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1.
J Appl Microbiol ; 135(5)2024 May 01.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-38627246

RESUMO

AIMS: The present study aimed to use a conventional and metagenomic approach to investigate the microbiological diversity of water bodies in a network of drainage channels and rivers located in the central area of the city of Belém, northern Brazil, which is considered one of the largest cities in the Brazilian Amazon. METHODS AND RESULTS: In eight of the analyzed points, both bacterial and viral microbiological indicators of environmental contamination-physical-chemical and metals-were assessed. The bacterial resistance genes, drug resistance mechanisms, and viral viability in the environment were also assessed. A total of 473 families of bacteria and 83 families of viruses were identified. Based on the analysis of metals, the levels of three metals (Cd, Fe, and Mn) were found to be above the recommended acceptable level by local legislation. The levels of the following three physicochemical parameters were also higher than recommended: biochemical oxygen demand, dissolved oxygen, and turbidity. Sixty-three bacterial resistance genes that conferred resistance to 13 different classes of antimicrobials were identified. Further, five mechanisms of antimicrobial resistance were identified and viral viability in the environment was confirmed. CONCLUSIONS: Intense human actions combined with a lack of public policies and poor environmental education of the population cause environmental degradation, especially in water bodies. Thus, urgent interventions are warranted to restore the quality of this precious and scarce asset worldwide.


Assuntos
Bactérias , Metagenômica , Microbiologia da Água , Brasil , Bactérias/genética , Bactérias/isolamento & purificação , Bactérias/classificação , Bactérias/efeitos dos fármacos , Saúde Ambiental , Rios/microbiologia , Rios/virologia , Vírus/genética , Vírus/isolamento & purificação , Monitoramento Ambiental , Farmacorresistência Bacteriana/genética , Humanos , Cidades , Metais/farmacologia
2.
J Water Health ; 15(1): 163-174, 2017 Feb.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-28151449

RESUMO

This study investigated the presence of norovirus (NoV) GI and GII in environmental samples from the northern region of Brazil. Water samples were collected monthly (November 2008/October 2010) from different sources and sewage and concentrated by the adsorption-elution method. The NoV investigation used molecular methods followed by sequencing reactions. The general positivity for NoV was 33.9% (57/168). Considering the results obtained only in the semi-nested RT-PCR (reverse transcription polymerase chain reaction) and only in the TaqMan® real-time PCR, the rates were 26.8% (45/168) and 27.4% (46/168), respectively, being for NoV GI 22.2% (10/45) and 19.6% (9/46); for GII 17.8% (8/45) and 15.2% (7/46); and for GI + GII 60% (27/45) and 65.2% (30/46), respectively. Different GI (GI.1, GI.4, GI.7 and GI.8) and GII (GII.4, GII.6, GII.9, GII.12 and GII.14) genotypes were detected. These results demonstrated the NoV was disseminated in the waters of Belém city due to a lack of sanitation that allowed the discharge of contaminated effluents into these aquatic ecosystems.


Assuntos
Monitoramento Ambiental/métodos , Água Doce/microbiologia , Norovirus/isolamento & purificação , Esgotos/microbiologia , Brasil , Genótipo , Norovirus/genética , Fases de Leitura Aberta , Filogenia , Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real , Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa , Análise de Sequência de RNA
3.
Food Environ Virol ; 8(1): 101-4, 2016 Mar.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-26538419

RESUMO

Noroviruses are the major cause of non-bacterial acute gastroenteritis outbreaks in humans, with few reports about the occurrence of the norovirus GIV strain. We investigated the presence of norovirus GIV in surface water (river, bay, and stream) and untreated sewage, and we determined a positivity rate of 9.4% (9/96). The strains genotyped were GIV.1. To our knowledge, this is the first report of GIV in Brazil.


Assuntos
Norovirus/isolamento & purificação , Rios/virologia , Esgotos/virologia , Brasil , Infecções por Caliciviridae/virologia , Gastroenterite/virologia , Genótipo , Humanos , Norovirus/classificação , Norovirus/genética
4.
PLoS One ; 8(11): e81372, 2013.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-24303045

RESUMO

Vibrio cholerae is a natural inhabitant of many aquatic environments in the world. Biotypes harboring similar virulence-related gene clusters are the causative agents of epidemic cholera, but the majority of strains are harmless to humans. Since 1971, environmental surveillance for potentially pathogenic V. cholerae has resulted in the isolation of many strains from the Brazilian Amazon aquatic ecosystem. Most of these strains are from the non-O1/non-O139 serogroups (NAGs), but toxigenic O1 strains were isolated during the Latin America cholera epidemic in the region (1991-1996). A collection of environmental V. cholerae strains from the Brazilian Amazon belonging to pre-epidemic (1977-1990), epidemic (1991-1996), and post-epidemic (1996-2007) periods in the region, was analyzed. The presence of genes related to virulence within the species and the genetic relationship among the strains were studied. These variables and the information available concerning the strains were used to build a Bayesian multivariate dependency model to distinguish the importance of each variable in determining the others. Some genes related to the epidemic strains were found in environmental NAGs during and after the epidemic. Significant diversity among the virulence-related gene content was observed among O1 strains isolated from the environment during the epidemic period, but not from clinical isolates, which were analyzed as controls. Despite this diversity, these strains exhibited similar PFGE profiles. PFGE profiles were significant while separating potentially epidemic clones from indigenous strains. No significant correlation with isolation source, place or period was observed. The presence of the WASA-1 prophage significantly correlated with serogroups, PFGE profiles, and the presence of virulence-related genes. This study provides a broad characterization of the environmental V. cholerae population from the Amazon, and also highlights the importance of identifying precisely defined genetic markers such as the WASA-1 prophage for the surveillance of cholera.


