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Caracterização funcional de proteínas hipotéticas de Leptospira interrogans como adesinas e potenciais antígenos vacinais e para diagnóstico / Functional characterization of hypothetical proteins in Leptospira interrogans as adhesins and potential vaccine and diagnostic antigens

Ferreira, Fabiana Lauretti.
São Paulo; s.n; s.n; 2022. 143 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1416818
Leptospira spp. constitui um grupo de bactérias espiroquetas gram-negativas englobando espécies saprofíticas, intermediárias e patogênicas, sendo as últimas agentes causadores da leptospirose, doença zoonótica de alcance mundial e endêmica em regiões tropicais em desenvolvimento. O crescente número de espécies identificadas de leptospiras destaca ainda mais sua diversidade genética e mecanismos de virulência únicos, muitos deles com função ainda desconhecida. Esforços para o desenvolvimento de novas vacinas com proteção cruzada e efeito duradouro revelaram possíveis candidatos vacinais que necessitam ser adequadamente validados, sendo assim, há ainda uma urgente necessidade de uma vacina universal contra a leptospirose capaz de controlar e reduzir os surtos cada vez mais frequentes da doença. Adesinas são importantes fatores de virulência em diversos patógenos, constituindo antígenos promissores para o desenvolvimento de vacinas contra a leptospirose, assim como para o desenvolvimento de métodos diagnósticos mais rápidos e precisos. Previamente, foram identificadas três proteínas hipotéticas conservadas em L. interrogans pela técnica de phage display, denominadas arbitrariamente como LepA069, LepA962 e LepA388. A expressão do gene codificador da proteína LepA069 apresentou aumento de aproximadamente 70 % em animais infectados por leptospiras virulentas, representando a primeira evidência funcional desta proteína ainda desconhecida. Porções recombinantes da lipoproteína hipotética LepA962 (LepA962_Nt e LepA962_Phg) foram obtidos, sendo demonstrada a forte interação da proteína LepA962_Phg, contendo a sequência identificada por phage display, com laminina, fibronectina plasmática, colágeno I e fibrinogênio de maneira dose-dependente. Adicionalmente, LepA962_Phg apresentou ligação às células VERO e à sua matriz extracelular secretada, e o soro obtido a partir desta proteína recombinante foi capaz de se ligar à superfície de leptospiras virulentas, indicando que LepA962_Phg pode representar um importante domínio de interação entre as leptospiras e seu hospedeiro. Finalmente, a proteína LepA388 pertencente a uma extensa família de proteínas modificadoras de virulência com função desconhecida (DUF_61), presente apenas nas leptospiras patogênicas mais virulentas, apresentou aumento na expressão de seu gene codificador em animais infectados por leptospiras virulentas de acordo com dados na literatura. Além disso, porções recombinantes da região Nterminal desta proteína apresentaram ligação a laminina, colágenos I e IV, vitronectina e fibronectinas plasmática e celular, principalmente considerando a sequência identificada por phage display. Estes dados reforçam as predições de modelos tridimensionais da proteína LepA388 e de outros membros da família DUF_61, as quais identificam domínios semelhantes a toxinas (como abrina e CARDS) responsáveis pela ligação e internalização celulares nos hospedeiros. Dados recentes sugerem um possível papel citotóxico desempenhado pelas proteínas desta família em leptospiras, as quais podem também ser consideradas potenciais candidatas vacinais e para diagnóstico da leptospirose, devido à sua distribuição restrita em espécies e cepas patogênicas de importância para saúde humana.
Biblioteca responsável: BR40.1
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