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No presente estudo foram isoladas, e caracterizadas, 114 cepas de Leishmania de pacientes com diferentes manifestações clínicas de leishmaniose, de diferentes regiões do Estado da Bahia. Todas as cepas foram classificadas em 3 sub-espécies Leishmania donovani (chagasi) (n=35), Leishmania braziliensis braziliensis (n=39) e Leishmania mexicana amazonensis (n=40). Em alguns municípios foram isolados parasitas pertencentes a diferentes sub-espécies, porém não foi isolado mais de um tipo de parasita do mesmo paciente. Todas as cepas foram tipadas com painéis de anticorpos monoclonais, específicos para diversas espécies e sub-espécies de Leishmania, das Américas e do Velho Mundo. As determinações do zimodema e do esquizodema confirmaram, em todos os casos nos quais foram realizados, a tipagem obtida com o painel de anticorpos monoclonais. Os parasitas da mesma sub-espécie, a despeito da região de isolamento, foram homogêneos tanto no padrão de reatividade com os anticorpos monoclonais (determinação do serodema), quanto nas isoenzimas (zimodema) ou no perfil dos fragmentos de restrição do DNA cinetoplastico (esquizodema). Na amazônia a L. m. amazonensis é considerada um parasita de roedores, o qual somente de forma ocasional infecta o homem. Nossos dados mostram uma alta percentagem de casos humano nos quais foi isolada a L. m. amazonensis; e que este parasita está associado a diferentes formas clínicas da doença, incluindo a forma cutânea (n=20), mucocutânea (n=5), e mesmo as formas visceral (n=11) e a leishmaniose dérmica pós-calazar (n=4). O principal agente da leishmaniose visceral foi a L. donovani (chagasi), isolada de 35 dos 46 casos analisados. Não houve qualquer distinção aparente entre os quadros clínicos de leishmanisoe visceral causada pela L. donovani (chagasi) ou pela L. m. amazonensis. A L. b. brazilensis foi isolada de 29 casos de leishmaniose cutânea e 8 casos de leishmaniose cutâneo-mucosa. Esta sub-espécie foi também isolada de 2 linfonodos aumentados de volume, em dois pacientes sem qualquer envolvimento tegumentar ou manifestação de leishmaniose visceral. A leishmaniose muco-cutânea causadas pela L. b. braziliensis ou pela L. M. amazonensis foram similares clinicamente. Exceto pela observação de que nos casos com múltiplas lesões (acima de 5) o isolamento de L. M. amazonensis ocorreu com maior freqüência. Não houve qualquer diferença no padrão histo-patológico das lesões causadas pelas duas sub-espécies de parasitas. A distribuição das sub-populações linfocitárias no infiltrado inflamatório das lesões foi semelhante a despeito do tipo de parasita isolado...