Em dezembro de 2019, em Wuhan,
China, um novo
coronavírus (
SARS-COV-2) foi identificado como
causa de
doença respiratória aguda grave (
COVID-19). Em janeiro de 2020, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto como uma
emergência de
saúde pública de
interesse internacional (ESPII) e, em março de 2020, com a disseminação do
vírus em diferentes países, foi declarada a
pandemia. As definições de
caso suspeito e confirmado de
COVID-19 adotadas pelo Ministério da
Saúde estão disponíveis neste endereço eletrônico https//
coronavirus.
saude.gov.br/sobre-a-
doenca#casossuspeito. A
transmissão da
COVID-19 se dá pelo contato pessoa-a-pessoa e por meio de
fômites. Salientamos que o
vírus SARS-COV-2 pode permanecer viável em superfícies ambientais por 24 horas ou mais. A
transmissão de
doenças infecciosas também pode ocorrer por meio do manejo de corpos, sobretudo em
equipamentos de
saúde. Isso é agravado por uma situação de
ausência ou uso inadequado dos
equipamentos de proteção individual (EPI). Nesse contexto, os
profissionais envolvidos com os
cuidados com o corpo ficam expostos ao
risco de
infecção. Os velórios e funerais de
pacientes confirmados/suspeitos da
COVID-19 NÃO são recomendados devido à
aglomeração de
pessoas em
ambientes fechados. Nesse
caso, o
risco de
transmissão também está associado ao contato entre
familiares e
amigos. Essa recomendação deverá ser observada durante os períodos com indicação de
isolamento social e
quarentena. A
autópsia NÃO deve ser realizada e é desnecessária em
caso de confirmação ante-mortemda
COVID-19. Devido ao
risco aumentado de
complicações de piores prognósticos da
COVID-19, reco-menda-se que
profissionais com idade igual ou acima de 60 anos,
gestantes, lactantes, portadores de
doenças crônicas, cardiopulmonares, oncológicas ou imunodeprimidos não sejam expostos às atividades relacionadas ao manejo de corpos de
casos confirmados/suspeitos pela
COVID-19. Considerando a possibilidade de
monitoramento, recomenda-se que sejam registrados
nomes, datas e atividades de todos os
trabalhadores que participaram dos
cuidados post-mortem,incluindo a limpeza do quarto/
enfermaria. É necessário fornecer explicações adequadas aos
familiares/responsáveis sobre os
cuidados com o corpo do ente falecido.