Autorreatividade humoral a peptídeos da miosina cardíaca e proteína de choque térmico 60: estudo sequencial em pacientes transplantados cardíacos e indivíduos sadios / HUMORAL AUTOREACTIVITY TO PEPTIDES FROM CARDIAC MYOSIN AND HEAT SHOCK PROTEIN 60: SEQUENTIAL STUDY IN HEART TRANSPLANTED PATIENTS AND HEALTHY SUBJECTS
A resposta imune dirigida a autoantígenos pode contribuir para a patogênese das doenças autoimunes. Porém, também é discutido o papel imunorregulador da autoimunidade em processos inflamatórios e na rejeição do aloenxerto. Nós pesquisamos os autoanticorposIgG e IgM reativos a peptídeos da miosina cardíaca (MC) e da proteína de choque térmico 60 (Hsp60) no soro de indivíduos sadios (IS, n=30; 3 momentos com intervalos de 6 meses) e indivíduos transplantados cardíacos (Tx, n=65, > 2 amostras/indivíduo, de diferentes períodos Tx pré-Tx, T1 5 anos), por ensaio imunoenzimático (ELISA). Todos os sujeitos do estudo tiveram anticorposIgG ou IgM que reconheceram pelo menos um dos peptídeos avaliados. Os anticorposIgG de indivíduos Tx reconheceram mais peptídeos do que dos IS, para a MC (12,2 ± 8,5, intervalo 132 peptídeos versus 5,2 ± 3,0, intervalo 0-14; p<0,0001), e para a Hsp60 (6,0 ± 4,4, intervalo 0-18 versus 3,9 ± 3,0, intervalo 0-12; p=0,0208). A frequência de indivíduos positivos para os anticorposIgG foi maior no grupo Tx do que nos sadio (p<0,05), com reatividade para a maioria dos peptídeos da MC e da Hsp60. Em contraste, a frequência de indivíduos positivos para os anticorposIgM foi maior no grupo de IS do que no Tx (p<0,05), principalmente para a reatividade dirigida aos peptídeos da MC...