A
cistatina C é utilizada como marcador de função renal e tem se mostrado promissora para avaliação do
prognóstico das
síndromes coronarianas agudas (SCAs). Avaliar o valor
prognóstico da
cistatina C em
pacientes com SCAs. A busca dos artigos foi realizada empregando as
bases de dados
PubMed , Web of Science e Scielo. Foram incluídos na
revisão sistemática estudos observacionais de coorte que avaliaram a
associação entre níveis elevados de
cistatina C e o
desenvolvimento de eventos cardiovasculares e
mortalidade nos
pacientes com SCAs. Somente os estudos que avaliaram desfechos semelhantes, que compararam o maior com o
menor quartil de
cistatina C e que realizaram
análise multivariada , na qual foram incluídas a taxa de
filtração glomerular ou a
creatinina sérica, foram incluídos na
metanálise . A qualidade metodológica dos artigos foi avaliada através do
questionário NewcastleOttawa Scale para estudos de coorte. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, 17 artigos foram incluídos na
revisão sistemática . Todos os estudos incluídos encontraram uma
associação significativa entre níveis maiores de
cistatina C e os desfechos. A
meta -
análise demonstrou que níveis elevados de
cistatina C estão associados com um maior
risco de
morte cardiovascular ou
infarto do miocárdio não fatal nos
pacientes com SCAs, e que esta
associação é independente da função renal [OR = 1,65 (1,464 1,861), p < 0,001]. Dentre os estudos a
revisão sistemática e
meta -
análise demonstrou que há uma
associação significativa entre níveis elevados de
cistatina C e o
desenvolvimento de eventos cardiovasculares e
mortalidade nos
pacientes com SCAs