RESUMO
ABSTRATO: FUNDO: O baixo peso ao nascer (BPN) continua sendo um importante problema de saúde global, associado a uma série de resultados adversos de saúde ao longo da vida. As evidências sugerem que o BPN é um determinante relevante de morbidade e mortalidade em grupos indígenas, que geralmente têm acesso limitado às políticas públicas de saúde e nutrição. O conhecimento da prevalência de BPN e de suas causas subjacentes pode contribuir com etapas essenciais para a prevenção de seus efeitos sobre a saúde. O estudo teve como objetivo estimar as prevalências de BPN, prematuridade e restrição de crescimento intra-uterino (RCIU) e investigar seus determinantes na primeira coorte de nascimentos indígenas no Brasil. MéTODOS: Este estudo transversal utilizou dados de linha de base coletados da primeira coorte de nascimentos indígenas no Brasil, a Coorte de Nascimentos Guarani. O Brasil é um dos países com maior diversidade étnica do mundo, com 305 povos indígenas e 274 línguas nativas. Os Guarani são uma das cinco maiores etnias, com aldeias localizadas principalmente na região sul. Todos os nascimentos únicos de 1º de junho de 2014 a 31 de maio de 2016 foram selecionados em 63 aldeias indígenas Guarani nas regiões Sul e Sudeste. Foi realizada regressão logística múltipla hierárquica. RESULTADOS: As taxas de prevalência de BPN, prematuridade e RCIU foram 15,5, 15,6 e 5,7%, respectivamente. As chances de BPN foram menores em recém-nascidos de mães que vivem em casas de tijolo e argamassa (OR: 0,25; IC 95%: 0,07-0,84) e foram maiores em filhos de mães ≤20 anos de idade (OR: 2,4; IC 95%: 1,29-4,44) e com anemia crônica antes da gravidez (OR: 6,41; IC 95%: 1,70-24,16). A prematuridade foi estatisticamente associada ao tipo de fonte de energia para cozinhar (fogão a lenha - OR: 3,87; IC 95%: 1,71-8,78 e fogueiras - OR: 2,57; IC 95%: 1,31-5,01). RCIU foi associado à primiparidade (OR: 4,66; IC 95%: 1,68-12,95) e anemia materna crônica antes da gravidez (OR: 7,21; IC 95%: 1,29-40,38). CONCLUSõES: Idade materna, estado nutricional e paridade, condições de moradia e exposição à poluição interna foram associados com resultados perinatais na população indígena Guarani. Esses resultados indicam a necessidade de investir no acesso e melhoria da assistência pré-natal; também no fortalecimento do Subsistema de Saúde Indígena, e em ações intersetoriais para o desenvolvimento de políticas habitacionais e de saneamento e melhorias ambientais ajustadas às necessidades e conhecimentos dos povos indígenas.
RESUMO
Background: Despite the importance of social determinants of health, studies on the effects of socioeconomic, sanitary, and housing conditions on Indigenous child health are scarce worldwide. This study aims to identify patterns in housing, water & sanitation, and wealth (HSW) in the first Indigenous birth cohort in Brazil-The Guarani Birth Cohort. Methods: Cross-sectional study using baseline data from The Guarani Birth Cohort. We used Multiple Correspondence Analysis and Cluster Analysis. The clusters identified were ordered in increasing degrees of access to public policies and wealth, defining the patterns of HSW. Finally, we explored the association between the patterns and one of the health outcomes, hospitalization, in the birth cohort. Findings: Three patterns were identified for housing and water & sanitation, and four for wealth status, resulting in 36 combinations of patterns (3 × 3 × 4). More than 62% of children in the cohort were found with the lowest wealth patterns. The distribution of children across patterns in one dimension was not fully determined by the other two dimensions. Statistically significant associations were found between precarious households and extreme poverty, and hospitalization. Interpretation: We observed substantial heterogeneity in the distribution of children across the 36 combinations. These findings highlight that, should the dimensions of HSW be associated with health outcomes, as seen for hospitalization, they should be considered separately in multivariable models, in order to improve the estimation of their independent effects. Funding: National Council for Scientific and Technological Development, Brazil (CNPq); Oswaldo Cruz Foundation, Brazil (Fiocruz); Research Foundation of the State of Rio de Janeiro, Brazil (FAPERJ).
