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Vozes de adolescentes grávidas: contribuição à educação médica, segundo o extrato narrativo de uma coorte de Puérperas / Voices of pregnant adolescents: a contribution to medical education, according to the narrative statement of a cohort of puerperae

Moraes, Maurício; Ceccim, Ricardo Burg.
Saúde Redes ; 3(4): 367-388, out.-dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS-Express | ID: biblio-1051290
Trata-se de artigo resultante de uma pesquisa com adolescentes grávidas, uma amostra de 136 meninas, dentre 540 de uma coorte acompanhada ao sul do Brasil. Busca contribuir à educação médica, colocando os termos da "atenção" e da "educação para a atenção", sob os desígnios da "integralidade e humanização". O objetivo foi trazer as "vozes" das adolescentes grávidas, sem representação, mas expressão. Sem uma "figura" à realidade, mas o acesso à "real" realidade (viva, não representada). A metodologia foi qualitativa, com base em questionário e temas geradores. Foram coletados dados de perfil da população (organizados em uma tabela de "perfil quantitativo") e manifestações verbais (mantidas intactas em um quadro de "expressão original"). Uma distinção importante do convencional é que o artigo se orienta pelo "encontro terapêutico", não pela prevenção da gravidez, tampouco por políticas para a saúde de adolescentes e nem pela orientação à gestão da clínica/redes de atenção. Reconhece nas produções em conjunto de docentes e estudantes em medicina, enfermagem ou psicologia a mesma abordagem a gravidez na adolescência como indesejável (desde um ponto de vista da saúde pública e desde um ponto de vista que a trata como obviamente indesejada pela adolescente, com sugestões de educação e prevenção, acompanhada da queixa de falta de políticas e da necessidade de compartilhar conhecimento adequado). Em discrepância dessa linha de pensamento, o artigo explora abordagens ampliadas. Na conclusão, desafia à troca de sentidos e à partilha de significados no encontro terapêutico para que diga respeito às "singulares meninas grávidas". Meninas na consulta médica são reais, não números, já estão grávidas, não há o que prevenir, e já estão na cena do cuidado, requerem atenção com ligação e afinidade. Desafia ­ na atenção e na educação para a atenção ­ tanto habilidades e capacidades, quanto condições de composição cognitiva para atender/tratar/cuidar com alteridade, envolvimento e "intensa amizade". O artigo revela um componente de "informação populacional" (a amostra) e outro de "sentidos para o encontro" (a noção de voz). A cena da atenção é singular e é real, a educação para a atenção precisa dessa inclusão (subjetiva e objetiva). O artigo polariza "gestão da clínica ou epidemiologia", que somente passam como "informação", e as "vozes" daquelas a quem se vai tratar/atender/cuidar e que devem passar ao corpo do terapeuta/cuidador como acolhimento/guarida.
Biblioteca responsável: BR1973.9