, indicating evolution in health care. Lethality showed a stationary trend, indicating an improvement in hospital capacity. The divergent behavior of the epidemiological indicators reflected the complex dynamics of the pandemic in the analyzed state. There were 790 thousand deaths from COVID-19 in the State of Rio de Janeiro in the period from 2020 to 2022.
Introdução: a progressão do SARS-CoV-2 destacou a região das Américas pelo número de casos e óbitos de COVID-19. No Brasil, a região Sudeste foi uma das mais afetadas, em especial o estado do Rio de Janeiro, devido suas características cosmopolitas.Objetivo: analisar as variações temporais da incidência, mortalidade e letalidade da COVID-19 no estado do Rio de Janeiro no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2022.Método: estudo ecológico de séries temporais com dados de acesso público de casos e óbitos de COVID-19. Analisou-se as taxas brutas de incidência, mortalidade e letalidade, e estimativas das taxas de variação percentual diária (DPC) utilizando a regressão linear de Prais-Winsten. Para o cálculo das taxas brutas usou-se o aplicativo Microsoft Excel 2019, e na estimativa da DPC o software STATA MP 17.0.Resultados: foram confirmados 2,5 milhões de casos e 76 mil óbitos por COVID-19 no estado do Rio de Janeiro, no período de 2020 a 2022, com letalidade declinando de 4,89% para 0,60%. A maior letalidade ocorreu em maio de 2020 (11,59%), outubro de 2021 (9,13%) e março de 2022 (6,78%), com tendência estacionária no período. Em 2020, as taxas de incidência e mortalidade, atingiu pico em dezembro (797,76/100 mil hab.), com posterior declínio e em maio (43,96/100 mil hab.), também com posterior queda, respectivamente. A tendência de incidência foi crescente em 2020 e estacionária em 2022, a mortalidade decresceu em 2021 e 2022, após estabilidade em 2020.Conclusão: a incidência de COVID-19 atingiu pico em 2020 e decresceu posteriormente, sugerindo controle parcial da transmissão. A mortalidade se estabilizou após 2020, indicando evolução da assistência à saúde. A letalidade apresentou tendência estacionária no período, sinalizando melhoria da capacidade hospitalar. O comportamento divergente dos indicadores epidemiológicos refletiu a complexa dinâmica da pandemia no estado do Rio de Janeiro. Houve 790 mil óbitos por COVID-19 no Estado do Rio de Janeiro no período de 2020 a 2022.
RESUMO
Introdução: O Pé Diabético (PD) é a principal causa de amputações não traumáticas nos países ocidentais, causando morte ou incapacidade física e mental, má qualidade de vida e alto custo para a sociedade. Objetivo: Analisar a prevalência de DF e fatores de risco relacionados na população diabética residente no Estado do Espírito Santo, Brasil. Métodos: Estudo transversal, descritivo, com delineamento de série temporal, utilizando dados secundários de morbidade de indivíduos com DF residentes no Estado do Espírito Santo, cadastrados e acompanhados pelo Sistema de Cadastro e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos. Resultados: Dos 64.196 diabéticos, 3,9% tinham DM tipo 1, 10,9% DM tipo 2 e 85,2% eram hipertensos. A prevalência de DF foi de 2,9% no DM tipo 1, 3,3% no DM tipo 2 e 4,5% no DM com hipertensão. Maiores taxas de DF foram observadas no sexo masculino, com idade acima de 60 anos no DM tipo 1 e tipo 2, e até 19 anos no DM com hipertensão, tabagismo, sedentarismo, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), AVC e Doença Renal Crônica (DRC) ). Nos indivíduos com excesso de peso, a prevalência de DF foi maior apenas no DM tipo 1. Houve associação significativa em todas as variáveis exceto sobrepeso em ambos os tipos de DM, sedentarismo e acidente vascular cerebral no DM tipo 1. Conclusão: Os achados mostraram importantes prevalências de DF, com maior concentração em homens com mais de 60 anos, sobre tabagismo, sedentarismo, IAM, AVC e DRC, com associação estatística significativa nas variáveis analisadas, com exceção do excesso de peso em ambos os tipos de DM, como bem como sedentarismo e acidente vascular cerebral no DM tipo 1.