RESUMO
[This corrects the article DOI: 10.1016/j.lana.2023.100496.].
RESUMO
Rotaviruses (RVs) are the main cause of acute viral gastroenteritis in both humans and young animals of various species such as calves, horses, pigs, dogs, cats, and birds. The genetic diversity of RVs is related to a variety of evolutionary mechanisms, including point mutation, and genome reassortment. The objective of this study was to characterize molecularly genes that encode structural and nonstructural proteins in unusual RV strains. The clinical specimens selected for this study were obtained from children and newborn with RV gastroenteritis, who participated in research projects on viral gastroenteritis conducted at the Evandro Chagas Institute. Structural (VP1-VP4, VP6, and VP7) and nonstructural (NSP1-NSP6) genes were amplified from stool samples by the polymerase chain reaction and subsequently sequenced. Eight unusual RV strains isolated from children and newborn with gastroenteritis were studied. Reassortment between genes of animal origin were observed in 5/8 (62.5%) strains analyzed. These results demonstrate that, although rare, interspecies (animal-human) transmission of RVs occurs in nature, as observed in the present study in strains NB150, HSP034, HSP180, HST327, and RV10109. This study is the first to be conducted in the Amazon region and supports previous data showing a close relationship between genes of human and animal origin, representing a challenge to the large-scale introduction of RV vaccines in national immunization programs.
Assuntos
Gastroenterite/virologia , Genes Virais , Filogenia , Rotavirus/isolamento & purificação , Doença Aguda , Animais , Sequência de Bases , Brasil , Proteínas do Capsídeo/genética , Pré-Escolar , Evolução Molecular , Fezes/virologia , Variação Genética , Genótipo , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , RNA Viral/genética , Vírus Reordenados/genética , Vírus Reordenados/isolamento & purificação , Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa , Rotavirus/classificação , Rotavirus/genética , Infecções por Rotavirus/transmissão , Infecções por Rotavirus/veterinária , Infecções por Rotavirus/virologia , Proteínas do Core Viral/genética , Proteínas não Estruturais Virais/genéticaRESUMO
There has been a global increase in hospital admissions for primary care-sensitive conditions (PCSCs) as an indicator of effectiveness in primary health care. This article analyzes ethnic and racial inequalities in cause-related hospitalizations in under-five children in Brazil as a whole and the country's five major geographic regions, with an emphasis on PCSCs and acute respiratory infections (ARIs). Using data from the Hospital Information Systems of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS), 2009-2014, the authors calculated proportions, rates, and rate ratios for PCSCs, adjusted by sex and age after multiple imputation of missing data on color/race. The principal causes of hospitalization were respiratory tract infections (37.4%) and infectious and parasitic diseases (19.3%), and indigenous children were proportionally the most affected. Crude PCSC rates (per 1,000) were highest in indigenous children (97.3; 95%CI: 95.3-99.2), followed by brown or mixed-raced children (40.0; 95%CI: 39.8-40.1), while the lowest rates were in Asiandescendant children (14.8; 95%CI: 14.1-15.5). The highest adjusted rate ratios for PCSCs were seen among indigenous children compared to white children - 5.7 (95%CI: 3.9-8.4) for Brazil as a whole, reaching 5.9 (95%CI: 5.0-7.1) and 18.5 (95%CI: 16.5-20.7) in the North and Central, respectively, compared to white children. ARIs remained as important causes of pediatric hospitalizations in Brazil. Alarming ethnic and racial inequalities were observed in PCSCs, with indigenous children at a disadvantage. Improvements are needed in living conditions, sanitation, and subsistence, as well as guaranteed timely access to high-quality primary health care in the more vulnerable population groups, especially the indigenous peoples of the North and Central, in order to mitigate the health inequalities and meet the guidelines of the SUS and the Brazilian Constitution.
