Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 64
Filtrar
1.
Cad Saude Publica ; 40(8): e00194523, 2024.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-39258686

RESUMO

This article analyzed the dynamics of regionalization in municipalities within hinterlands and the possible implications of gaps in care for the marketing of health. This is a multiple case study with a qualitative approach, involving 76 semi-structured interviews with municipal, regional, and state managers. The results show that, particularly in the Northern states, the regional scheme did not reflect the social dynamics of the populations and created inadequate flows and unwanted routes. The municipal political agenda often prioritized interests other than that of regionalization, and rural problems did not mobilize managers to build specific regional planning. Parliamentary amendments were essential for investment in healthcare and the managers pointed to clientelistic relationships to obtain such resources, often conditioned by political-ideological alignment. The scarcity of public services favored dependence on the private sector and the commercialization of health in different situations. The great distances and the lack of public services in municipalities in the hinterland made the local public health system offer eminently dependent on contracts with private providers who negotiated on a retail basis or via service packages. Lastly, in the wake of unmet needs and gaps in care in remote rural municipalities, players in the healthcare market ₋ companies supplying inputs, consultants, healthcare professionals, and transportation services ₋ filled the gaps in public provision, sometimes controlling prices, supply and availability of services.


Analisam-se a dinâmica da regionalização em municípios rurais remotos e as possíveis implicações dos vazios assistenciais na comercialização da saúde. Trata-se de um estudo de casos múltiplos, com abordagem qualitativa, por meio de 76 entrevistas semiestruturadas com gestores municipais, regionais e estaduais. Os resultados revelam que, particularmente nos estados da Região Norte, o desenho regional não repercutia a dinâmica social das populações e criava fluxos inadequados e rotas indesejadas. A agenda política municipal priorizava, muitas vezes, interesses díspares à regionalização e as questões da ruralidade não mobilizavam os gestores para a construção de um planejamento regional específico. Emendas parlamentares ocupavam um lugar imprescindível para o investimento em saúde e os gestores apontaram relações clientelistas para obter tais recursos, condicionada e corriqueiramente, pelo alinhamento político-ideológico. A escassez de serviços públicos favorecia a dependência do setor privado e a comercialização da saúde em diferentes situações. As grandes distâncias e a ausência de serviços públicos nas proximidades dos municípios rurais remotos tornavam a oferta do Sistema Único de Saúde (SUS) local eminentemente dependente do contrato com prestadores privados que negociavam no varejo ou por meio de pacotes de serviços. Por fim, na esteira das necessidades não atendidas e dos vazios assistenciais, nos municípios rurais remotos, agentes do mercado da saúde - empresas de fornecimento de insumos, consultorias, profissionais de saúde e serviços de transporte - ocupavam as brechas da provisão pública, algumas vezes controlando preços, oferta e disponibilidade dos serviços.


Se analizan las dinámicas de la regionalización en municipios rurales remotos y las posibles implicaciones de las brechas de la atención en la comercialización de la salud. Se trata de un estudio de caso múltiple, con enfoque cualitativo, que realizó 76 entrevistas semiestructuradas a los gestores del municipio, de la región y del estado. Los resultados mostraron que, principalmente en los estados de la Región Norte, el diseño regional no reflejó la dinámica social de las poblaciones y creó flujos inadecuados y rutas indeseables. La agenda política municipal frecuentemente priorizó intereses dispares a la regionalización y los temas de ruralidad no movilizaron a los gestores para construir una planificación regional específica. Las enmiendas parlamentarias fueron esenciales para invertir en sanidad, y los gestores señalaron las relaciones clientelares para obtener estos recursos, muchas veces condicionadas por el alineamiento político-ideológico. La escasez de servicios públicos favoreció la dependencia del sector privado y la comercialización de la salud en diferentes situaciones. Las grandes distancias y la falta de servicios públicos en las cercanías de municipios rurales remotos hicieron que la oferta del Sistema Único de Salud local dependiera eminentemente del contrato con proveedores privados que negociaban al por menor o mediante paquetes de servicios. Finalmente, ante las necesidades no cumplidas y las brechas de atención, en los municipios rurales remotos, los agentes del mercado de la salud (empresas proveedoras de insumos, consultorías, profesionales de la salud y servicios de transporte) ocuparon las brechas en la prestación pública mediante muchas veces el control de los precios, de la oferta y de la disponibilidad de los servicios.


