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Acta Paul. Enferm. (Online) ; 34: eAPE002205, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS, BDENF - enfermagem (Brasil) | ID: biblio-1349803

RESUMO

Resumo Objetivo Determinar a relação entre vulvovaginite pré-natal e laceração perineal relacionada ao parto. Método Estudo transversal analítico com 100 puérperas ≥18 anos de idade que deram à luz por parto normal a um bebê único, vivo, a termo, em apresentação cefálica, em um centro de parto liderado por enfermeiras obstetras. Os dados foram coletados a partir da ficha de pré-natal e nascimento e por entrevista estruturada dos participantes. A distribuição das variáveis contínuas e categóricas de acordo com a ruptura perineal foi comparada com o teste t de Student, qui-quadrado e teste exato de Fisher. Para as variáveis significativamente associadas à ruptura perineal, foi estimado o Odds Ratio com modelos de regressão logística. Modelos de regressão múltipla foram ajustados para avaliar o efeito independente das variáveis. A significância estatística foi considerada com p<0,05. Resultado A média de idade das participantes foi de 23,1 anos, 16% dos trabalhos de parto foram induzidos com misoprostol, em 54% dos trabalhos de parto houve infusão de ocitocina sintética, 83% dos partos foram em posição de litotomia, 98% de manobra hands-on, 75% de laceração perineal, 54% de vulvovaginite pré-natal, média de peso ao nascer, circunferência cefálica e torácica dos recém-nascidos: 3,102g, 33,3cm e 32,2cm, respectivamente. Vulvovaginite pré-natal (p=0,005), peso ao nascer do recém-nascido (p=0,006) e perímetro cefálico (0,027) tiveram associação com a ruptura perineal. A análise múltipla mostrou que mulheres com vulvovaginite pré-natal tiveram uma chance de 4,6 (IC 95%: 1,712-14,125; p=0,004) de sustentar laceração perineal em comparação com aquelas sem vulvovaginite, independentemente do peso do recém-nascido (OR:1,182, IC 95%: 1,002-1,415; p=0,056) e do perímetro cefálico(OR: 1,160, IC 95%: 0,721-1892; p=0,544). Não houve associação entre o tratamento de vulvovaginite pré-natal e laceração perineal (p>0,999) ou vulvovaginite pré-natal e gravidade da laceração perineal (OR:1,061, IC 95%: 0,383-3,069; p=0,911). Conclusão Este estudo demonstrou associação entre laceração perineal no parto e vulvovaginite pré-natal. É necessário prevenir e tratar a vulvovaginite pré-natal e oferecer cuidados perineais adequados durante o parto às mulheres que tiveram vulvovaginite na gestação.


Resumen Objetivo Determinar la relación entre vulvovaginitis prenatal y desgarro perineal relacionado con el parto. Método Estudio transversal analítico con 100 puérperas de ≥18 años de edad que dieron a luz por parto vaginal a un bebé único, vivo, a término, en presentación cefálica, en un centro de parto liderado por enfermeras obstetras. Los datos se recopilaron a partir de la ficha de atención prenatal y nacimiento y mediante encuesta estructurada de las participantes. La distribución de las variables continuas y categóricas de acuerdo con la ruptura perineal fue comparada con el test-T de Student, la prueba χ2 de Pearson y la prueba exacta de Fisher. Para las variables significativamente asociadas a la ruptura perineal, se estimó el Odds Ratio con modelos de regresión logística. Se adaptaron los modelos de regresión múltiple para evaluar el efecto independiente de las variables. La significación estadística fue considerada con p<0,05. Resultado El promedio de edad de las participantes fue de 23,1 años, el 16 % de los trabajos de parto fueron inducidos con misoprostol, en el 54 % de los trabajos de parto hubo infusión de oxitocina sintética, el 83 % de los partos fueron en posición de litotomía, el 98 % de maniobra hands-on, el 75 % de desgarro perineal, el 54 % de vulvovaginitis prenatal, el promedio de peso al nacer de 3,102 g, de circunferencia cefálica de 33,3 cm y de circunferencia torácica de 32,2 cm de los recién nacidos. La vulvovaginitis prenatal (p=0,005), el peso al nacer del recién nacido (p=0,006) y el perímetro cefálico (0,027) tuvieron relación con la ruptura perineal. El análisis múltiple demostró que mujeres con vulvovaginitis prenatal tuvieron una probabilidad de 4,6 (IC 95 %: 1,712-14,125; p=0,004) de tener desgarro perineal en comparación con aquellas sin vulvovaginitis, independientemente del peso del recién nacido (OR:1,182, IC 95 %: 1,002-1,415; p=0,056) y del perímetro cefálico (OR:1,160, IC 95 %: 0,721-1892; p=0,544). No se observó relación entre el tratamiento de vulvovaginitis prenatal y desgarro perineal (p>0,999) o entre la vulvovaginitis prenatal y la gravedad del desgarro perineal (OR:1,061, IC 95 %: 0,383-3,069; p=0,911). Conclusión Este estudio demostró que existe relación entre desgarro perineal en el parto y vulvovaginitis prenatal. Es necesario prevenir y tratar la vulvovaginitis prenatal y ofrecer cuidados perineales adecuados durante el parto a las mujeres que tuvieron vulvovaginitis en el embarazo.


Abstract Objective To determine the relationship between antenatal vulvovaginitis and birth-related perineal tear. Methods An analytical cross-sectional study with 100 postpartum women, ≥18 years of age, who gave birth vaginally to a single, live, full-term baby in cephalic presentation at a midwife-led birth center. Data were collected from the antenatal and birth record and by structured interview of participants. Distribution of continuous and categorical variables according to perineal tear were compared by using the Student's T-test, Chi-square and Fisher Exact tests. For variables significantly associated with perineal tear, the Odds Ratio with logistic regression models was estimated. Multiple regression models were adjusted to evaluate the independent effect of variables. Statistical significance was considered at a level p<0.05. Results mean of participants' age 23.1 years, 16% labor induced with misoprostol, 54% synthetic oxytocin infusion in labor, 83% lithotomy birth position, 98% "hands on" maneuver, 75% perineal tear, 54% antenatal vulvovaginitis, mean of newborn birth weight, head and thoracic circumference: 3.102g, 33.3cm and 32.2cm, respectively. Antenatal vulvovaginitis (p=0.005) and newborn birth weight (p=0.006) and head circumference (0,027) were associated with perineal tear. The multiple analysis showed that women who had antenatal vulvovaginitis had a 4.6 (IC 95%:1.712-14.125; p=0.004) chance of sustaining perineal tear compared to those without vulvovaginitis, regardless of newborn birth weight (OR:1.182 IC 95%:1.002-1.415; p=0,056) and head circumference (OR:1.160 IC 95%: 0.721-1892; p=0.544). There was no association between treating antenatal vulvovaginitis and perineal tear (p>0,999) or antenatal vulvovaginitis and perineal tear severity (OR: 1.061 IC 95%: 0.383-3.069; p=0.911). Conclusion This study demonstrates an associated risk between antenatal vulvovaginitis perineal injury. It is necessary to prevent and treat antenatal vulvovaginitis, and offer proper perineal care to women who have had antenatal vulvovaginitis during childbirth.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Períneo/lesões , Cuidado Pré-Natal , Vulvovaginite , Lacerações , Parto Normal , Estudos Transversais
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