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Estudo epidemiológico da violência no município de Ananindeua/Pará

Paiva, Thayse Reis; Botelho, Eliã Pinheiro; Enk, Martin Johannes; Guimarães, Ricardo José de Paula Souza e; Lima, Marcelo de Oliveira; Santos, Lourdes Maria Garcez dos; Santos, Walter Souza.
PAIVA, Thayse Reis. Estudo epidemiológico da violência no município de Ananindeua/Pará. 2022. 84 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia e Vigilância em Saúde) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2022. Disponível em: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6945.
Monografia em Português | Instituto Evandro Chagas (DSpace) | ID: ied-6945
A violência é um fenômeno complexo e multifatorial. No Brasil, os espaços urbanos são marcados por desigualdades socioespaciais, que desencadeiam violência e criminalidade. A pesquisa teve como objetivo analisar a ocorrência da violência no município de Ananindeua e relacioná-la às características socioepidemiológicas da população. Trata-se de um estudo ecológico, abrangendo a linha de pesquisa Epidemiologia e Vigilância em Saúde. A população do estudo será composta de todos os casos novos de violência interpessoal/autoprovocada ocorridos no município, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2010 a 2019. Através do banco de dados, foram analisados 936 casos de violência em Ananindeua; foi realizada a análise descritiva das variáveis do perfil socioepidemiológico da vítima e do(a) agressor(a) e características da violência. A sazonalidade da violência, por meses, foi realizada de maneira quantitativa. Foi realizada a análise da tendência temporal dos casos de violência em Ananindeua através do software Joinpoint para verificar se houve uma Mudança Percentual Anual significativa dos casos notificados. Para análise estatística foi utilizada a Taxa de Incidência dos casos de violência por ano e por bairro; e no software BioEstat, foi utilizado o método do Qui-Quadrado e o Teste G, adotando p-valor ≤ 0,05. De acordo com os resultados, a variação da tendência temporal dos casos de violência não foi significativa, no qual, entre 2010 a 2016, houve um aumento dos casos em 5,74% ao ano; e, entre 2016 e 2019, houve uma queda de casos em 22,43% ao ano. Foi identificado um aumento dos casos nos meses de outubro a maio. O perfil das vítimas foi adolescente, do sexo feminino, da cor parda e ensino fundamental incompleto; por outro lado, os adultos (25 a 59 anos) e do sexo masculino definiram o perfil do provável autor das violências. De uma maneira geral, as violências sexual e física predominaram entre as notificações, sendo o estupro o tipo de violência sexual mais recorrente; o principal meio de agressão foi a ameaça e a força corporal praticada principalmente por amigos/conhecidos. O bairro do Distrito Industrial obteve a maior Taxa de Incidência de violência e o bairro do Coqueiro possuiu mais números absolutos de ocorrências, tanto na residência quanto em via pública. Foram constatadas relações de dependência positivas entre os tipos de violência e a variável sexo, faixa etária e escolaridade, enquanto que a cor não obteve tal relação. Esse estudo concluiu que as desigualdades socioespaciais, geradas pela urbanização desorganizada existente em Ananindeua, são fatores relacionados à violência local. Dessa maneira, os dados encontrados servem como direcionamento para o planejamento estratégico de ações intersetoriais de combate à violência