Assuntos
Serviços de Saúde Rural , Humanos , Brasil , População Rural , Marketing de Serviços de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Pesquisa Qualitativa , Regionalização da Saúde/organização & administração
2.
BMC Prim Care ; 25(1): 319, 2024 Aug 30.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-39215232

RESUMO

Health care challenges in remote rural municipalities (RRMs) emphasize the importance of primary health care (PHC) and require an expanded scope of practice. Doctors are key actors in this context. The aim of this study was to explore the level of integration of doctors in RRMs and working practices. We conducted a qualitative study involving semi-structured interviews with 46 PHC doctors working in 27 RRMs in Brazil. Content analysis was performed, resulting in the identification of categories of analysis grouped under three core dimensions: doctor training and experience; comprehensive care and timely access; and the community-based approach. Doctors working in RRMs were mainly recent graduates with limited experience who had undertaken their degree outside Brazil, and care was focused on the individual. The findings also revealed weak sociocultural adaptation and a harsh working environment and issues related to social status that reinforced prejudice against rurality and poverty. Practice was limited in scope and care tended to be oriented towards acute problems, disease-centered and focused on the biomedical model of medicine. Barriers to the delivery of comprehensive care include both structural constraints, such as poor facilities and centralization of services in administrative centers, and the lack of professional competencies necessary for PHC in these areas. The findings point to the need to promote an expanded scope of practice in PHC delivery in RRMs, with major public investment in the promotion of training and strengthening career pathways in these areas.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Pesquisa Qualitativa , Serviços de Saúde Rural , Humanos , Brasil , Serviços de Saúde Rural/organização & administração , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde/organização & administração , Adulto , Médicos de Atenção Primária/educação , Pessoa de Meia-Idade , Acessibilidade aos Serviços de Saúde/organização & administração , Entrevistas como Assunto
3.
Cad Saude Publica ; 40(6): e00170723, 2024.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-39082570

RESUMO

During the COVID-19 pandemic, populations living further away from urban centers faced immense difficulties accessing health services. This study aims to analyze how Brazilian remote rural municipalities faced the COVID-19 pandemic based on their political, structural, and organizational response to access to healthcare. A qualitative study of multiple cases was conducted with thematic and deductive content analysis of 51 interviews conducted with managers and healthcare professionals in 16 remote rural municipalities in the states of Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais, and Amazonas. With their socio-spatial dynamics and long distances to reference centers, the remote rural municipalities responded to the demands of the pandemic but did not have their needs met promptly. They preserved communication with the population, reorganized the local system centered on primary health care (PHC), and changed the functioning of healthcare units, exceeding the limits of their responsibilities to provide the necessary care and awaiting referral to other levels of complexity. They faced a shortage of services, gaps in assistance in the regional network, and inadequate healthcare transport. The pandemic reiterated PHC's difficulties in coordinating care, exposing care gaps in reference regions. The equitable and resolute provision of the local health system in the remote rural municipalities implies inter-federative articulation in formulating and implementing public policies to ensure the right to health.


Na pandemia de COVID-19, as populações que vivem mais afastadas dos centros urbanos enfrentaram imensas dificuldades no acesso aos serviços de saúde. O objetivo deste estudo é analisar como os municípios rurais remotos brasileiros enfrentaram a pandemia de COVID-19, tendo como base sua resposta política, estrutural e organizativa ao acesso à saúde. Trata-se de estudo qualitativo de casos múltiplos com a análise de conteúdo temática e dedutiva de 51 entrevistas conduzidas com gestores e profissionais de saúde em 16 municípios rurais remotos dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais e Amazonas. Com dinâmicas socioespaciais próprias, grandes distâncias até os centros de referência, os municípios rurais remotos responderam às demandas da pandemia, mas não tiveram suas necessidades atendidas oportunamente. Preservaram a comunicação com a população, reorganizaram o sistema local centrado na atenção primária à saúde (APS), alteraram o funcionamento das unidades de saúde, ultrapassando os limites de suas atribuições para prestar o cuidado necessário e aguardar o encaminhamento aos demais níveis de complexidade. Enfrentaram a escassez de serviços, as lacunas assistenciais da rede regional e o transporte sanitário inadequado. A pandemia reiterou as dificuldades da APS em coordenar o cuidado e expôs os vazios assistenciais nas regiões de referência. A provisão equitativa e resolutiva do sistema local de saúde nos municípios rurais remotos implica na articulação interfederativa à formulação e implementação de políticas públicas de modo a assegurar o direito à saúde.