Assuntos
Cólera/microbiologia , Meio Ambiente , Vibrio cholerae/genética , Brasil/epidemiologia , Cólera/epidemiologia , Análise por Conglomerados , Microbiologia Ambiental , Genes Bacterianos , Genótipo , Geografia , Humanos , Prófagos , Vibrio cholerae/classificação , Vibrio cholerae/virologia
5.
COIMBRA, Vanessa Brenda Silva. Avaliação da eficiência de estações de tratamento de esgoto na redução da carga viral e bacteriana na região metropolitana de Belém ­ Pará, Brasil. 133 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2020.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4481

RESUMO

Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) são fundamentais no controle da qualidade das águas residuais lançadas no meio ambiente. Os processos de tratamento são importantes para a diminuição da transmissão de agentes patogênicos de veiculação hídrica, como vírus responsáveis por causar hepatites. O vírus da hepatite A (VHA) pertencente à família Picornaviridae é transmitido primariamente pela rota fecal-oral, de pessoa a pessoa ou por água e alimentos contaminados. O tratamento biológico de efluentes pode remover até 80% dos vírus entéricos presentes, porém uma grande carga viral ainda pode ser disseminada nos corpos hídricos receptores. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de quatro ETEs na redução da carga orgânica, viral e bacteriana, por meio de indicadores de qualidade ambiental, durante o período de outubro de 2018 a dezembro de 2019. A concentração das partículas do VHA ocorreu pelo método de floculação orgânica com leite desnatado e a extração do ácido nucléico foi realizada com kit comercial QIAamp Viral RNA, seguida de transcrição reversa utilizando Super Script III (INVITROGEN). A região de junção VP1/2A do genoma do VHA foi amplificada pela técnica de Nested ­ PCR e a quantificação das partículas virais ocorreu pela metodologia qPCR. O número mais provável (NMP/100ml) de coliformes totais, termotolerantes e Escherichia coli foi determinado pelo kit COLLILERT 18. Os enterococos foram quantificados a partir do kit ENTTEROLERT 18, já as bactérias heterotróficas pelos métodos de SimPlate e PourPlate. As variáveis físico-químicas foram medidas com sonda multiparamétrica e espectrofotometria. As análises estatísticas foram realizadas utilizando os softwares BioEstat v.5.3 e Past3. O VHA foi detectado em 82,75% (48/58) das amostras analisadas por qPCR e em 10,34% (6/58) das testadas por Nested-PCR. O periodo de maior ocorrência do VHA foi durante a estiagem, mas, não houve correlação significativa. Os maiores percentuais foram observados nas amostras de efluentes brutos das ETEs Outeiro e Mosqueiro, como também no efluente tratado desta última. No entanto, não houve diferença significativa quanto a carga viral, quando se comparou os valores de entrada e saída de todas as ETEs avaliadas. Variáveis físico-químicas (DBO, OD, nitrogênio amoniacal, fósforo total, condutividade elétrica e STD) foram correlacionadas com alterações bacteriológicas (coliformes totais, enterococos e bactérias heterotróficas) e presença do VHA. A carga viral reduziu em média uma unidade logarítmica, enquanto a bacteriológica, duas unidades, sendo a maior diminuição observada na ETE Mosqueiro, de quatro a seis unidades. Neste estudo, uma eficiência de remoção abaixo de 60% foi observada na maioria das amostras analisadas. Os elementos avaliados nesta pesquisa indicam a necessidade de implantação de tratamentos complementares aos sistemas operantes nas ETEs monitoradas, como forma de se alcançar melhor desempenho e reduzir a contaminação ambiental dos recursos hídricos.


Assuntos
Estações de Tratamento de Águas Residuárias/análise , Águas Residuárias , Monitoramento Ambiental , Vírus de Hepatite , Antígenos de Hepatite
6.
COSTA, Ísis de Oliveira Fidelles. Aspectos epidemiológicos, sorológicos e moleculares das hepatites A, B, C e D em afrodescendentes no município do Acará, Pará, Brasil. 74 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2020.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4485

RESUMO

O termo hepatite significa inflamação do fígado, sendo de várias etiologias, dentre elas de grande relevância, as hepatites causadas por vírus, os mais comuns causadores são, os vírus da hepatite A (VHA), vírus da hepatite B (VHB), vírus da hepatite C (VHC), vírus da hepatite D ou Delta (VHD) e vírus da hepatite E (VHE). Representam importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, distribuídas de maneira universal, atingindo vários segmentos da população e causando grande impacto de morbidade e mortalidade em sistemas de saúde como o Sistema Único de Saúde (SUS). Entre 1999 e 2018, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 632.814 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Estudos sobre as hepatites A, B, C, e D nas comunidades Vila Formosa e Vila Bom Remédio, do município do Acará, Estado do Pará, Brasil, são importantes para avaliar o perfil epidemiológico associado à essas infecções em afrodescendentes oriundos de áreas preservadas, bem como, miscigenada por outras raças humanas, e determinar suas prevalências. Participaram da pesquisa 400 indivíduos, em que a coleta de dados foi realizada com o consentimento voluntário dos participantes, seguido do preenchimento da ficha individual de inquérito e coleta das amostras de sangue. Os testes sorológicos para as hepatites A (anti-VHA total e anti-VHA IgM), B (HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs) e C (anti-VHC) foram realizados por técnica de imunoensaios, e nos resultados anti-HBc isolados reagentes foi realizada a detecção da carga viral por PCR em tempo real, na Seção de Hepatologia do Instituto Evandro Chagas (IEC). Foram encontradas prevalência de 73,8% para o anti-VHA total; 1,8% para o anti-HBc, 29,8% para o anti-HBs, e os demais marcadores não reagentes. Amostras de anti-HBc reagentes mostraram-se negativas no diagnóstico molecular. Com isso, foi possível observar que o VHA e VHB circulam na população do estudo. Os indivíduos apresentam situação vacinal insuficiente, estando suscetíveis as hepatites virais e as condições socioambientais contribuem para o perfil epidemiológico encontrado / CAPES


