Uma epizootia, duas notícias: a febre amarela como epidemia e como não epidemia / One epizooty, two media coverages: yellow fever as epidemic and as non-epidemic
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em Pt
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| ID: arc-19702
RESUMO
Ciclicamente afetado por epizootias de febre amarela silvestre, nos últimos nove anos o Brasil registrou a midiatização de dois desses episódios, com consequências distintas no cotidiano da saúde pública, em particular, e da população, de modo geral. No primeiro, em 2008, a intensa cobertura jornalística provocou um transbordamento da rede de sentidos da epizootia da sua dimensão epidemiológica para a dimensão cotidiana, o que acabou por configurar a doença como um objeto específico e independente que se instalou no cotidiano como uma epidemia midiática de febre amarela. Diferentemente, em 2017, a narrativa jornalística centrada na objetividade da informação factual, com grande ancoragem no discurso perito, manteve o fenômeno circunscrito à forma silvestre. Uma análise comparativa das notícias publicadas nos dois períodos permitiu observar que as diferenças no uso de repertórios e o enquadramento dos textos determinaram a produção do sentido epidêmico em 2008 e não epidêmico em 2017.
Saúde pública; Febre amarela; Comunicação e saúde; Jornalismo; Práticas discursivas; Produção de sentidos no cotidiano; Public health; Yellow fever; Communication and health; Journalism; Discursive practices; Production of meanings in daily life; Salud pública; Fiebre amarilla; Comunicación y salud; El periodismo; Prácticas discursivas; La producción de sentidos en el cotidiano
Texto completo:
1
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ARCA
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2017
Tipo de documento:
Article