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Alterações dentárias em crianças com microcefalia associada à Síndrome Congênita do Zika Vírus e outras infecções congênitas / Dental changes in children with microcephaly associated with Congenital Zika Virus Syndrome and other congenital infections

Gomes, Patrícia Nóbrega.
Natal, RN; s.n; 2019. 88 p. tab.
Tese em Português | LILACS, BBO - odontologia (Brasil) | ID: biblio-1537524
As consequências da microcefalia associada à Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ) e outras infecções congênitas no desenvolvimento dentário da criança afetada ainda não são bem conhecidas. Os objetivos deste estudo foram avaliar a frequência de alterações dentárias em crianças com microcefalia, analisar se há associação das alterações dentárias com a SCZ e verificar se a microcefalia é fator de risco para as alterações dentárias. Para isso, foram realizados dois estudos observacionais transversais e um estudo do tipo caso-controle. Um único examinador calibrado (Kappa > 0,8) avaliou a presença de alterações dentárias de número, forma e tamanho, alterações na cronologia e sequência de irrupção dentária e alterações no desenvolvimento do esmalte dentário em crianças com microcefalia, associada à SCZ e outras infecções congênitas, e em crianças normoreativas. Informações relacionadas à gestação da mãe e ao nascimento da criança foram coletadas e um questionário socioeconômico foi aplicado. Os dados foram avaliados descritivamente e, como testes de associação, foram utilizados o teste do Qui-quadrado e Exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5% (estudos 2 e 3). A amostra do primeiro estudo foi composta por 49 crianças entre 7 e 35 meses de idade apresentando microcefalia associada à SCZ. As alterações mais prevalentes foram as relacionadas à cronologia de irrupção (93,9%; IC95%= 89­99%), às alterações no desenvolvimento do esmalte dentário (76,1%; IC95%= 64­88%) e sequência de irrupção dentária (71,7%; IC95%= 60­84%). No segundo estudo, 62 crianças, com idade entre 7 e 35 meses, portadoras de microcefalia associada à SCZ e outras infecções congênitas compuseram a amostra. Não houve associação estatisticamente significativa entre a SCZ e a presença de alteração na cronologia (p = 1,00) e sequência de irrupção dentária (p = 0,16) e de desenvolvimento do esmalte dentário (p = 1,00). No estudo de caso-controle, 81 crianças entre 30 e 35 meses de idade, normoreativas e portadoras de microcefalia, fizeram parte da amostra, a qual, após identificadas as frequências de cada uma das alterações dentárias, foi emparelhada pelo sexo e idade, na proporção 11, e alocadas nos grupos caso (presença de alterações dentárias) e controle (ausência de alterações dentárias). A presença de microcefalia mostrou-se estatisticamente associada ao atraso na irrupção dentária (p < 0,001), à presença de alterações na sequência de irrupção dentária (p < 0,001) e de defeitos no esmalte dentário (p < 0,001). Concluiu-se que as crianças com microcefalia associada à SCZ apresentaram atraso na irrupção dentária, alterações na sequência irruptiva e opacidade do esmalte dos dentes decíduos, no entanto, a infecção pelo vírus Zika não foi associada à ocorrência dessas alterações dentárias. A microcefalia, independente de sua etiologia, é fator de risco para alterações relacionadas ao processo de irrupção dentária e ao desenvolvimento do esmalte dos dentes decíduos (AU).
Biblioteca responsável: BR1264.1