Assuntos
Hepatite/virologia , População Negra , População Negra , Prevalência
7.
MORAES, Marluce Matos de.Inquérito soroepidemiológico do sarampo e rubéola nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil, 2016 a 2018. 161 f. Tese (Doutorado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2020.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4491

RESUMO

O Sarampo e a Rubéola são doenças infecciosas virais exantemáticas, extremamente contagiosas, transmitidas pelas vias respiratórias, de quadro clínico semelhante, podendo evoluir com graves complicações. Ambas são de distribuição universal, a prevenção ocorre por vacinação, não existindo tratamento específico. O objetivo do estudo foi avaliar o estado imunitário de adolescentes e adultos jovens em relação aos anticorpos específicos de sarampo e rubéola, identificando os indivíduos suscetíveis, entre 2016 a 2018, nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil. Trata-se de estudo transversal, por conglomerados em 2.220 indivíduos, sendo 1.109 de Belém e 1.111 de Ananindeua, nas faixas etárias de 15 a 39 anos, procedentes de escolas, faculdades/universidades, instituto de pesquisa em saúde e quartéis. As informações dos participantes foram coletadas mediante questionário epidemiológico e digitalizadas utilizando o software Epi-Info™ v7.0. O teste binomial utilizado para a análise foi de duas proporções por meio do programa BioEstat v5.0, nível de significância p<0,05. A detecção de anticorpos IgG humanos, contra o vírus do sarampo e rubéola, no soro sanguíneo, foi realizado utilizando kit baseado no método de ELISA. Foram considerados suscetíveis ao sarampo e a rubéola, os indivíduos com títulos não reativos e inconclusivos. Os resultados mostraram que a suscetibilidade para o sarampo tanto em Belém como em Ananindeua, concentrou-se na faixa etária de 15 a 19 anos com 22,4% e 21%, respectivamente. O mesmo ocorreu em relação à rubéola, onde os adolescentes entre 15 a 19 anos apresentaram 11,3% e 14,6% respectivamente. Em ambos os municípios, todas as faixas etárias apresentaram percentuais de suscetibilidade significantes para o sarampo, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (≤5%). Em relação à rubéola, as faixas etárias consideradas vulneráveis foram de 15 a 29 anos e o sexo masculino apresentou maior suscetibilidade. Em relação ao tipo de vacina recebida foi significativa a diferença na soropositividade, tendo a vacina tríplice viral (SCR) os maiores percentuais, assim como a comparação das informações entre autorreferidos e comprovados por vacinação. Quanto ao número de doses, não houve significância na soropositividade entre os que referiram uma dose em relação a duas ou mais doses da vacina contra o sarampo e rubéola. Foi detectado um declínio dos níveis de anticorpos ao longo do tempo (20 anos) após a última vacinação tanto em relação aos títulos de anticorpos para o sarampo como para a rubéola. ConcluUI-se que, existem grupos de suscetíveis formando bolsões de vulneráveis, em ambos os municípios, apontando a necessidade do fortalecimento nas estratégias de vacinação e tomada de decisões por parte do Estado e o monitoramento das fronteiras, pois a imigração de estrangeiros não vacinados e a baixa cobertura vacinal do País, tem causado surtos de sarampo no Brasil nos últimos três anos, ocasionando a perda da certificação da eliminação do sarampo e ameaça da reintrodução do vírus da rubéola ao Brasil.


Assuntos
Sarampo/virologia , Vírus do Sarampo/patogenicidade , Vírus da Rubéola/patogenicidade , Inquéritos Epidemiológicos , Adolescente , Adulto Jovem
8.
COELHO, Izabela Priscilla de Lima. IPesquisa e caracterização de vírus da Hepatite A / E, e de coliformes em tecido de ostras Crassostrea brasiliana cultivadas em comunidades do nordeste paraense. 2019. 110 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2019. Disponível em: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6968.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-6968

