O objetivo deste
trabalho foi analisar a
oferta de
procedimentos da linha de
cuidado do
câncer do colo do útero no
Brasil e o percurso assistencial de
mulheres que apresentaram alterações no
rastreamento do
câncer do colo do útero no
estado de São Paulo, com ênfase nos tempos até a
investigação diagnóstica e o primeiro
tratamento . O estudo foi realizado em duas etapas na primeira avaliou-se dados agregados disponíveis publicamente nos sistemas de informações do
Sistema Único de Saúde (SUS) e, com base nas
diretrizes nacionais vigentes, estimou-se a necessidade de
procedimentos para rastrear e seguir
mulheres na
faixa etária alvo do
rastreamento . Calculou-se o déficit ou excesso de
procedimentos realizados no
SUS em 2015 nas grandes regiões do
país . Na segunda etapa realizou-se um estudo de seguimento, com dados secundários registrados nos sistemas de informações do
SUS do
estado de São Paulo, no período de 2010 a 2013. A coorte foi composta por
mulheres a partir de 25 anos, residentes em São Paulo, que tiveram
lesão de alto grau ou mais grave em exame de
rastreamento registrado no Sistema de Informações do
Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) em 2010. O seguimento foi verificado pelo relacionamento probabilístico entre
bases de dados dos sistemas que registram
procedimentos de
investigação diagnóstica (SISCOLO e Sistema de Informações Ambulatoriais do
SUS SIA),
tratamento de
lesões precursoras ou
câncer (SIA e
Sistema de Informações Hospitalares do SUS SIH) e óbitos (
Sistema de Informações sobre Mortalidade ). Os tempos medianos entre o
rastreamento e a
investigação diagnóstica e entre o
diagnóstico e o
tratamento de
lesões precursoras ou
câncer do colo do útero foram calculados pelo
método Kaplan-Meier . O
modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para analisar fatores associados aos
menores intervalos de
tempo (AU)