Introduction: Diabetic Foot (DF) is the leading cause of non-traumatic amputations in Western countries, causing death or physical and mental disability, poor quality of life and high cost to society. Objetive: To analyze the prevalence of DF and related risk factors in the diabetic population residing in Espírito Santo State, Brazil. Methods: Cross-sectional, descriptive study with time series design, using secondary data on morbidity of individuals with DF living in the State of Espírito Santo, registered and followed by the Hypertensive and Diabetic Registration and Monitoring System. Results: From 64,196 diabetic patients, 3.9% had Type 1 DM, 10.9% Type 2 DM and 85.2% had hypertension. The prevalence of DF was 2.9% in type 1 DM, 3.3% in type 2 DM and 4.5% in DM with hypertension. Higher rates of DF were observed in males, aged over 60 years in type 1 and type 2 DM, and up to 19 years in DM with hypertension, smoking, sedentary lifestyle, Acute Myocardial Infarction (AMI), stroke and Cronic Kidney disease (CKD). In overweight individuals, the prevalence of DF was higher only in type 1 DM. There was a significant association in all variables except overweight in both types of DM, sedentary lifestyle and stroke in type 1 DM. Conclusion: Findings showed important prevalence of DF, with higher concentration in men older than 60 years, on smoking, sedentary lifestyle, AMI, stroke and CKD, with significant statistical association in the analized variables, except for overweight in both types of DM, as well as sedentary lifestyle and stroke in type 1 DM.
RESUMO
INTRODUCTION: at this critical moment of the COVID -19 pandemic, we observe the social withdrawal and the break from the routine of individuals in society, for people with disabilities who need adequate support and a routine of more intense and effective activities may feel a greater need for care and attention of family support for solving everyday problems. OBJECTIVE: to identify factors associated with the impact of the pandemic on the quality of life of individuals with disabilities and their caregivers. METHODS: a virtual survey was carried out with parents and caregivers of people with disabilities to identify the main factors associated with the impact of the Pandemic on daily life and social relationships between family and community. RESULTS: of the parents and caregivers we had access to and answered the questionnaire, 90% are residents of the ABC region of São Paulo. Their children and adolescents with disabilities are between 4 and 18 years old. The main scores of caregivers on difficulties in care during the pandemic, 70% felt helpless at some point, 17% had difficulties in performing self-care activities, 42% had anguish and fear during the period, 83% have the greatest responsibility for household decisions, and about 50% can share those decisions. CONCLUSION: the main complaints about the care of people with disabilities during the COVID-19 pandemic are related to the feeling of fear and anguish that affects decision-making and family relationships, which influences self-care activities and mental health of this population.
INTRODUÇÃO: neste momento crítico da pandemia de COVID -19, observamos o afastamento social e a quebra da rotina dos indivíduos na sociedade, para a pessoa com deficiência que necessita de suporte adequado e uma rotina de atividades mais intensas e efetivas podem sentir maior necessidade de cuidado e atenção do suporte familiar para resolução que problemas cotidianos. OBJETIVO: identificar os fatores associados ao impacto da pandemia na Qualidade de vida dos indivíduos com deficiência e seus cuidadores. MÉTODO: foi realizado um inquérito virtual com pais e cuidadores de pessoas com deficiência no para identificar os principais fatores associados ao impacto da Pandemia no cotidiano e nas relações sociais entre família e comunidade. RESULTADOS: dos pais e cuidadores que tivemos acesso e responderam ao questionário, 90% são residentes da região do ABC de São Paulo, suas crianças e adolescentes com deficiência têm entre 4 e 18 anos de idade. As principais pontuações dos cuidadores sobre as dificuldades no cuidado durante a pandemia, 70% se sentiram desamparadas em algum momento, 17% tiveram dificuldades para realizar atividades de autocuidado, 42% tiveram angústias e medo durante o período,83% tem a maior responsabilidade nas decisões do lar, e cerca de 50% conseguem compartilhar tais decisões. CONCLUSÃO: das principais queixas para o cuidado da pessoa com deficiência durante a pandemia de COVID-19, estão relacionadas a sensação de medo e angústia que afeta a tomada de decisão e as relações familiares, o que influencia as atividades de autocuidado e na saúde mental desta população.
Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Qualidade de Vida , Autocuidado , Isolamento Social , Saúde Mental , Cuidadores/psicologia , Pessoas com Deficiência/psicologia , Inquéritos e Questionários , COVID-19/prevenção & controleRESUMO
BACKGROUNG: The maternal perception of the nutritional status of their children has several important social factors in its composition and it can be important in determine quality of children's foodOBJECTIVE: To assess social factors influencing maternal perception of her children´s nutritional statusMETHODS: Cross sectional study with school children from 6 to 10 years from a public school in São Paulo, Brazil. The data was obtained through a structured questionnaire applied to mothers and through children's body mass index. Associations between variables were analyzed by the Qui-square test and by the adjusted residues analysis, with 5% of significance. The agreement between maternal perception and nutritional status was assessed through the Kappa testRESULTS: We found incorrect perception in 45.8% of cases, from which 98.2% were underestimation, with 80% of underestimation for overweight children. We found poor and slight agreement for all cases. Adjusted residuals pointed eutrophic underestimation; better maternal perception for the obese; better perception for mothers that attained middle and high school levels; underestimation for eutrophic boys and correct perception for eutrophic girls. Single mothers and those who do not work outside tended to underestimate their eutrophic childrenCONCLUSION: We found poor agreement for almost all cases, with exception to mothers of girls and those that do not work outside. A correct perception was related positively with lower education levels, being worse for mothers without a partner and for those who do not work outside. Mothers of girls, compared to mothers of boys, had a more accurate perception
INTRODUÇÃO: A percepção materna do estado nutricional de seus filhos apresenta diversos fatores sociais importantes em sua composição e ela pode ser um importante na determinação da qualidade de alimentação das criançasOBJETIVO: Avaliar os fatores sociais que influenciam a percepção materna sobre o estado nutricional de seus filhosMÉTODO: Estudo transversal com escolares de 6 a 10 anos de uma escola pública de São Paulo, Brasil. Os dados foram obtidos por meio de um questionário estruturado aplicado às mães e a partir de antropometria das crianças. As associações entre as variáveis foram analisadas pelo teste do Qui-quadrado e pela análise dos resíduos ajustados, com 5% de significância. A concordância entre a percepção materna e o estado nutricional foi avaliada por meio do teste KappaRESULTADOS: Encontramos percepção incorreta em 45,8% dos casos, dos quais 98,2% foram de subestimação, com 80% de subestimação para crianças com sobrepeso. Encontramos concordância pobre e leve para todos os casos. Os resíduos ajustados apontaram para subestimação eutrófica; melhor percepção materna para o obeso; melhor percepção para mães que atingiram o ensino fundamental e médio; subestimação para meninos eutróficos e percepção correta para meninas eutróficas. As mães solteiras e as que não trabalham fora tendem a subestimar seus filhos eutróficosCONCLUSÃO: Encontramos baixa concordância para quase todos os casos, com exceção das mães de meninas e das que não trabalham fora. A percepção correta relacionou-se positivamente com a menor escolaridade, sendo pior para as mães sem companheiro e que não trabalham fora. As mães de meninas, em comparação com as mães de meninos, tiveram uma percepção mais precisa
Assuntos
Criança , Percepção , Estado Nutricional , Sobrepeso , Fatores Sociais , Comportamento Materno , Mães , ObesidadeRESUMO
INTRODUCTION: Limb-girdle muscular dystrophies (LGMDs) are neuromuscular and genetic disorders that progress with weakness and damage of the proximal muscles, developing with loss of functionality. Virtual reality environments are suggested as an effective alternative for performance of daily life activities. However, there is no evidence in the literature on the use of virtual reality in this populationOBJECTIVE: Assess motor performance through a motor learning protocol in a coincident timing taskMETHODS: 10 participants with LGMD and 10 healthy individuals were selected and included in the study to perform a non-immersive virtual reality task divided into three phases: acquisition (20 attempts), retention (5 attempts), and transfer (5 attempts, with speed increaseRESULTS: It is observed that the accuracy of movement improves from the beginning to the end of the acquisition (p = 0.01); however, there is a marginal difference between the groups in block A1 (p = 0.089). Regarding the variability of touches, observed by the variable error, both groups improved performance in all phasesCONCLUSION: Even with lower performance than the control group at the beginning of the practice, individuals with LGMD showed the potential to optimize motor function during the practice of a non-immersive virtual reality activity and were able to match their performance with the control group after a few attempts
INTRODUÇÃO: As distrofias musculares de cinturas (DMC) são distúrbios neuromusculares e genéticos que progridem com fraqueza e dano dos músculos proximais, desenvolvendo-se com perda de funcionalidade. Sugere-se ambientes de realidade virtual como uma alternativa eficaz para o desempenho das atividades da vida diária. No entanto, não há evidências na literatura sobre o uso da realidade virtual nessa populaçãoOBJETIVO: Avaliar o desempenho motor através de um protocolo de aprendizagem motora em uma tarefa de timing coincidenteMÉTODO: 10 participantes com DMC e 10 indivíduos saudáveis foram selecionados e incluídos no estudo para realizar uma tarefa de realidade virtual não imersiva dividida em três fases: aquisição (20 tentativas), retenção (5 tentativas) e transferência (5 tentativas, com aumento de velocidadeRESULTADOS: Observou-se que a acurácia do movimento melhorou do início ao final da aquisição (p = 0,01); no entanto, existe uma diferença marginal entre os grupos no bloco A1 (p = 0,089). Em relação à variabilidade de toques, observada pelo erro variável, ambos os grupos melhoraram o desempenho em todas as fasesCONCLUSÃO: Mesmo com desempenho inferior ao grupo controle no início da prática, os indivíduos com DMC mostraram potencial para otimizar a função motora durante a prática de uma atividade de realidade virtual não imersiva e foram capazes de corresponder seu desempenho com o grupo controle após poucas tentativas