Internacionalmente, observa-se um incremento no uso das internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) como indicador de efetividade da atenção primária à saúde. Este artigo analisa as iniquidades étnico-raciais nas internações por causas em menores de cinco anos no Brasil e regiões, com ênfase nas ICSAP e nas infecções respiratórias agudas (IRA). Com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), 2009-2014, calcularam-se proporções por causas, taxas e razões de taxas de ICSAP ajustadas por sexo e idade após a imputação múltipla de dados faltantes de cor/raça. As principais causas de internação foram doenças do aparelho respiratório (37,4%) e infecciosas e parasitárias (19,3%), sendo as crianças indígenas as mais acometidas. As taxas brutas de ICSAP (por 1.000) foram mais elevadas em indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas das pardas (40,0; IC95%: 39,8-40,1), e as menores foram nas amarelas (14,8; IC95%: 14,1-15,5). As maiores razões de taxas ajustadas de ICSAP foram registradas entre crianças de cor/raça indígena e branca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) no país, atingindo 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) e 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) no Norte e Centro-oeste, respectivamente. As IRA permanecem como importantes causas de hospitalização em crianças no Brasil. Foram observadas alarmantes iniquidades étnico-raciais nas taxas de ICSAP, com situação de desvantagem para indígenas. São necessárias melhorias nas condições de vida, saneamento e subsistência, bem como garantia de acesso oportuno e qualificado à atenção primária à saúde das populações mais vulneráveis, com destaque para os indígenas no Norte e no Centro-oeste, a fim de minimizar iniquidades em saúde e fazer cumprir as diretrizes do SUS e da Constituição do Brasil.
Internacionalmente, se observa un incremento en las hospitalizaciones por condiciones sensibles a la atención primaria (ICSAP), como un indicador de efectividad de la atención primaria a la salud. Este artículo analiza las inequidades étnico-raciales en las hospitalizaciones por causas evitables em menores de cinco años en Brasil y sus regiones, con énfasis en las ICSAP y en las infecciones respiratorias agudas (IRA). Con datos del Sistema de Informaciones Hospitalarias del Sistema Único de Salud (SIH/SUS), 2009-2014, se calcularon porcentajes por causas, tasas y razones de tasas de ICSAP ajustadas por sexo y edad, tras la imputación múltiple de datos faltantes de color/raza. Las principales causas de hospitalización fueron enfermedades del aparato respiratório (37,4%) e infecciosas y parasitarias (19,3%), siendo los niños indígenas los más afectados. Las tasas brutas de ICSAP (por 1.000) fueron más elevadas en indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas de las mulatos/mestizos (40,0; IC95%: 39,8-40,1), mientras que las menores fueron en las de origen asiática (14,8; IC95%: 14,1-15,5). Las mayores razones de tasas ajustadas de ICSAP fueron en los niños indígenas comparados a los niños de color/raza blanca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) en el país, alcanzando 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) y 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) en el Norte y Centro-oeste, respectivamente, en comparación con El color/raza blanca. Las IRA permanecen como importantes causas de hospitalización en niños em Brasil. Se observaron alarmantes inequidades étnico-raciales en las tasas de ICSAP, con situación de desventaja para los indígenas. Se necesitan mejoras en las condiciones de vida, saneamiento y subsistencia, así como la garantía de un acceso oportuno y cualificado a la atención primaria a La salud de las poblaciones más vulnerables, destacando los indígenas en el Norte y Centro-oeste, a fin de minimizar inequidades en salud y hacer cumplir las directrices del SUS y de la Constitución de Brasil.
