O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é inquestionavelmente a colagenose que oferece o maior desafio ao obstetra, podendo ocasionar alterações materno-fetais importantes. Muitas, senão todas as manifestações clínicas do LES, são causadas devido a presença de imunocomplexos circulantes ou devido à reação de auto-anticorpos direcionados contra os antígenos fixados nas paredes dos vasos. Devido à influência do LES sobre o período gestacional e pela possível e discordante ação da gravidez sobre o LES, é importante conhecer a conduta assistencial para as pacientes lúpicas na gestação. Objetivou-se nesta revisão, enfatizar os aspectos relacionados com a fertilidade, sua evolução no curso da gestação e puerpério, o comprometimento materno e fetal, e a conduta assistencial consensualmente adotada em casos de gravidez associada ao Lúpus