En la pandemia de COVID-19, las poblaciones que viven más alejadas de los centros urbanos enfrentaron inmensas dificultades para acceder a los servicios de salud. El objetivo de este estudio es analizar cómo los municipios rurales remotos de Brasil enfrentaron la pandemia de COVID-19, a partir de su respuesta política, estructural y organizativa al acceso a la salud. Se realizó el estudio cualitativo de casos múltiple con el análisis de contenido temático y deductivo de 51 entrevistas realizadas con gestores y profesionales de la salud en 16 municipios rurales remotos de los estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais y Amazonas. Con dinámicas socioespaciales propias y alejados de los centros de referencia, los municipios rurales remotos respondieron a las demandas de la pandemia, pero no se atendieron sus necesidades de manera oportuna. Preservaron la comunicación con la población, reorganizaron el sistema local centrado en la atención primaria de salud (APS), modificaron el funcionamiento de las unidades de salud, superando los límites de sus atribuciones para proporcionar la atención necesaria, y esperar la derivación a los demás niveles de complejidad. Enfrentaron la falta de servicios, las lagunas asistenciales de la red regional y el transporte sanitario inadecuado. La pandemia reafirmó las dificultades de la APS para coordinar la atención y expuso las lagunas asistenciales en las regiones de referencia. La provisión equitativa y resolutiva del sistema de salud local en los municipios rurales remotos implica en la articulación interfederativa para elaborar e implementar políticas públicas para asegurar el derecho a la salud.


Assuntos
COVID-19 , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Pandemias , Pesquisa Qualitativa , Serviços de Saúde Rural , COVID-19/epidemiologia , Humanos , Brasil/epidemiologia , Acessibilidade aos Serviços de Saúde/organização & administração , Serviços de Saúde Rural/organização & administração , Atenção Primária à Saúde/organização & administração , População Rural , SARS-CoV-2 , Atenção à Saúde/organização & administração
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(6): e00170723, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564238

RESUMO

Resumo: Na pandemia de COVID-19, as populações que vivem mais afastadas dos centros urbanos enfrentaram imensas dificuldades no acesso aos serviços de saúde. O objetivo deste estudo é analisar como os municípios rurais remotos brasileiros enfrentaram a pandemia de COVID-19, tendo como base sua resposta política, estrutural e organizativa ao acesso à saúde. Trata-se de estudo qualitativo de casos múltiplos com a análise de conteúdo temática e dedutiva de 51 entrevistas conduzidas com gestores e profissionais de saúde em 16 municípios rurais remotos dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais e Amazonas. Com dinâmicas socioespaciais próprias, grandes distâncias até os centros de referência, os municípios rurais remotos responderam às demandas da pandemia, mas não tiveram suas necessidades atendidas oportunamente. Preservaram a comunicação com a população, reorganizaram o sistema local centrado na atenção primária à saúde (APS), alteraram o funcionamento das unidades de saúde, ultrapassando os limites de suas atribuições para prestar o cuidado necessário e aguardar o encaminhamento aos demais níveis de complexidade. Enfrentaram a escassez de serviços, as lacunas assistenciais da rede regional e o transporte sanitário inadequado. A pandemia reiterou as dificuldades da APS em coordenar o cuidado e expôs os vazios assistenciais nas regiões de referência. A provisão equitativa e resolutiva do sistema local de saúde nos municípios rurais remotos implica na articulação interfederativa à formulação e implementação de políticas públicas de modo a assegurar o direito à saúde.