Assuntos
Etnicidade/estatística & dados numéricos , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Brasil/etnologia , Pré-Escolar , Feminino , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Humanos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Lactente , Tempo de Internação/estatística & dados numéricos , Masculino , Morbidade , Programas Nacionais de Saúde , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Infecções Respiratórias/epidemiologia , Infecções Respiratórias/etnologia , Fatores SocioeconômicosRESUMO
Introduction: Even though syphilis is an easily detectable and treatable disease, it is still considered a major public health problem, which may lead to Congenital Syphilis (CS). Objective: To analyze the final conclusion and the situations of vulnerability of cases of CS reported in Niterói in 2018 and 2019. Methods: A review of the reported cases of CS, except for abortions, diagnosed in 2018 and 2019, was carried out through SINAN forms and research questionnaires. Results: Of the 46 cases of CS in 2018 and the 107 cases in 2019, 8 (17.4%) and 4 (4%) did not undergo prenatal care, respectively; 2 (4.4%) and 4 (4%) were not screened for CS in the prenatal period; 3 (6.5%) and 13 (12%) were screened, but not treated; 11 (23.9%) and 17 (16%) did not receive an adequate treatment; 1 0 (21.7%) and 23 (21%) were reactive in the screening process, received adequate treatment, but were reinfected; 9 (19.6%) and 32 (30%) were reactive in the screening process, received adequate treatment, but had confirmed CS due to other criteria; 3 (6.5%) and 12 (11%) were nonreactive in prenatal care, but reactive in childbirth; and 0 (0%) and 2 (2%) were reactive, considered a serological scar, untreated, but confirmed by other criteria. The "low-income family" vulnerability aspect appears 21 times in 2018 and 50 times in 2019; "alcohol user", 11 times in 2018; "frequent change of address", 18 times in 2019. Conclusion: The social context of pregnant women living in Niterói in 2018 and 2019 may have determined the outcome of congenital syphilis.
Introdução: A sífilis, embora seja um agravo de fácil detecção e tratamento, ainda é considerada um grave problema de saúde pública, podendo acarretar a sífilis congênita. Objetivo: Analisar a conclusão final e as situações de vulnerabilidade dos casos de sífilis congênita residentes em Niterói (RJ) notificados em 2018 e 2019. Métodos: Foi realizada revisão dos casos de sífilis congênita residentes notificados, exceto abortos, com diagnóstico em 2018 e 2019, por meio das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dos questionários de investigação. Resultados: Dos 46 casos de sífilis congênita em 2018 e 107 em 2019, temos respectivamente que 8 (17,4%) e 4 (4%) não fizeram pré-natal; 2 (4,4%) e 4 (4%) não fizeram triagem para sífilis congênita no pré-natal; 3 (6,5%) e 13 (12%) fizeram triagem, porém não trataram; outros 11 (23,9%) e 17 (16%) não fizeram o tratamento adequado; 10 (21,7%) e 23 (21%) foram reagentes na triagem, tratamento adequado, porém reinfectaram; 9 (19,6%) e 32 (30%) foram reagentes na triagem, tratamento adequado, porém confirmaram sífilis congênita por outros critérios; 3 (6,5%) e 12 (11%) foram não reagentes no pré-natal, porém reagentes no parto; 0 (0%) e 2 (2%) foram reagentes, considerados cicatriz sorológica, não tratados, porém confirmaram por outros critérios. A vulnerabilidade família de baixa renda apareceu 21 vezes em 2018 e 50 vezes em 2019, usuária de álcool (11) em 2018, mudança frequente de domicílio (18) em 2019. Conclusão: O contexto social das gestantes residentes em Niterói em 2018 e 2019 pode ter determinado o desfecho de sífilis congênita.
Assuntos
Humanos , Meio Social , Sífilis Congênita , Gestantes , Saúde Pública , Educação , Acompanhantes Formais em Exames FísicosRESUMO
Resumo: Internacionalmente, observa-se um incremento no uso das internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) como indicador de efetividade da atenção primária à saúde. Este artigo analisa as iniquidades étnico-raciais nas internações por causas em menores de cinco anos no Brasil e regiões, com ênfase nas ICSAP e nas infecções respiratórias agudas (IRA). Com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), 2009-2014, calcularam-se proporções por causas, taxas e razões de taxas de ICSAP ajustadas por sexo e idade após a imputação múltipla de dados faltantes de cor/raça. As principais causas de internação foram doenças do aparelho respiratório (37,4%) e infecciosas e parasitárias (19,3%), sendo as crianças indígenas as mais acometidas. As taxas brutas de ICSAP (por 1.000) foram mais elevadas em indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas das pardas (40,0; IC95%: 39,8-40,1), e as menores foram nas amarelas (14,8; IC95%: 14,1-15,5). As maiores razões de taxas ajustadas de ICSAP foram registradas entre crianças de cor/raça indígena e branca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) no país, atingindo 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) e 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) no Norte e Centro-oeste, respectivamente. As IRA permanecem como importantes causas de hospitalização em crianças no Brasil. Foram observadas alarmantes iniquidades étnico-raciais nas taxas de ICSAP, com situação de desvantagem para indígenas. São necessárias melhorias nas condições de vida, saneamento e subsistência, bem como garantia de acesso oportuno e qualificado à atenção primária à saúde das populações mais vulneráveis, com destaque para os indígenas no Norte e no Centro-oeste, a fim de minimizar iniquidades em saúde e fazer cumprir as diretrizes do SUS e da Constituição do Brasil.
