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Perfil de imunização e marcadores sorológicos da Hepatite B na população indígena do Alto Rio Negro do município de São Gabriel da Cachoeira-AM

Silva, Ana Isabel Coelho Dias da.
Tese em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-32885
A infecção da hepatite B acomete mundialmente 240 milhões de pessoas; apresenta elevado índice de mortalidade e grande impacto na saúde global. No Brasil, esse agravo ainda requer atenção em região como a Amazônia; as primeiras indicações de vacina contra hepatite B teve início nessa região. A carência de dados sobre HBV após 20 anos da inclusão da vacina HB nessa região motivou a busca de informações para estimar a prevalência para o segmento do curso da infecção, determinar o perfil de hepatite B, através dos marcadores sorológicos e de imunização pós-vacina na população indígena do município de São Gabriel da Cachoeira, AM. Para alcançar esses objetivos foi realizado um estudo exploratório utilizando dados secundários obtidos das expedições de 2007/2008 realizados pela equipe do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, ligada ao Ministério da Saúde do Brasil, e registros de vacina HB no Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro. Participaram 2011 indígenas dos quais 1953 foram testados para HBsAg, 1543 desses para anti-HBs e/ou anti-HBc e 411 foram testados apenas para detecção do HBsAg. A positividade para o HBsAg foi em 45/1953 (2,3%) indivíduos e 16 tiveram positividade para o anti-HBc distribuídos entre 19 Polos Base e 194 aldeias indígenas onde 60% eram do sexo feminino e 40% masculino, a idade variou de 03 dias a 95 anos (média de 26,3), com padrões de elevada endemicidade (> 60%). Os dados de imunização contra o HBV tiveram um total de 1209/2011 registros recuperados e os demais 802/2011 sem dados. A primeira dose de vacina HB nos \2264 a dois 2 meses de idade foi observado em 12,5% indivíduos e 87,5% foram imunizados após dois meses de idade Apesar da ênfase da vacinação no recém-nascido (<24 horas) somente 10/1209 (0,83%) indivíduos foram imunizados. Três ou mais doses foram administradas a 1200 indígenas. Entre os 1209 índios com status de imunização conhecido, a prevalência de anti-HBs protetores e o status de exposição, anti- HBc e HBsAg foi de 43,6%, 38,8% e 1,8%, respectivamente, e para aqueles com estado de vacinação desconhecido, 41,9%, 40,7% e 2,9%, respectivamente. A prevalência de indivíduos susceptíveis (negativa para todos os marcadores sorológicos) foi de 18,2%, idêntica para os dois grupos (\22642 e >2 meses). O anti-HBc foi mais prevalente no grupo que recebeu a primeira dose de vacina após os dois meses de idade, variou de 16% a 100% nos diferentes "Polo Bases", mostrando assim que alguns têm padrões endêmicos elevados (> 60%). Ressaltamos que o Polo Base onde ocorreram os dois casos fatais de hepatite B fulminante, o HBsAg foi observado em 3,64%. Anti-HBs protetora diminuiu ao longo do tempo e mais prevalente entre aqueles que tinham completado vacinação com menos de cinco anos. Concluimos que o HBV tem alta edemicidade nesta região e que a vacinação não está sendo realizada nas primeiras horas de vida.