RESUMO
O objetivo do trabalho foi identificar e quantificar o formaldeído presente em formulações comerciais de alisamento capilar, sendo abordada a aplicação da cosmetovigilância a partir de ensaios organolépticos/ físico-químicos e análise dos rótulos. Oito formulações comerciais de marcas distintas foram submetidas à análise por espectrofotometria, baseado na reação entre formaldeído e ácido cromotrópico na presença de sulfato de magnésio, produzindo um complexo que permite identificar e quantificar a presença da substância ativa. As amostras A1, A3, A5 e A8 apresentaram uma concentração de formaldeído variando de 1,5 a 3,83% (p/v), o que corresponde a concentrações 7,5; 16,45; 7,9 e 19,15 vezes acima do permitido pela ANVISA, apresentando odor forte característico dessa substância ativa. Destas amostras, A3 e A5 não indicaram a presença de formaldeído no rótulo, além de ignorarem as informações de advertência e restrições de uso. Foi verificado ainda, a ausência do número de registro concedido pela ANVISA para a amostra A5, o que pode ser indício de produto clandestino. Quanto às características organolépticas e físico-químicas somente a amostra A2 apresentou resultados de viscosidade e centrifugação diferentes das demais. Diante desses resultados, conclui-se que 50% dos produtos analisados foram reprovados devido à presença de formaldeído fora da concentração permitida, ficando evidente a importância da implantação do sistema de cosmetovigilância para garantir a qualidade final dos produtos cosméticos, tendo em vista principalmente, a segurança e eficácia desses produtos.(AU)
This study aimed to identify and quantify the formaldehyde present in commercial formulations of hair straightening, being addressed the application of cosmetovigilance from organoleptic/physical- chemical tests and analysis of labels. Eight commercial formulations of different brands were analyzed by spectrophotometry, based on the reaction between formaldehyde and chromotropic acid in the presence of magnesium sulfate, producing a complex that allows to identify and quantify the presence of the active substance. The samples A1, A3, A5 and A8 presented a formaldehyde concentration ranging from 1.5 to 3.83% (w / v), which corresponds to concentrations 7.5, 16.45, 7.9 and 19.15 times higher than allowed by ANVISA, presenting strong odor characteristic of this active substance. These samples, A3 and A5 did not indicate the presence of formaldehyde on the label, in addition to ignoring the warning information and restrictions. Was further verified, the absence of registration number issued by ANVISA for sample A5, which may indicate clandestine product. Concerning the organoleptic and physico-chemical characteristics only sample A2 presented results of different viscosity and centrifugation of the others. Given these results, it is concluded that 50% of the analyzed products were failed, due to the presence of formaldehyde outside the permitted concentration, evidencing the importance of implementation the system cosmetovigilance to ensure the final quality of cosmetic products, in view of primarily, the safety and efficacy of these products.(AU)