RESUMO
The scope of this study was to investigate the prevalence of food insecurity in the context of COVID-19 and its association with the emergency aid income-transfer program and the collecting of food donations by the population in a situation of social vulnerability. A cross-sectional study was carried out with socially vulnerable families eight months after confirming the first case of COVID-19 in Brazil. A total of 903 families, living in 22 underprivileged communities of Maceió, in the state of Alagoas, were included. Sociodemographic characteristics were evaluated, and the Brazilian Food Insecurity Scale was applied. The association of food insecurity with the variables studied was performed using Poisson regression with robust variance estimation, considering α = 5%. Of the total sample, 71.1% were food insecure, a situation associated with receiving food donations (PR = 1.14; 95%CI: 1.02; 1.27) and being a beneficiary of emergency aid (PR =1.23; 95%CI: 1.01; 1.49). The results show that the population in a situation of social vulnerability was strongly affected by food insecurity. On the other hand, the population group in question benefited from actions implemented at the outset of the pandemic.
O estudo objetivou investigar a prevalência de insegurança alimentar no contexto da COVID-19 e sua associação com o programa de transferência de renda Auxílio Emergencial e o recebimento de doação de alimentos na população em vulnerabilidade social. Estudo transversal, realizado com famílias em vulnerabilidade social, oito meses após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil. Foram incluídas 903 famílias, residentes em 22 aglomerados subnormais de Maceió, em Alagoas. Avaliaram-se características sociodemográficas e foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. A associação da insegurança alimentar com as variáveis estudadas foi realizada por meio de regressão de Poisson com estimativa robusta das variâncias, considerando α = 5%. Do total da amostra, 71,1% estavma em insegurança alimentar, situação que se associou com o recebimento de doação de alimentos (RP = 1,14, IC95%: 1,02; 1,27) e ser beneficiário do Auxílio Emergencial (RP = 1,23, IC95%: 1,01; 1,49). Os resultados mostram que a população em vulnerabilidade social foi fortemente afetada pela insegurança alimentar. Em contrapartida, essa população foi beneficiada por ações que foram implementadas no início da pandemia.
Assuntos
COVID-19 , Abastecimento de Alimentos , Humanos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Populações Vulneráveis , Estudos Transversais , Insegurança AlimentarRESUMO
Resumo O estudo objetivou investigar a prevalência de insegurança alimentar no contexto da COVID-19 e sua associação com o programa de transferência de renda Auxílio Emergencial e o recebimento de doação de alimentos na população em vulnerabilidade social. Estudo transversal, realizado com famílias em vulnerabilidade social, oito meses após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil. Foram incluídas 903 famílias, residentes em 22 aglomerados subnormais de Maceió, em Alagoas. Avaliaram-se características sociodemográficas e foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. A associação da insegurança alimentar com as variáveis estudadas foi realizada por meio de regressão de Poisson com estimativa robusta das variâncias, considerando α = 5%. Do total da amostra, 71,1% estavma em insegurança alimentar, situação que se associou com o recebimento de doação de alimentos (RP = 1,14, IC95%: 1,02; 1,27) e ser beneficiário do Auxílio Emergencial (RP = 1,23, IC95%: 1,01; 1,49). Os resultados mostram que a população em vulnerabilidade social foi fortemente afetada pela insegurança alimentar. Em contrapartida, essa população foi beneficiada por ações que foram implementadas no início da pandemia.
Abstract The scope of this study was to investigate the prevalence of food insecurity in the context of COVID-19 and its association with the emergency aid income-transfer program and the collecting of food donations by the population in a situation of social vulnerability. A cross-sectional study was carried out with socially vulnerable families eight months after confirming the first case of COVID-19 in Brazil. A total of 903 families, living in 22 underprivileged communities of Maceió, in the state of Alagoas, were included. Sociodemographic characteristics were evaluated, and the Brazilian Food Insecurity Scale was applied. The association of food insecurity with the variables studied was performed using Poisson regression with robust variance estimation, considering α = 5%. Of the total sample, 71.1% were food insecure, a situation associated with receiving food donations (PR = 1.14; 95%CI: 1.02; 1.27) and being a beneficiary of emergency aid (PR =1.23; 95%CI: 1.01; 1.49). The results show that the population in a situation of social vulnerability was strongly affected by food insecurity. On the other hand, the population group in question benefited from actions implemented at the outset of the pandemic.