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Tuberculose ativa e latente entre refugiados: uma revisão sistemática da literatura

Silva, Raquel Proença da; Souza, Fernanda Mattos de; Bastos, Mayara Lisboa Soares de; Caetano, Rosângela; Braga, José Ueleres; Trajman, Anete; Faerstein, Eduardo.
Não convencional em Português | Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-38137
Em 2016, existiam cerca de 65,6 milhões de refugiados, requerentes de asilo e deslocados internos por guerra e conflitos no mundo. Os refugiados e requerentes de asilo possuem um risco aumentado para tuberculose (TB) como consequência da prevalência da doença em seu país de origem, exposição durante a migração e condições adversas nesse período. Analisar dados disponíveis sobre a prevalência da infeção latente por tuberculose (ILTB) e da TB ativa entre refugiados e requerentes de asilo por meio de uma revisão sistemática da literatura. Realizamos busca no Medline, EMBASE, Web of Science e LILACS em agosto de 2017, incluindo estudos observacionais transversais, longitudinais ou ensaios clínicos publicados desde 2000 que descreveram a prevalência de TB ativa e/ou ILTB em refugiados e requerentes de asilo, sem restrição linguística. Estudos com população de estudo inferior a 30 indivíduos foram excluídos. A seleção dos estudos, extração dos dados e avaliação da qualidade do relato foram realizadas por dois revisores independentes e as divergências foram resolvidas por um terceiro revisor. Foram identificados 767 estudos, sendo 67 incluídos na revisão. A triagem ativa para TB (ativa ou ILTB) ao chegar no país de acolhimento foi o motivo da captação em 88,1% dos estudos. Identificamos que 51,1% dos estudos apresentaram prevalências de TB ativa entre 100 e 1.500/100.000 habitantes, variando os demais estudos entre 0 a 35.385/100.000 habitantes. Para ILTB, as taxas de prevalência foram entre 0,4 a 81,5%, com 52% dos estudos apresentando taxas superiores a 35%. Vinte e quatro estudos foram conduzidos nos EUA, que têm uma política restritiva de imigração para portadores de TB. As taxas encontradas são muito superiores às taxas esperadas na população geral e nas populações de extrema vulnerabilidade como aquelas vivendo em presídios e nas ruas, e podem estar subestimadas nos países com restrições à imigração. Desta forma, é preciso assegurar o rápido acesso dos refugiados à assistência à saúde no país de acolhimento, bem como garantir que não serão "devolvidos", como diz a Convenção de Genebra (1951).