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Entendimentos, práticas e contextos sociopolíticos do uso de medicamentos entre os Kaingáng (Terra indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil) / Understandings, practices and sociopolitical contexts of the uses of medications among Kaingáng (Indigenous Earth Xapecó, Santa Catarina, Brazil)

Diehl, Eliana Elisabeth.
Rio de Janeiro; s.n; 2001. 230 p. ilus, mapas, tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-300709
Os medicamentos säo possivelmente a tecnologia biomédica mais difundida no mundo, sendo demandados e utilizados pelas mais diversas populaçöes. Questöes que envolvem o uso e os entendimentos que os índios Kaingáng da Terra Indígena Xapecó, Santa Catarina, têm a respeito dos medicamentos. Para o desenvolvimento da pesquisa (realizada de setembro de 1999 a fevereiro de 2000), utilizou-se a perspectiva da antropologia médica, em especial da antropologia farmacêutica, que é uma abordagem voltada para o estudo de medicamentos em contextos locais, analisando essa tecnologia como um fenômeno cultural e social e näo somente como pertencente aos domínios da farmacologia e bioquímica. Através de métodos antropológicos e epidemiológicos, buscou-se levantar dados sobre os diferentes setores que fazem parte dos sistemas de saúde atuantes entre os Kaingáng. Além disso, procurou-se examinar o tema à luz da recém implantada política de assistência à saúde para os povos indígenas, baseada no modelo diferenciado de atençäo e nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). A precariedade em que vive a maioria da populaçäo da aldeia Sede caracteriza-se por moradias inadequadas e pela falta de sistema de esgoto e de abastecimento de água, bem como de um tratamento adequado ao lixo. As doenças infecto-parasitárias nas crianças de 0 a 14 anos foram o principal motivo de consulta na "Enfermaria" da aldeia Sede. A análise das prescriçöes médicas, da dispensaçäo sem receita pelos atendentes/auxiliares de enfermagem e da "farmácia caseira" os medicamentos encontrados nos domicílios Kaingáng revelou que alguns grupos terapêuticos se sobressaem, entre eles os antibacterianos, os analgésicos näo opióides, os antiparasitários, os ansiolíticos e os anticonvulsivantes. A pluralidade de opçöes terapêuticas disponíveis aos Kaingáng permite a busca de diferentes recursos de cuidado, cujo comportamento é influenciado pela maneira como os sistemas e setores de saúde estäo organizados e interagindo, bem como pelos conhecimentos, crenças, valores e práticas específicos a esse grupo indígena. Os dados desse trabalho confirmam que näo há uma medicina essencial, independente da história de interaçäo entre diferentes culturas. Pensar a questäo dos medicamentos no modelo diferenciado de atençäo à saúde indígena permanece um desafio a ser superado.
Biblioteca responsável: BR526.1
Localização: BR526.1; 980.41, D559e