RESUMO

O cultivo de ostras para consumo humano é uma prática de grande importância econômica no litoral paraense, porém o consumo de organismos bivalves provenientes de águas contaminadas pode causar doenças como gastroenterites ou mesmo hepatites virais. Os moluscos bivalves são filtradores eficientes e acumulam em seus tecidos uma enorme quantidade de microrganismos podendo, portanto, transmitir diversos patógenos causadores de doenças aos seres humanos. Esse estudo teve como objetivo realizar a pesquisa e caracterização de vírus da hepatite A/E (VHA e VHE), e de bactérias em tecido de ostras Crassostrea brasiliana amplamente comercializadas no Pará, determinando a concentração de coliformes totais (CT), coliformes termotolerantes (CTT) e presença de E. coli. As amostras foram coletadas em áreas de ostreicultura, nos municípios de Curuçá, São Caetano de Odivelas, Salinópolis e Augusto Corrêa, localizados no nordeste do estado do Pará. A extração do RNA viral foi realizada com o kit Viral QIAamp RNA. A detecção do VHA e VHE foi efetuada por nested-PCR utilizando Taq platinum DNA polymerase, seguida de sequenciamento genético para confirmação das amostras positivas. A quantificação do Número Mais Provável (NMP/100g) de CT e CTT foi determinada pela técnica de tubos múltiplos. Do total de 65 amostras do estudo, 6,15% apresentaram resultado positivo na detecção do material genético do VHA, mas nenhuma amostra foi positiva no estudo do VHE. O NMP de CT variou de <1 a 3,5 x106 NMP/100g, enquanto que CTT variaram de <1 - 1,1x106 NMP/100g nas quatro comunidades amostradas. Foi possível recuperar isolados de E. coli em todas as localidades, sendo Salinópolis o município onde se encontrou o maior número de amostras positivas (72,7%), enquanto que Augusto Corrêa apresentou a menor detecção (45.5%). 31,8% das ostras coletadas foram classificadas como suspensas para consumo segundo parâmetros estabelecidos por legislações internacionais. Os resultados, chamam a atenção para a necessidade de monitorar a qualidade desse alimento, devido aos riscos associados ao seu consumo com os níveis de contaminação encontrados.


Assuntos
Hepatite/virologia , Ostrea/crescimento & desenvolvimento , Crassostrea/anatomia & histologia , Ingestão de Alimentos , Escherichia coli/virologia
9.
OLIVEIRA, Candida Maria Abrahão de. Hepatite B: frequência da infecção entre comunicantes e contatos, duas décadas após o início da vacinação, no município de Belém, Pará, Brasil. 122f. Tese (Doutorado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2019. Disponível em: http://patua.iec.gov.br/handle/iec/4214
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4214

RESUMO

A Hepatite B, uma doença hepática causada pelo vírus da hepatite B (VHB), representa um relevante problema de saúde pública. O controle exige uma série de medidas preventivas, sendo a principal a vacinação. O Estado brasileiro disponibilizou a vacina de forma universal, independente de faixa etária e de condições de vulnerabilidade desde o ano de 2016. O homem é o reservatório de maior importância epidemiológica e sua transmissão pode ocorrer por via parenteral, contato sexual ou por transmissão vertical. O estudo objetivou avaliar a cobertura e a efetividade da vacina contra a hepatite B e a frequência da infecção em comunicantes de portadores do vírus da hepatite B, vinte anos após a implantação da vacina no Município de Belém, Pará, Brasil. Trata-se de um estudo transversal, do tipo inquérito domiciliar, descritivo exploratório quantitativo, na linha temática da vigilância dos comunicantes de portadores do VHB, desenvolvido entre julho de 2015 a junho de 2019. A busca de comunicantes e/ou contatos foi realizada por meio de visitas domiciliares aos portadores do vírus notificados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação, foram realizados testes sorológicos para a hepatite B (HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs) por técnica imunoenzimática; nas amostras anti- HBc isolado ou inconclusivo realizou-se testes para detecção do VHB-DNA, por Reação em Cadeia da Polimerase. A análise sorológica não detectou portadores do vírus, caracterizado pela ausência de HBsAg; o anti-HBc total isolado foi detectado em 2,1% (6/288) das amostras; 4,2% (12/288) foram anti-HBc total/anti-HBs reagentes e 42% (121/288) apresentaram anti-HBs isolado reagente, atribuído à vacinação; 41,7% (120/288) receberam esquema completo (três/quatro doses) da vacina hepatite B e, desses, 48,3% deverão reiniciar o esquema vacinal, pois não fizeram soroconversão. Eram suscetíveis ao VHB 58,3% (168/288) dos participantes da pesquisa. O estudo sugeriu uma baixa endemicidade da infecção pelo VHB no grupo populacional estudado, inclusive com cobertura vacinal abaixo ao preconizado pelo Programa Nacional de Imunização. Os achados evidenciaram um fato inquietante em relação aos adolescentes e crianças, principalmente entre os comunicantes de portadores do vírus, sugerindo a necessidade de incremento dos programas de educação em saúde nessa população. Perceber os múltiplos fatores que estão envolvidos na transmissão da infecção é um desafio e ainda necessita de acompanhamento constante, por esses motivos, sugere-se busca ativa desses contatos por meio de uma vigilância epidemiológica atuante, considerando a realidade encontrada, mesmo após a implantação da vacina ocorrida há mais de 20 anos e a ampliação da cobertura vacinal na população, independente da idade ou condições de vulnerabilidade


Assuntos
Hepatite B/patologia , Hepatite B/transmissão , Vírus da Hepatite B/patogenicidade , Doenças Preveníveis por Vacina , Vacinas contra Hepatite B
10.
OLIVEIRA, Maria Helena Cunha. Padrão de endemicidade, prevalência e análise espacial das hepatites virais B e C na região metropolitana I, estado do Pará, 2010 a 2015. 103 f. Tese (Doutorado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2019.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4149