Abstract: There has been a global increase in hospital admissions for primary care-sensitive conditions (PCSCs) as an indicator of effectiveness in primary health care. This article analyzes ethnic and racial inequalities in cause-related hospitalizations in under-five children in Brazil as a whole and the country's five major geographic regions, with an emphasis on PCSCs and acute respiratory infections (ARIs). Using data from the Hospital Information Systems of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS), 2009-2014, the authors calculated proportions, rates, and rate ratios for PCSCs, adjusted by sex and age after multiple imputation of missing data on color/race. The principal causes of hospitalization were respiratory tract infections (37.4%) and infectious and parasitic diseases (19.3%), and indigenous children were proportionally the most affected. Crude PCSC rates (per 1,000) were highest in indigenous children (97.3; 95%CI: 95.3-99.2), followed by brown or mixed-raced children (40.0; 95%CI: 39.8-40.1), while the lowest rates were in Asiandescendant children (14.8; 95%CI: 14.1-15.5). The highest adjusted rate ratios for PCSCs were seen among indigenous children compared to white children - 5.7 (95%CI: 3.9-8.4) for Brazil as a whole, reaching 5.9 (95%CI: 5.0-7.1) and 18.5 (95%CI: 16.5-20.7) in the North and Central, respectively, compared to white children. ARIs remained as important causes of pediatric hospitalizations in Brazil. Alarming ethnic and racial inequalities were observed in PCSCs, with indigenous children at a disadvantage. Improvements are needed in living conditions, sanitation, and subsistence, as well as guaranteed timely access to high-quality primary health care in the more vulnerable population groups, especially the indigenous peoples of the North and Central, in order to mitigate the health inequalities and meet the guidelines of the SUS and the Brazilian Constitution.
Resumen: Internacionalmente, se observa un incremento en las hospitalizaciones por condiciones sensibles a la atención primaria (ICSAP), como un indicador de efectividad de la atención primaria a la salud. Este artículo analiza las inequidades étnico-raciales en las hospitalizaciones por causas evitables em menores de cinco años en Brasil y sus regiones, con énfasis en las ICSAP y en las infecciones respiratorias agudas (IRA). Con datos del Sistema de Informaciones Hospitalarias del Sistema Único de Salud (SIH/SUS), 2009-2014, se calcularon porcentajes por causas, tasas y razones de tasas de ICSAP ajustadas por sexo y edad, tras la imputación múltiple de datos faltantes de color/raza. Las principales causas de hospitalización fueron enfermedades del aparato respiratório (37,4%) e infecciosas y parasitarias (19,3%), siendo los niños indígenas los más afectados. Las tasas brutas de ICSAP (por 1.000) fueron más elevadas en indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas de las mulatos/mestizos (40,0; IC95%: 39,8-40,1), mientras que las menores fueron en las de origen asiática (14,8; IC95%: 14,1-15,5). Las mayores razones de tasas ajustadas de ICSAP fueron en los niños indígenas comparados a los niños de color/raza blanca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) en el país, alcanzando 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) y 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) en el Norte y Centro-oeste, respectivamente, en comparación con El color/raza blanca. Las IRA permanecen como importantes causas de hospitalización en niños em Brasil. Se observaron alarmantes inequidades étnico-raciales en las tasas de ICSAP, con situación de desventaja para los indígenas. Se necesitan mejoras en las condiciones de vida, saneamiento y subsistencia, así como la garantía de un acceso oportuno y cualificado a la atención primaria a La salud de las poblaciones más vulnerables, destacando los indígenas en el Norte y Centro-oeste, a fin de minimizar inequidades en salud y hacer cumplir las directrices del SUS y de la Constitución de Brasil.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Infecções Respiratórias/etnologia , Infecções Respiratórias/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/etnologia , Brasil/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Morbidade , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Tempo de Internação/estatística & dados numéricos , Programas Nacionais de SaúdeRESUMO
