Não convencional
em Português
| Arca: Repositório institucional da Fiocruz | ID: arc-38234
Intervenções realizadas nos anos de 2016 e 2017 nos municípios de Vila Velha e Vitória, ES. Espetáculo de narração de histórias "Retrato de Mulher" como prática inovadora para o enfrentamento da violência de gênero. Relatar a experiência vivida pela autora a partir do espetáculo de narração de histórias "Retrato de Mulher" que trata do tema violência de gênero e sua interface com outros campos do conhecimento incluindo a saúde. O cenário de estudo delimitado foram os encontros realizados em diversas instituições, com acesso a vários níveis sociais. O espetáculo partiu de uma abordagem interdisciplinar envolvendo profissionais de áreas distintas (artes musicais, educação física, história e teatro). Tendo como base o texto de Maria Lúcia de Barros Mott e a arte de narrar, as quatro mulheres partiram para a pesquisa de canções, movimentos e contos que complementassem o texto criando um dispositivo potente de agenciamento. O espetáculo/intervenção "Retrato de Mulher, trouxe à cena variados aspectos do universo feminino revelando, além de preconceitos e estigmas, potencialidades de transformação dos olhares. Durante a apresentação do espetáculo, emergiram questões relacionadas ao respeito e promoção das perspectivas do sujeito, da subjetividade e da autonomia. Muitas dessas manifestações permitiram que as histórias de vida das mulheres pudessem ser recontadas e resignificadas. As histórias permitiram que as pessoas partilhassem os sentimentos e impressões oriundos de desenhos, músicas e poemas, e revelaram as representações individuais e coletivas sobre a mulher em situação de violência. Com essa experiência foi possível perceber que as histórias no grupo podem ser importantes dispositivos de potencialização fomentando a participação social e política. As histórias produzem transformações e oferecem alternativas de enfrentamento da violência. A narrativa, bem como outros dispositivos artísticos, pode vir a ser uma potente ferramenta para qualificar a atuação profissional em questões de gênero contribuindo para que os aspectos afetivos e cognitivos possam ser considerados na construção de uma práxis que requer, sobretudo mudança de paradigma de assistência, com potencial para promover um cuidado de atenção integral á saúde de mulheres em situação de violência.