Abstract: During the COVID-19 pandemic, populations living further away from urban centers faced immense difficulties accessing health services. This study aims to analyze how Brazilian remote rural municipalities faced the COVID-19 pandemic based on their political, structural, and organizational response to access to healthcare. A qualitative study of multiple cases was conducted with thematic and deductive content analysis of 51 interviews conducted with managers and healthcare professionals in 16 remote rural municipalities in the states of Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais, and Amazonas. With their socio-spatial dynamics and long distances to reference centers, the remote rural municipalities responded to the demands of the pandemic but did not have their needs met promptly. They preserved communication with the population, reorganized the local system centered on primary health care (PHC), and changed the functioning of healthcare units, exceeding the limits of their responsibilities to provide the necessary care and awaiting referral to other levels of complexity. They faced a shortage of services, gaps in assistance in the regional network, and inadequate healthcare transport. The pandemic reiterated PHC's difficulties in coordinating care, exposing care gaps in reference regions. The equitable and resolute provision of the local health system in the remote rural municipalities implies inter-federative articulation in formulating and implementing public policies to ensure the right to health.


Resumen: En la pandemia de COVID-19, las poblaciones que viven más alejadas de los centros urbanos enfrentaron inmensas dificultades para acceder a los servicios de salud. El objetivo de este estudio es analizar cómo los municipios rurales remotos de Brasil enfrentaron la pandemia de COVID-19, a partir de su respuesta política, estructural y organizativa al acceso a la salud. Se realizó el estudio cualitativo de casos múltiple con el análisis de contenido temático y deductivo de 51 entrevistas realizadas con gestores y profesionales de la salud en 16 municipios rurales remotos de los estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais y Amazonas. Con dinámicas socioespaciales propias y alejados de los centros de referencia, los municipios rurales remotos respondieron a las demandas de la pandemia, pero no se atendieron sus necesidades de manera oportuna. Preservaron la comunicación con la población, reorganizaron el sistema local centrado en la atención primaria de salud (APS), modificaron el funcionamiento de las unidades de salud, superando los límites de sus atribuciones para proporcionar la atención necesaria, y esperar la derivación a los demás niveles de complejidad. Enfrentaron la falta de servicios, las lagunas asistenciales de la red regional y el transporte sanitario inadecuado. La pandemia reafirmó las dificultades de la APS para coordinar la atención y expuso las lagunas asistenciales en las regiones de referencia. La provisión equitativa y resolutiva del sistema de salud local en los municipios rurales remotos implica en la articulación interfederativa para elaborar e implementar políticas públicas para asegurar el derecho a la salud.

5.
Saúde debate ; 47(139): 858-877, out.-dez. 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1522969

RESUMO

RESUMO O artigo objetiva identificar especificidades e estratégias da organização da Atenção Primária à Saúde (APS) em Municípios Rurais Remotos (MRR) do Oeste do Pará frente às singularidades do contexto amazônico. Realizou-se estudo de casos múltiplos em cinco municípios por meio de entrevistas com gestores municipais, enfermeiros e médicos de Equipes de Saúde da Família. As dimensões de análise foram a territorialização, escopo de práticas e organização da agenda, colaboração interprofissional, iniciativas de atração e fixação profissional e uso de tecnologias de informação e comunicação. O trabalho da APS nos MRR, principalmente no interior, organiza-se prioritariamente em atendimentos, procedimentos individuais e imunização. Enfermeiros, técnicos de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do interior possuem escopo de ações ampliado, muitas vezes, por ausência de médicos. Além do impacto positivo do Programa Mais Médicos, destacam-se estratégias locais de atendimentos itinerantes e sobreaviso para urgência. A territorialização, central na discussão de territórios sustentáveis e saudáveis, deve ser dinâmica e exige arranjos diferenciados, com adequação do número de famílias por ACS e por equipes. Estratégias específicas para organizar uma APS integral e integrada à Rede de Atenção à Saúde, financiamento federal suficiente e diferenciado e formação profissional direcionada ao rural são necessárias para garantir acesso e qualidade dos serviços a todos os cidadãos.