RESUMO

As hepatites virais B e C constituem ameaças globais à saúde pública no mundo contemporâneo, são de distribuição mundial, com diferentes perfis de ocorrência que variam de acordo com o vírus e regiões geográficas o que impõe, a necessidade de estabelecer no campo da saúde, políticas de ações específicas e regionalizadas para o seu enfrentamento que visem a redução no número expressivo das ocorrências e que impactem na severidade desses agravos, mas para isso as informações geradas precisam ser de qualidade para contribuir para um diagnóstico situacional mais preciso e possibilitar adoção de medidas preventivas mais efetivas. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) tem sido a principal fonte das informações das Doenças de Notificação Compulsórias (DNCs), as hepatites virais estão entre estas doenças, portanto as qualidades das notificações devem ser avaliadas. O objetivo deste trabalho é resultado de um estudo epidemiológico, descritivo, exploratório de caráter ecológico da qualidade do Sinan das hepatites virais B e C na Região Metropolitana I do Estado do Pará, 2010 a 2015, onde foi avaliada a presença de registros duplos, a completitude (preenchimento) das variáveis obrigatórias e essenciais e a inconsistência (erros) em relação ao diagnóstico etiológico. Os casos sub-informados foram identificados no GAL e no Hemopa, utilizando a ferramenta da linkage e captura e recaptura das informações. Foram calculadas as taxas de incidência e prevalência e posteriormente propostos padrões de Endemicidade para o marcador sorológico HBsAg do Vírus da Hepatite B (VHB) e prevalência do Anti-VHC do Vírus da Hepatite C (VHC), tomando como referencias os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2015). Foi realizada a espacialização dos marcadores sorológicos, os genótipos e subtipos utilizando o programa de geoprocessamento ArcGis 10.,com os dados do Sinan e com dados de todas as fontes. No Sinan foram identificados e excluídos 342 (5,5%) casos duplos, 6,6% de inconsistência em relação a classificação etiológica foram corrigidas, a completitude foi muito ruim para as variáveis classificação etiológica (22,3%), forma clínica (26,4%), provável fonte de infecção (4,5%) e para todos os marcadores sorológicos dos vírus B e C. Foram descartadas 77,7% das notificações cujo preenchimento foi nulo para a variável classificação etiológica. O teste t foi utilizado para duas amostras pareadas (Paired t), com nível de significância (α) de 5%. Foram descobertos 696 (62,36%) casos dos VHB e 1.059 (68,49%) do VHC, ampliando de 15,77% para 78,13% os casos do vírus B e de 18,29% para 86,78% do vírus C. Foram identificados padrões de alta endemicidade (HBsAg) para os municípios de Belém e Ananindeua e alta prevalência (Anti-VHC) Belém e Média em Ananindeua. Maior frequência do genótipo 1 e subtipo 1b no município de Belém. Os achados revelaram que o Sinan das hepatites virais é de baixa qualidade e os casos estão sub-informados e os indicadores subestimados.


Assuntos
Hepatite Viral Humana , Hepatite B/patologia , Hepatite C/patologia , Sistemas de Informação em Saúde/estatística & dados numéricos
11.
TAVARES, Heyde Araújo. Epidemiologia da infecção por Giardia Duodenalis em crianças frequentadoras de duas creches públicas de uma área endêmica do estado do Pará. 2019. 93 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia e Vigilância em Saúde) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde, Ananindeua, 2019.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4441

RESUMO

Giardia duodenalis é um protozoário de relevância em saúde pública, por apresentar prevalência mundial e associado a casos de diarreia principalmente em crianças, infectando diversos hospedeiros. Diferentes métodos diagnósticos são capazes de detectar G.duodenalis em amostras fecais tais como microscopia, detecção de antígenos específicos e biologia molecular. O objetivo do trabalho consistiu em realizar estudo da infecção por G. duodenalis em amostra de crianças frequentadoras de duas creches públicas do município de Ananindeua, Pará, avaliando o desempenho de três testes diagnósticos ­ exame parasitológico direto das fezes (EPD), teste imunocromatográfico (ICG) e PCR em tempo real (qPCR), bem como a correlação da presença deste enteroparasito com variáveis socioeconômicas e higiênico-sanitárias. Das 89 amostras analisadas, 22 foram positivas pelo EPD, 26 pelo qPCR e 38 por ICG, obtendo-se a frequência de positividade global para G. duodenalis de 50,6%, sendo que o ICG demonstrou 100% de sensibilidade e 80 % de especificidade, e qPCR 75% de sensibilidade e 86% de especificidade, em comparação com o método convencional EPD. As variáveis de risco água para consumo, hábito de lavagem de mãos dos responsáveis e hábitos de chupar dedo ou roer unhas foram identificadas como fatores de risco de infecção por G. duodenalis entre as crianças que participaram do estudo, refletindo a importância da qualidade da água e bons de hábitos de higiene como medidas profiláticas contra a infecção pelo protozoário. Os testes diagnósticos apresentaram resultados discordantes, obtendo-se diferentes sensibilidades e especificidades, sendo ICG o que apresentou maior sensibilidade em relação ao qPCR, embora este último tenha sido capaz de detectar a presença de G. duodenalis em sete amostras não diagnosticadas pelo ICG e EPD, permitindo inferir sobre a relevância da correta identificação dos casos assintomáticos, haja vista a alta frequência de positividade obtida quando utilizou-se a associação entre os testes diagnósticos


Assuntos
Giardíase/parasitologia , Giardia lamblia/parasitologia , Diarreia Infantil , Creches , Técnicas e Procedimentos Diagnósticos
12.
CORRÊA, Sérgio Antônio de Sousa Sirotheau. Estudo sorológico e molecular das infecções pelos vírus das hepatites B e D em quilombolas, município de Salvaterra, microrregião do Arari, mesorregião do Marajó, Pará, Brasil. 99 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2018.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4156

