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Inquérito soroepidemiológico do sarampo e rubéola nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil, 2016 a 2018

Moraes, Marluce Matos de; Jesus, Iracina Maura de; Mascarenhas, Joana D'Arc Pereira; Matos, Haroldo José de; Miranda, Esther Castello Branco Mello; Morais, Lena Líllian Canto de Sá; Nunes, Heloisa Marceliano; Rodrigues, Sueli Guerreiro.
MORAES, Marluce Matos de.Inquérito soroepidemiológico do sarampo e rubéola nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil, 2016 a 2018. 161 f. Tese (Doutorado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2020.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-4491
O Sarampo e a Rubéola são doenças infecciosas virais exantemáticas, extremamente contagiosas, transmitidas pelas vias respiratórias, de quadro clínico semelhante, podendo evoluir com graves complicações. Ambas são de distribuição universal, a prevenção ocorre por vacinação, não existindo tratamento específico. O objetivo do estudo foi avaliar o estado imunitário de adolescentes e adultos jovens em relação aos anticorpos específicos de sarampo e rubéola, identificando os indivíduos suscetíveis, entre 2016 a 2018, nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil. Trata-se de estudo transversal, por conglomerados em 2.220 indivíduos, sendo 1.109 de Belém e 1.111 de Ananindeua, nas faixas etárias de 15 a 39 anos, procedentes de escolas, faculdades/universidades, instituto de pesquisa em saúde e quartéis. As informações dos participantes foram coletadas mediante questionário epidemiológico e digitalizadas utilizando o software Epi-Info™ v7.0. O teste binomial utilizado para a análise foi de duas proporções por meio do programa BioEstat v5.0, nível de significância p<0,05. A detecção de anticorpos IgG humanos, contra o vírus do sarampo e rubéola, no soro sanguíneo, foi realizado utilizando kit baseado no método de ELISA. Foram considerados suscetíveis ao sarampo e a rubéola, os indivíduos com títulos não reativos e inconclusivos. Os resultados mostraram que a suscetibilidade para o sarampo tanto em Belém como em Ananindeua, concentrou-se na faixa etária de 15 a 19 anos com 22,4% e 21%, respectivamente. O mesmo ocorreu em relação à rubéola, onde os adolescentes entre 15 a 19 anos apresentaram 11,3% e 14,6% respectivamente. Em ambos os municípios, todas as faixas etárias apresentaram percentuais de suscetibilidade significantes para o sarampo, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (≤5%). Em relação à rubéola, as faixas etárias consideradas vulneráveis foram de 15 a 29 anos e o sexo masculino apresentou maior suscetibilidade. Em relação ao tipo de vacina recebida foi significativa a diferença na soropositividade, tendo a vacina tríplice viral (SCR) os maiores percentuais, assim como a comparação das informações entre autorreferidos e comprovados por vacinação. Quanto ao número de doses, não houve significância na soropositividade entre os que referiram uma dose em relação a duas ou mais doses da vacina contra o sarampo e rubéola. Foi detectado um declínio dos níveis de anticorpos ao longo do tempo (20 anos) após a última vacinação tanto em relação aos títulos de anticorpos para o sarampo como para a rubéola. ConcluUI-se que, existem grupos de suscetíveis formando bolsões de vulneráveis, em ambos os municípios, apontando a necessidade do fortalecimento nas estratégias de vacinação e tomada de decisões por parte do Estado e o monitoramento das fronteiras, pois a imigração de estrangeiros não vacinados e a baixa cobertura vacinal do País, tem causado surtos de sarampo no Brasil nos últimos três anos, ocasionando a perda da certificação da eliminação do sarampo e ameaça da reintrodução do vírus da rubéola ao Brasil.