Os rotavírus da espécie A (RVA) são os principais responsáveis pela gastroenterite aguda (GA) em diversas espécies animais. Em humanos, as crianças menores ou com 5 anos de idade são as mais afetadas. Cerca de 453.000 mortes infantis são causadas pela infecção por RVA, anualmente. Devido a este impacto na saúde pública algumas medidas de controle e prevenção foram estabelecidas: no Brasil, em março de 2006 foi introduzida uma vacina monovalente (G1P[8]) atenuada contra RVA, denominada Rotarix. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é necessário uma extensa e contínua monitorização dos genótipos circulantes de RVA, além de estudos de vigilância para que se possa avaliar os impactos da vacina, sua eficácia e o surgimento de novas variantes virais que possivelmente possam escapar do processo de imunização. Para uma melhor caracterização e entedimento da diversidade genética dos RVA, foi proposto um novo sistema de classificação baseada na análise dos 11 segmentos gênicos, no qual os genótipos de cada um dos segmentos devem ser caracterizados. Esta abordagem está fornecendo dados para apoiar a existência de três genogrupos dominantes entre humanos: Wa-like(I1-R1-C1-M1-A1-N1-T1-E1-H1), DS1-like (G2-P[4]- I2-R2-C2-M2-A2-N2-T2-E2-H2) e AU1-like ((G3-P[9]-I3-R3-C3-M3-A3-N3-T3-E3-H3), sendo este último menor e compartilhado por estirpes de origem felina/canina. [...] No presente estudo foram selecionadas 40 espécimes fecais entre 1994-2012 de crianças hospitalizadas devido a GA causada por RVA G1, G2, G3, G4, G9 e G12, na região Norte do Brasil. A principal finalidade do estudo foi avaliar a diversidade genética dos RVA circulantes antes e depois da introdução da vacina Rotarix. Para tal, os genes de RVA foram amplificados, sequenciados e analisados por reconstrução filogenética...
Specie A Rotaviruses (RVA) are responsible for acute gastroenteritis (GA) in many animal species. Inhumans, children under five years old are the most affected. Each year, about 453,000 infant deathsare caused by RV infections. Due to this public health impact, prevention and control measures wereestablished: in March 2006, the Brazilian Health Ministry made available an monovalent attenuatedvaccine, called Rotarix. According to World Health Organization, extensive and continuousmonitoring of RVA strains and surveillance studies are necessary to evaluate the impact and efficacyvaccine and to investigate appearance of new viral variants that could possibly escape theimmunization procedure. For a better characterization and understanding of the RVA genetic diversity,proposed a new classification system encompassing all 11 RVA gene segments. This approach hasfacilitated the exponential growth of complete RVA genome data during recent years. On the basis ofcomplete RVA genome sequence comparisons, two major genotype constellations (genogroups): I1-R1-C1-M1- A1-N1-T1-E1-H1 (Wa-like) and I2-R2-C2-M2-A2-N2-T2-E2-H2 (DS1-like), have beenshown to circulate worldwide among humans. A third (minor) human genotype constellation, referredto as AU1-like (I3-R3-C3-M3-A3-N3-T3-E3-H3). [...] In the current study, a total of 40 fecal specimens were selected between1994 and 2011 from children hospitalized due to acute diarrhea caused by RVA G1, G2, G3, G4, G9and G12 in Northern Brazil region, aiming to evaluate the RVA genetic diversity in the pre-vaccineperiod and post-vaccine. For this, the RVA genes were amplified, the amplicons were sequenced andanalyzed for phylogenetic reconstruction. Based this analysis were identified three subgenotypealleles for each gene, allowing evidence conserved genotypic constellations, though related to threedistinct genogroups: Wa-like, DS1-like e AU-like...