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Rev. Bras. Cancerol. (Online) ; 68(3)Jul-Set. 2022.
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS (Brasil) | ID: biblio-1412219

RESUMO

Introdução: O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais incidente em homens, representando 29% dos diagnósticos da doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Esse câncer é suspeito em alterações do toque retal e/ ou do nível sérico do antígeno prostático específico (PSA) total, sendo o diagnóstico definitivo feito por estudo histopatológico. Objetivo: Verificar a associação entre parâmetros clínicos e anatomopatológicos após prostatectomia radical com recidiva bioquímica ao longo do seguimento. Método: Estudo retrospectivo observacional dos parâmetros clínicos (idade, PSA inicial, toque retal, classificação histopatológica da International Society of Urological Pathology (ISUP), escala de D'Amico e estádio clínico) e anatomopatológicos (grau ISUP da peça cirúrgica, margens cirúrgicas, extensão extracapsular tumoral e presença de linfonodos acometidos), de 177 pacientes submetidos à prostatectomia radical em serviço de uro-oncologia de junho/2010-maio/2018. Resultados: A recidiva bioquímica ocorreu em 44,1% dos casos no tempo de seguimento médio de 34,9 meses. A análise univariada demonstrou PSA inicial >9 ng/mL, toque retal alterado, classificação patológica ISUP 4 e 5, risco D'Amico alto e estágio clínico TNM T3 como fatores diretamente associados à recidiva bioquímica. As margens cirúrgicas foram positivas em 46,3%; em 47,7%, identificou-se extensão extraprostática tumoral. Linfonodos positivos em 10,9% e vesículas seminais comprometidas ocorreram em 21,8%. Conclusão: Fatores clínico-patológicos podem ser preditores de recidiva bioquímica. Nesses casos, foi identificado padrão clínico pré-tratamento supostamente mais agressivo em comparação à literatura em geral. Além disso, deve-se considerar a curva de aprendizado dos cirurgiões em formação no serviço, o que pode resultar em maiores taxas de margens cirúrgicas positivas


Introduction: Prostate cancer is the most common cancer in men representing 29% of diagnoses of the disease in Brazil according to the National Cancer Institute José Alencar Gomes da Silva (INCA). If digital rectal examination presents alterations and/or altered serum level of prostate-specific antigen (PSA) total is detected, there is suspicion of prostate cancer, but the definitive diagnosis occurs only with histopathological study. Objective: To correlate clinical and pathological parameters after radical prostatectomy with biochemical recurrence during follow-up. Method: Retrospective observational study of clinical parameters (age, initial PSA, digital rectal examination, histopathological classification of the International Society of Urological Pathology (ISUP), D'Amico scale and clinical stage) and pathological (ISUP degree of the surgical specimen, surgical margins, extracapsular tumor extension and presence of positive lymph nodes) of 177 patients who underwent radical prostatectomy in an uro-oncology service from June 2010 to May 2018. Results: Biochemical recurrence occurred in 44.1% of the cases within a mean follow-up time of 34.9 months. Univariate analysis showed that baseline PSA>9 ng/mL, altered rectal examination, pathological ISUP classification 4 and 5, high D'Amico risk, and clinical TNM stage T3 are risk factors for biochemical recurrence. Surgical margins were positive in 46.3%, and in 47.7% extracapsular extension was identified. Positive lymph nodes were detected in 10.9% and positive seminal vesicles occurred in 21.8%. Conclusion: Clinical and pathological factors can be predictors of biochemical recurrence. In these cases, it was identified a more aggressive clinical pattern than the literature in general. In addition, it should be considered the learning curve of surgeons in training at the service, which can result in higher rates of positive surgical margins


Introducción: El cáncer de próstata es lo más incidente en hombres representando 29% de los diagnósticos de enfermedades en Brasil según Instituto Nacional del Cáncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), se sospecha en tacto rectal y/o en el nivel de análisis del antígeno prostático específico (PSA) total alterado, y el diagnóstico definitivo se realiza mediante el estudio histopatológico. Objetivo: Correlacionar los parámetros clínicos y patológicos después de la prostatectomía radical con la recurrencia bioquímica a lo largo del seguimiento. Método: Estudio observacional retrospectivo de parámetros clínicos (edad, PSA inicial, tacto rectal, clasificación histopatológica de la International Society of Urological Pathology (ISUP), escala D'Amico y estadio clínico) y patológicos (grado ISUP de la muestra quirúrgica, márgenes quirúrgicos, extensión capsular tumoral extra y ganglios linfáticos positivos) de 177 pacientes sometidos a prostatectomía radical en servicio de uro-oncología de junio/2010-mayo/2018. Resultados: La recurrencia bioquímica ocurrió en el 44,1% de los casos en un tiempo de seguimiento promedio de 34,9 meses. El análisis univariado demostró que el PSA inicial >9 ng/mL, alteración del tacto rectal, clasificación patológica ISUP 4 y 5, alto riesgo de D'Amico y estadificación TNM clínico T3 como factores de riesgo para recurrencia bioquímica. Los márgenes quirúrgicos fueron positivos en el 46,3%, y en el 47,7% se identificó una extensión extra capsular adicional. Los ganglios linfáticos positivos fueron detectados en 10,9% y las vesículas seminales positivas ocurrieron en el 21,8%. Conclusión: Los factores clínicos y patológicos pueden ser predictores de recurrencia bioquímica. En estos casos, fue identificado un patrón más agresivo que la literatura en general. Además, se debe considerar la curva de aprendizaje de los cirujanos en formación en el servicio, lo que puede resultar en mayores tasas de márgenes quirúrgicos positivos


Assuntos
Humanos , Masculino , Prostatectomia , Neoplasias da Próstata , Recidiva Local de Neoplasia
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