RESUMO

As hepatites virais B e D constituem importantes problemas de saúde pública, com elevadas magnitudes e gravidades. Pouco se publicou sobre a prevalência das hepatites B e D em quilombolas e, este estudo surgiu tanto da necessidade de dados científicos como da vontade de disponibilizar informações úteis a estas coletividades. O objetivo do estudo foi avaliar a soroprevalência e a epidemiologia molecular das infecções pelos vírus das hepatites B e D em 477 participantes da comunidade quilombola do Bairro Alto, no Município de Salvaterra, Mesorregião do Marajó, Pará, Brasil e correlacionar com os dados epidemiológicos disponíveis. A pesquisa iniciou em 2016 com as permissões comunitárias, institucionais, sendo o projeto aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa do IEC (Parecer de Aprovação Nº 1.915.937), com duração de dois anos, sendo concluída em 2018. Houve pesquisa de campo com preenchimento de Ficha de Inquérito Individual e coleta de sangue com realização dos testes sorológicos HBsAg, anti-HBc, e anti-HBs, por métodos imunoenzimáticos na SAHEP/IEC. Dos participantes, 2,7% apresentaram perfil sorológico compatível com exposição prévia ao VHB, seja pelo anti-HBc+ isolado (0,8%), anti-HBc+ associado ao anti-HBs+ (1,5%) e HBsAg+ (0,4%), caracterizando laboratorialmente essa comunidade como de prevalência intermediária, onde, apenas, 26% das amostras, apresentaram perfil sorológico compatível com resposta vacinal (anti-HBs+ isolado), demonstrando a baixa cobertura vacinal dessa comunidade. As amostras HBsAg+ e HBc total+ isolado, de participantes assintomáticos e oligossintomáticos, com sintomatologia frusta atípica, atual e/ou pregressa, foram submetidas ao teste sorológico anti-VHD e a testes de biologia molecular para quantificação e genotipagem do VHB-DNA e VHD-RNA. Entre as amostras HBsAg reagentes observou-se frequência de 100% (2/2) para o genótipo F e para o sexo feminino, com 23 e 47 anos de idade, respectivamente. São necessárias mais pesquisas para se definir a real endemicidade do VHB em populações quilombolas como a do Bairro Alto, grande vulnerabilidade ao VHB nesta comunidade.


Assuntos
Hepatite B/patologia , Hepatite D/patologia , Vírus da Hepatite B/patogenicidade , Vírus Delta da Hepatite/patogenicidade , Estudos Soroepidemiológicos , Cobertura Vacinal
13.
TRINDADE, Lucas Monteiro da. Caracterização bacteriológica de diferentes ecossistemas aquáticos de Belém ­ Pará. 105 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia e Vigilância em Saúde) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde, Ananindeua, 2018
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4043

RESUMO

A degradação dos recursos hídricos, sob a ótica da poluição, tem impactos severos quanto às questões quanti-qualitativa e configura um sério problema de saúde pública, uma vez que a água contaminada pode ser um veículo de transmissão de diversos microrganismos potencialmente patogênicos. O objetivo deste estudo foi analisar as características bacteriológicas das águas superficiais de diferentes ecossistemas aquáticos de Belém - Pará. Para este fim, fez-se o levantamento do número mais provável (NMP / 100mL) dos indicadores microbiológicos e físico-químicos de qualidade da água e também do isolamento bacteriano dos quatro pontos de interesse do estudo: Igarapé Tucunduba, Mercado do Ver-o- Peso, Estação Elevatória de Esgoto do UNA - E.E.E UNA e Porto do Açaí, de agosto de 2012 a novembro de 2015. As cepas, estocadas no Laboratório de Microbiologia Ambiental do Instituto Evandro Chagas, foram reativadas utilizando meios de enriquecimento seletivos e indicadores, seguida da identificação por testes bioquímicos e sorológicos. Posteriormente se procedeu a extração do DNA por choque térmico, seguida de reações em cadeia da polimerase (PCR) para pesquisa de fatores de virulência. Para análise estatística se utilizou o programa Biostat 5.0. Os coliformes termotolerantes e Escherichia coli, apresentaram valores superiores a 1000 (NMP/100mL) durante todo o período, sem diferença estatística significante entre os meses do ano (Kruskal-Wallis p>0,05). No ranking geral de contaminação, a E.E.E UNA apresentou maior concentração dos indicadores microbiológicos, seguida do Igarapé Tucunduba, Porto do Açaí e Ver-o-Peso. A análise de variância entre os pontos de amostragem evidenciou semelhança nos níveis de contaminação entre a E.E.E. UNA e igarapé Tucunduba (Kruskal-Wallis p<0,05). As variáveis climáticas não interferiram significativamente nos índices de contaminação, evidenciando não haver um padrão sazonal. Os parâmetros Oxigênio dissolvido, Turbidez e Nitrito apresentaram resultados insatisfatórios ao confrontar com o que estabelece a legislação para águas de classe 2. As variáveis Turbidez, STD e STS influenciaram positivamente os coliformes termotolerantes e Escherichia coli, já as variáveis Fósforo Total, N-amoniacal e Nitrito correlacionaram-se negativamente com os indicadores microbiológicos. Os níveis de contaminação não demonstraram associação com os números de casos de doenças diarreicas no município de Belém. No total, foram encontradas 221 cepas estocadas. No entanto, apenas 200 foram possíveis de reativação, utilizando o protocolo descrito neste estudo. Estas se dividiam em 163 cepas de Vibrio cholerae, 8 de Vibrio mimicus, 24 de E. coli e 5 de Salmonella spp. Todos os isolados de V. cholerae são Não-O1 e Não-O139 e, 18 destes, expressaram o gene Stn/Sto. Nenhuma E.coli demonstrou ser patogênica após análise molecular. Os resultados obtidos apontam que os ambientes estudados se encontram impactados por contaminação fecal, inclusive com a circulação de patógenos na sua forma viável e cultivável e chamam atenção para a degradação dos recursos hídricos locais, sobretudo os sérios riscos à saúde pública, em virtude da possibilidade de doenças de veiculação hídrica. / CAPES


