RESUMO
We propose a guideline about the risk, prevention and treatment of infection in the patient under immunomodulatory or immunosuppressive therapy in the context of autoimmune or autoinflammatory disease. It is divided into three sections: drugs and associated risk of infection; immunizations; risk, prevention, and treatment of specific infections. The treatment of autoimmune diseases involves the use of immunosuppressive or immunomodulatory therapies, with an increasing number of new drugs being used. It is associated with an increased risk of infection, which may be present globally or only for specific agents, varying widely depending on the pharmacological class and even within the same class. The prevention strategy and clinical management need to be individually tailored and there are several key factors: characterization of the disease that prompts the immunosuppression, understanding of the mechanism of action of the immunosuppressive drug, knowledge of previous infections, recognition of risk factors, laboratory test results, vaccine administration, monitoring of clinical signs and symptoms and patient education.
O presente protocolo aborda o risco, prevenção e tratamento da infeção no doente sob terapêutica imunomoduladora ou imunossupressoraem contexto de doença autoimune ou autoinflamatória. Subdivide-se nas seguintes secções: fármacos e risco associado de infeção; imunizações; risco, prevenção e tratamento de infeções específicas. Com um número crescente de novos fármacos em utilização nos últimos anos, o tratamento de doenças autoimunes envolve a utilização de terapêuticas imunossupressoras ou imunomoduladoras e associa-se a aumento do risco de infeção, que pode estar presente de uma forma global ou apenas para infeções por agentes específicos, variando amplamente consoante a classe farmacológica e mesmo dentro desta. Na estruturação da estratégia preventiva são fundamentais a caracterização da patologia que motiva a imunossupressão, a compreensão do mecanismo de ação do imunossupressor, a aferição de infeções prévias, o reconhecimento de fatores de risco, a realização de rastreios laboratoriais, a administração de vacinas, a educação do doente e a monitorização de sintomas e sinais clínicos, na dependência de uma gestão clínica necessariamente individualizada.