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1.
Instituto Evandro Chagas; 2016.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-3122

RESUMO

Resumo: O Vírus da Hepatite A 1 (VHA1) é o agente etiológico da hepatite A, doença diretamente relacionada ao baixo desenvolvimento econômico, falta de água potável e carência de saneamento. O Brasil é endêmico para hepatite A com destaque para as regiões Norte e Nordeste. A transmissão do vírus ocorre pela via fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados ou por contato direto com uma pessoa infectada, que elimina grandes quantidades de partículas virais em suas fezes, contaminando os corpos hídricos. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica, físico-química e climatológica, incluindo a pesquisa do VHA1 em águas superficiais destinadas ao abastecimento público, bem como avaliar a água após tratamento no município de Belém no período de janeiro de 2012 a dezembro 2014. Um total de 108 amostras de água foram coletadas e analisadas mensalmente no Lago Bolonha (n=36), Lago Água Preta (n=36) e ETA (n=36). A concentração das amostras para detecção do VHA1 foi baseada no método de adsorção-eluição em membrana filtrante. O RNA viral foi extraído utilizando o kit comercial QIAamp Viral RNA (QIAGEN), seguida da transcrição reversa e NestedPCR. Para sequenciamento foram utilizados amplicons obtidos na Nested-PCR. Os produtos foram purificados com Kit comercial Pure Link® PCR Purification (InvitrogenTM) e submetidos a reação de sequenciamento utilizando o Kit BigDye® Terminator Cycle sequencing v 3.1 (Applied Biosystems), seguida de precipitação e posterior sequenciamento na plataforma 3130xlGenetic Analyzer (Applied Biosystems). Para alinhamento e edição das sequências utilizou-se o programa Geneious v. 7.1.8 e comparação com aquelas disponíveis no GenBank usando o programa BLAST do NCBI (National Center for Biotechnology Information). Para colimetria utilizou-se o kit comercial Colilert 18 IDEXX©. De um total de 108 amostras, 44% (48/108) foram positivas, com destaque para o Lago Água Preta que apresentou maior percentual de amostras positivas 37,75% (18/48), seguido do Lago Bolonha com 31,25% (15/48) e saída da ETA com 31,25% (15/48), entretanto, esta diferença não é significativa (p=0.435). A densidade de E.coli, entre os lagos Bolonha e Água Preta foi significativamente diferente, com destaque para o Bolonha que se mostrou mais contaminado (p=0.0001). Na saída da ETA, o exame bacteriológico foi sistematicamente negativo, entretanto, em 41,93% (15/36) das amostras o VHA1 foi detectado, mostrando a permanência do vírus mesmo após o tratamento da água a ser distribuída para população. Entre as variáveis físicoquímicas, foi observado associação positiva entre VHA1 e pH e associação negativa entre VHA1 e cloro livre e OD. Este estudo demonstrou a circulação de ambos os genótipos IA e IB em amostras de água superficial e na água de consumo humano. Os resultados apontam para degradação ambiental dos mananciais superficiais, além evidenciar que o processo de tratamento da água que resulta na ETA não interfere na ocorrência do VHA1, corroborando com a falta de correlação entre os indicadores bacteriológicos e a presença de vírus, o que chama atenção para necessidade de revisão da legislação vigente, tendo em vista, a disseminação do vírus no ambiente e o potencial de risco à saúde pública.


Assuntos
Vírus da Hepatite A/patogenicidade , Hepatite A/transmissão , Água Potável/análise , Microbiologia da Água , Coliformes , Doenças Transmitidas pela Água/virologia , Abastecimento de Água
2.
Instituto Evandro Chagas; 2014.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-3112

RESUMO

Resumo: Bacteriófagos são os organismos mais abundantes e diversos do planeta. Estima-se que 1031 partículas de fagos circulam praticamente em todos os ambientes da terra. Fagos desenvolvem complexas interações com seus hospedeiros ­ as bactérias, apresentando um papel ecológico de fundamental importância enquanto solubilizadores e sumidouros globais de carbono, além de controlar a abundância e diversidade bacteriana. Nem todos os ciclos infecciosos mediados por fagos resultam na morte da bactéria e fagos podem desenvolver complexos processos de lisogenia, integrando-se ao genoma e coexistindo com suas hospedeiras por tempo indeterminado. No processo de lisogenia fagos oferecem arcabouço genético às suas hospedeiras, podendo transformar fenótipos e induzir processos de conversão, como por exemplo, transformar bactérias inofensivas em virulentas. O Vibrio cholerae é uma bactéria ambiental, cuja evolução enquanto patógeno humano está associada à aquisição de genes através da infecção por um ou mais fagos temperados. Esta mudança drástica, no entanto, pode não ser um evento isolado na biologia da espécie. É possível que um grupo mais amplo de fagos interaja com a espécie nos diversos locais de sua existência, determinando alterações fenotípicas e linhagens evolutivas. O presente estudo avalia o fenômeno da conversão lisogênica do V. cholerae sob uma ótica global de evolução da espécie. O "profagoma" da espécie foi determinado em 162 sequências genômica, definindose a relação deste com a filogenia, filogeografia e relógio molecular da espécie. Diferentes relações entre fagos e populações de V. cholerae foram identificadas, mostrando que estes organismos co-evoluem com a bactéria desde o tempo de seu ancestral comum mais recente. Três cepas de V. cholerae que compunham a amostragem genômica foram estudadas detalhadamente a partir de ensaios fenotípicos, considerando diferentes faixas de temperatura, pH e concentrações de sais. Seus fenótipos foram associados com a expressão mRNA de genes de fagos, verificando-se a expressão diferencial destes genes com variações fenotípicas, sugerindo que as diferentes espécies de profagos associadas a genomas de V. cholerae configuram-se como agentes de evolução rápida e diversificação ecotípica da bactéria.


Assuntos
Lisogenia/genética , Bacteriófagos/metabolismo , Tipagem de Bacteriófagos , Vibrio cholerae/patogenicidade , RNA Mensageiro/genética
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