Assuntos
Poluição da Água/análise , Correntes Superficiais/análise , Microbiologia da Água
14.
ARAÚJO JÚNIOR, José Raul Rocha de. Vírus hepatotrópicos e indicadores de qualidade ambiental em ecossistemas aquáticos destinados a ostreicultura no nordeste do Pará, Brasil. 87 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2018.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-3540

RESUMO

A ocorrência de contaminantes microbiológicos em águas de rios, destinadas ao cultivo de ostra, assim como nos animais, é de extrema importância para saúde pública. Entre esses contaminantes estão os vírus hepatotrópicos, vírus da hepatite A (VHA) e vírus da Hepatite E (VHE), que são transmitidos por via oro-fecal, podendo causar hepatites A e E, respectivamente. Para monitoramento da qualidade ambiental se faz necessário o uso de indicadores microbiológicos e análises de variáveis físico-químicas. Este estudo tem como objetivo detectar a ocorrência do VHA e VHE no ambiente aquático destinado a ostreicultura no nordeste do Pará, Brasil, e correlacionar com variáveis microbiológicas, físico-químicas e climatológicas. A pesquisa do VHA e VHE baseou-se no método de concentração de água por adsorção-eluição em membrana filtrante e no método de floculação orgânica com leite desnatado, seguido de extração do RNA com kit comercial e transcrição reversa com SSIII- RT. Posteriormente, as amostras foram submetidas à Nested-PCR. A quantificação dos coliformes foi realizada com kit Colilert 18, dos Enterococos com kit Enterolert e bactérias heterotróficas com kit Simplate. As variáveis físico-químicas foram medidas com sonda multiparamétrica e espectrofotometria. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares BioEstat v.5.3. As amostras positivas foram purificadas com o kit BigDye XTerminator Purification e submetidas ao sequenciamento com kit BigDye Terminator Cycle Sequencing v3.1 na plataforma 3130xl Genetic Analyzer. De março a dezembro de 2017 foram coletadas e analisadas 84 amostras de água de rio nos municípios de Augusto Corrêa, Curuçá, Maracanã, Salinópolis e São Caetano de Odivelas, sendo que 31% deste total apresentou resultado positivo quanto à presença do VHA. As 26 amostras sequenciadas pertencem ao genótipo IB. O VHE não foi detectado nas amostras analisadas. Não houve diferença significativa entre os métodos de concentração das amostras de água para a detecção do VHA. Considerando a concentração de coliformes termotolerantes, 75% estiveram acima do permitido pela legislação vigente no país, para águas destinadas a ostreicultura. As variáveis físico-químicas que mais influenciaram na detecção dos agentes microbianos são a temperatura, salinidade, turbidez e sólidos totais dissolvidos. Os dados deste estudo demonstram a ocorrência do VHA, genótipo IB, no ambiente aquático dos cinco municípios estudados. Sugere-se a realização de diferentes tipos de métodos de concentração viral, testes moleculares qualitativos e quantitativos, em amostras com diluições diferentes para diminuir a ocorrência de resultados falsos negativos. Portanto, se faz necessário a adoção de medidas higiênico-sanitárias nas comunidades dedicadas ao cultivo deste alimento, para que o mesmo atenda aos padrões mínimos estabelecidos na legislação vigente, visando o interesse da expansão da ostreicultura na região e maior segurança sanitária para os consumidores.


Assuntos
Hepatite A/virologia , Vírus de Hepatite/patogenicidade , Hepatite E/virologia , Água Doce/microbiologia , Qualidade da Água , Frutos do Mar/economia
15.
SANTOS, Denise Suéllen Amorim de Sousa. Detecção molecular e genotipagem do vírus da hepatite A em praias da Ilha de Mosqueiro, Estado do Pará, Brasil. 108 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2015.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-3111

