Com a criação da SGTES em 2003, a
Gestão do
Trabalho se transforma em
política de
Estado e a
Gestão da
Educação é introduzida com o objetivo de transformar a rede pública de
saúde em uma rede de
ensino -
aprendizagem . Essas inovações na forma de conceber a
gestão do
trabalho e da
educação na
saúde , propostas por esta Secretaria, ainda apresenta-se como um grande desafio de implementação na esfera municipal. A
política de
gestão da
educação na
saúde apresenta-se como um fenômeno complexo, cuja
análise do seu processo de implementação tem sido pouco abordado pelas
pesquisas acadêmicas. A Secretaria Municipal de
Saúde de
Recife vem, desde 2001, promovendo mudanças na
gestão de seus
trabalhadores , através da reformulação do seu organograma; da
descentralização administrativa da
gestão dos
recursos humanos para os
Distritos Sanitários e da estruturação da Diretoria Geral de
Gestão do
Trabalho . Essa estrutura em seus departamentos, em muito se assemelham a estrutura que foi proposta pela SGTES para
Gestão do
Trabalho e da
Educação na
Saúde . Diante do exposto, o objetivo dessa
pesquisa foi analisar a implementação da
política de
gestão da
educação no município de
Recife . O percurso metodológico selecionado como o mais adequado para responder aos
objetivos foi o
estudo de caso com o apoio do referencial teórico da
análise de
políticas públicas em saúde . Foram utilizados dados primários provenientes de entrevistas semi-estruturadas e secundários provenientes da
análise documental . A
população foi composta por diretores e ex-diretores da Diretoria Geral e Gerências Operacionais da
Gestão do
Trabalho e da
Educação na
Saúde do município de
Recife -
PE . Pode se constatar que o município de
Recife tem avançado na implementação da
Política de
Gestão da
Educação desde a reformulação do seu organograma, até o
investimento na parceria com as
instituições de ensino superior e a
conformação dos
serviços de saúde como campo de formação, e também na
instituição de espaços de
gestão colegiada. Contudo, o conteúdo propositivo da
política ainda não foi internalizado pela
gestão descentralizada, exigindo
investimento na qualificação desses gestores.