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Polimorfismo da apolipoproteína E e sua associação com incapacidade funcional em idosos: Projeto Bambuí
Megale, Rodrigo Zunzarren.
Afiliação
  • Megale, Rodrigo Zunzarren; Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil..
Thesis em Pt | ARCA | ID: arc-9928
RESUMO
Vários estudos tem demonstrado o papel da genética no envelhecimento mas ainda não se sabe como os genes influenciam esse processo, sendo possível o envolvimento de vários genes, cada um deles com apenas um modesto efeito. Entre os genes potencialmente relacionados ao. envelhecimento mais estudados, destaca-se o gene da apolipoproteína E. Além de participar do transporte de lipídeos, essa apolipoproteína tem papel importante na aterosclerose, no reparo e manutenção de células do sistema nervoso central e na inflamação. Inúmeros estudos tem associado o alelo ε4 da apoE a doenças comuns em idosos como a doença arterial coronariana, o acidente vascular encefálico e a doença de Alzheimer. Mais recentemente, o gene da apolipoproteína E também tem sido considerado um gene da vulnerabilidade já que portadores de ε4 apresentam um pior prognóstico em várias outras condições clínicas como traumatismo craniano, doença arterial periférica e diabetes. Idosos mais vulneráveis tendem a acumular mais incapacidades com o. envelhecimento e, se o gene da apolipoproteína E for realmente um gene ligado a vulnerabilidade, é possível imaginar que existam variações genótipo-dependentes no desempenho funcional dos idosos.. Para avaliar a associação do genótipo da apolipoproteína E com incapacidade funcional e com um fenótipo de "envelhecimento bem sucedido" 1408 idosos incluídos na linha de base do Projeto Bambuí foram submetidos a genotipagem da apolipoproteína E e constituíram a amostra desse estudo. Os participantes responderam a um questionário para avaliação da funcionalidade e foram classificados de acordo com a presença ou ausência de incapacidades em atividades relacionadas à. AVDs, AIVDs e mobilidade. Um subgrupo de idosos que não apresentavam nenhuma dificuldade nas tarefas avaliadas foram considerados idosos com "envelhecimento bem sucedido". A associação do genótipo da apolipoproteína E e os fenótipos descritos foi avaliada pela regressão logística múltipla, considerando as possíveis variáveis de confusão.. Não houve diferenças significativas em relação a presença de incapacidades em AVDs e AIVDs e o genótipo da apoE mas a presença do alelo ε4 foi associado a uma menor frequência de comprometimento na mobilidade, tanto quando comparado ao grupo ε3ε3 (OR=0,71; IC95%=0,50-. 1,00), quando comparado aos idosos sem a presença do alelo ε4 (OR=0,69; IC95%=0,49-0,97). A presença do alelo ε4 também foi associada ao envelhecimento bem sucedido, aumentando a chance. de um envelhecimento livre de incapacidades em cerca de 40% (OR=1,41; IC95%=1,02-1,94).. Em Bambuí a presença do alelo ε4 esteve relacionada a um melhor desempenho funcional em idosos em relação às tarefas de mobilidade, ressaltando a importância de estudos sobre a associação desse genótipo com a funcionalidade de idosos em diferentes populações..
Palavras-chave
Texto completo: 1 Base de dados: ARCA Idioma: Pt Ano de publicação: 2014 Tipo de documento: Thesis
Texto completo: 1 Base de dados: ARCA Idioma: Pt Ano de publicação: 2014 Tipo de documento: Thesis