RESUMO

Resumo: A hepatite A, considerada um sério problema de saúde pública, é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A 1 (VHA-1). Sua transmissão ocorre principalmente pela via fecal-oral, estando diretamente relacionada às condições socioeconômicas de cada região. Este estudo tem como objetivo detectar e genotipar partículas de VHA-1 em amostras de água de praias da Ilha de Mosqueiro, Belém-PA e correlacionar com variáveis microbiológicas, físico-químicas e climatológicas. A pesquisa de VHA-1 baseou-se no método de adsorção-eluição em membrana filtrante, seguido de extração do RNA com kit comercial e transcrição reversa com SSIII-RT. Posteriormente, as amostras foram submetidas à Nested-PCR e qPCR. A quantificação dos coliformes foi realizada com kit Colilert 18. As variáveis físico-químicas foram medidas com sonda multiparamétrica e espectrofotometria. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares BioEstat v.5 e R. As amostras positivas foram purificadas com o kit Pure Link® e submetidas ao sequenciamento com kit BigDye Terminator Cycle Sequencing v3.1 na plataforma 3130xl Genetic Analyzer. De janeiro de 2012 a julho de 2014 foram coletadas e analisadas 132 amostras de água nas praias do Paraíso, Murubira, Farol e Areião, sendo que 25% deste total apresentou resultado positivo quanto à presença do VHA-1. Das 14 amostras sequenciadas, 11 pertencem ao genótipo IB e 3 ao genótipo IA. Considerando a concentração de coliformes fecais, as praias estiveram impróprias para banho em 16,7% das ocasiões, de acordo com legislação vigente no país. A praia do Paraíso foi estatisticamente menos contaminada, a nível de E. coli, do que as demais praias. Entretanto, essa diferença não foi observada em relação à detecção de VHA-1. Não houve correlação estatisticamente significante entre os coliformes e o VHA-1, já entre as variáveis físico-químicas, foi observado algumas correlações, como por exemplo, VHA-1 e cloreto, nitrato, nitrito e cor. Os dados deste estudo demonstram que o VHA-1 está circulando no ambiente aquático da ilha de Mosqueiro e o genótipo predominante é o subtipo IB. A falta de associação entre os coliformes e o VHA-1 ressaltam a fragilidade dos atuais indicadores microbiológicos de qualidade da água e chama atenção para necessidade de um indicador viral. Os dados obtidos apontam para o provável lançamento inadequado de esgoto nas praias, pois, muitas variáveis são indicadoras de contaminação por efluentes. Portanto, os dados obtidos neste estudo servem de alerta para as autoridades de saúde pública quanto à epidemiologia do VHA-1 na região, bem como na tomada de decisões que visem melhorar as condições sanitárias na ilha de Mosqueiro a fim de minimizar os riscos à saúde da população.


Assuntos
Hepatite A/virologia , Vírus da Hepatite A/isolamento & purificação , Colimetria/análise , Coliformes , Poluição das Praias/análise , Microbiologia da Água , Reação em Cadeia da Polimerase/métodos , Esgotos Domésticos , Resíduos Domésticos
16.
SMITH, Vanessa Cavaleiro.Detecção e genotipagem de adenovírus humano em águas destinadas à recreação, provenientes da Ilha de Mosqueiro, região metropolitana de Belém, Estado do Pará, Brasil, janeiro de 2012 a dezembro de 2014. 81 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2015.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-3110

RESUMO

A Ilha de Mosqueiro é o principal balneário da cidade de Belém e, embora receba um grande contingente populacional em suas praias durante todo o ano, não apresenta estações de tratamento de esgoto e águas pluviais que garantam a segurança da saúde de seus veranistas e dos moradores efetivos. A fim de se detectar a presença de HAdV em águas destinadas à recreação, foram coletadas, mensalmente, com exceção de julho que ocorreu quinzenalmente, águas de quatro praias (Paraíso, Murubira, Farol e Areião) situadas ao longo da costa da ilha, durante janeiro de 2012 a dezembro de 2014. As amostras foram concentradas pelo método de adsorção-eluição em membrana filtrante; em seguida, o DNA foi extraído pelo método da sílica e então submetido a nested-PCR. Os produtos positivos foram purificados utilizando-se o kit Mega Quick-spin total® (Intron Biotechnology) e sequenciados com o uso do Kit BigDye® Terminator v3.1 Cycle Sequencing (Life Technologies) e da plataforma 3130xL Genetic Analyzer (Applied Biosystems). Os dados ambientais foram obtidos por meio de consulta ao Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), disponíveis eletronicamente, considerando o dia e horário de coletas. Para isolamento viral foi utilizada a linhagem A549 (Carcinoma de pulmão humano), a fim de constatar a infecciosidade viral em algumas amostras de praias que apresentaram resultado positivo para HAdV. Do total de 156 amostras coletadas, 34 (21,8%) foram positivas para HAdV por nested-PCR, sendo as mesmas detectadas em todo o período estudado, não sendo possível observar um padrão sazonal. Dessas, 24 (70,5%) foram sequenciadas, sendo 20 (83,3%) caracterizadas como espécie F (16-80% como ad-41 e 4- 20% ad-40), duas com a espécie C, uma como espécie A e uma amostra que apresentou similaridade com adenovírus símio (SAdV). A precipitação pluviométria aparentemente não influenciou na detecção dos HAdV, mas o mesmo não ocorreu em relação à ação das marés, pois a maior detecção viral ocorreu em preamar, provavelmente devido ao carreamento de patógenos ambientais. Quatro amostras submetidas ao cultivo celular demonstraram efeito citopático (ECP), indicando que os HAdVs detectados nas águas recreativas da região metropolitana de Belém possuíam capacidade infectiva, logo apresentavam risco à saúde dos banhistas e frequentadores locais. Não foi observada relação entre bactérias coliformes (Escherichia coli) e HadV, visto que a presença viral foi confirmada em 21,1% (31/147) das amostras, cuja concentração de bactérias estava de acordo com os padrões vigentes (<2000). Este estudo demonstrou a presença de HAdV em praias de água doce, além de evidenciar o padrão de circulação de HAdV, até então desconhecido nessa região em ambientes destinados ao lazer. Alem disso, reforça a importância da análise virológica juntamente com a dos indicadores bacterianos atualmente usados e sobre a necessidade de maiores estudos na avaliação dos riscos à saúde pública por este e outros vírus.


Assuntos
Adenovírus Humanos/isolamento & purificação , Gastroenterite/diagnóstico , Genoma Viral , Esgotos Domésticos , Resíduos Domésticos , Água Doce/virologia , Poluição das Praias/análise
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