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Padrões de comportamentos de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis na população adulta e infantil do Brasil / Patterns of risk and protective behaviors for chronic non-communicable diseases in the adult and child population of Brazil

Carvalho, Rumão Batista Nunes de.
São Paulo; s.n; 2020. 135 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1147562

Introdução:

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública e causam milhões de óbitos no mundo todos os anos. Frequentemente observadas entre adultos, essas doenças podem iniciar ainda na adolescência ou na infância, ou estão relacionados aos comportamentos adquiridos em fases iniciais da vida. Em geral, a avaliação dos fatores de risco e de proteção associados às DCNT é realizada de forma isolada, no entanto, sabe-se que o comportamento é multideterminado e uma avaliação individual de cada fator pode não refletir o risco real dos indivíduos.

Objetivo:

Analisar padrões comportamentais de fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis na população adulta e infantil no Brasil.

Métodos:

Estudo transversal, de base populacional domiciliar, que utiliza dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. A coleta de dados ocorreu no período de agosto de 2013 a fevereiro de 2014, em uma amostra representativa da população brasileira de moradores com 18 anos ou mais de idade e de crianças menores de dois anos. Um total de 60.202 adultos e de 3.646 crianças entre seis e 23 meses de idade foi avaliado. Foram utilizadas informações sobre alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de álcool, características sociodemográficas e de utilização de serviços de saúde. Em ambos os grupos, foi realizada análise fatorial por componentes principais para identificar os padrões comportamentais, sendo que nas crianças foram avaliados padrões alimentares, e nos adultos foram estudados padrões a partir de uma lista de fatores de risco e proteção para DCNT (alimentação, atividade física, consumo de álcool e tabagismo). A associação entre os padrões encontrados e as características de cada grupo etário foi avaliada usando modelos de regressão linear.

Resultados:

Em crianças, dois padrões alimentares foram observados, onde o primeiro foi caracterizado pelo consumo de alimentos in natura ou minimamente processado e o segundo marcado somente pelo consumo de alimentos ultraprocessados. De forma geral, características como raça/cor, renda familiar per capita, área de residência, região do País e utilização de serviços de saúde podem determinar a maior adesão ao tipo de padrão alimentar da criança. Em adultos, foram identificados dois padrões comportamentais um "padrão de proteção", caracterizado por marcadores de uma alimentação saudável e prática recomendada de atividade física durante o tempo de lazer, e um "padrão de risco" formado pelo consumo de alimentos não saudáveis, ingestão abusiva de bebidas alcoólicas e tabagismo. A adesão ao padrão de proteção esteve associada às mulheres, brancas, mais velhas, com maior escolaridade, economicamente ativas e que residiam nas zonas urbanas do país. O padrão de risco se associou com homens, mais jovens e economicamente ativos das zonas urbanas do país.

Conclusão:

Padrões comportamentais opostos, determinados por fatores saudáveis e não saudáveis, foram identificados em dois grupos etários da população brasileira e apresentaram diferenças segundo as características sociodemográficas e de utilização de serviços de saúde. Espera-se que esses achados contribuam para melhor direcionar a promoção da saúde e a prevenção de DCNT nesses grupos.
Biblioteca responsável: BR67.1