ABSTRACT The article aims to identify specificities and strategies for the organization of Primary Health Care (PHC) in Remote Rural Municipalities (MRR) in western Pará in the face of singularities in the Amazonian. Multiple case study in five municipalities, with interviews: municipal managers, nurses and physicians from the Family Health Teams. The analysis dimensions were: territorialization, scope of practices and agenda organization, interprofessional collaboration, professional attraction and retention initiatives and use of information and communication technologies. The work of the PHC in the MRR, mainly in the countryside, is organized primarily around care, individual procedures and immunization. Nurses, nursing technicians and Community Health Agents (CHA) from the countryside have an expanded scope of action, often due to the absence of physicians. In addition to the positive impact of the Mais Médicos Program, local strategies for itinerant care and on-call for emergencies stand out. Territorialization, central to the discussion of sustainable and healthy territories, must be dynamic and require different arrangements, adjusting the number of families per CHA/teams. Specific strategies to organize a comprehensive PHC integrated into the Health Care Network, sufficient and differentiated federal funding and professional training aimed at rural areas, are necessary to guarantee access and quality of services to all citizens.

6.
Cad Saude Publica ; 39(1): e00163722, 2023.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-36753095

RESUMO

This single-case study aimed to evaluate access the geographic accessibility and availability of primary health care (PHC) in a remote rural municipality in Amazonas Stater, Brazil, to control systemic arterial hypertension. A thematic analysis was conducted to interpret the content of 11 semi-structured interviews with municipal managers, PHC professionals, and hypertensive healthcare users. Geographical accessibility is associated with river mobility, transportation availability, users' financial travelling condition, and the presence of services near riverine communities, whereas availability to diagnose and monitor hypertensive patients depend on the presence of healthcare providers, medications, and equipment and the integration of PHC with the local health care network. Although access to health is more complex than our research goals, the evaluated dimensions show weaknesses which are exacerbated by a context marked by socio-spatial disparities and absent public policies, compromising the guarantee of individuals' right to health.


Estudo de caso único com objetivo de compreender o acesso à atenção primária à saúde (APS) em relação à acessibilidade geográfica e disponibilidade em um município rural remoto do Amazonas, Brasil, para o cuidado à saúde voltado ao controle da hipertensão arterial sistêmica. Realizou-se a análise temática como método de interpretação do conteúdo das 11 entrevistas semiestruturadas realizadas com gestores municipais, profissionais da APS e usuários hipertensos. A acessibilidade geográfica está condicionada à mobilidade fluvial, disponibilidade de transporte, condição financeira dos usuários para deslocamento e presença dos serviços nas comunidades ribeirinhas. Na disponibilidade, a existência de profissionais de saúde, medicamentos, equipamentos e a integração da APS com a Rede de Atenção à Saúde refletem na oportunidade de diagnóstico e acompanhamento dos hipertensos. Não obstante o acesso à saúde seja mais complexo, as dimensões avaliadas mostram fragilidades exacerbadas pelo contexto marcado por disparidades socioespaciais e ausência de políticas públicas, comprometendo a garantia do direito à saúde.


Este es un estudio de caso único con el objetivo de comprender el acceso a la atención primaria de salud (APS) en cuanto a la accesibilidad geográfica y la disponibilidad de asistencia en salud dirigida al control de la hipertensión arterial sistémica en un municipio rural lejano de Amazonas, Brasil. Se realizó un análisis temático para interpretar el contenido de 11 entrevistas semiestructuradas, realizadas con gestores municipales, profesionales de la APS y usuarios hipertensos. La accesibilidad geográfica estuvo condicionada por la movilidad fluvial, la disponibilidad de transporte, la condición económica de los usuarios para el desplazamiento y la presencia de servicios en las comunidades ribereñas. En términos de disponibilidad, la existencia de profesionales de salud, medicamentos, equipos y la integración de la APS con la Red de Atención de Salud reflejan la oportunidad para el diagnóstico y seguimiento de los pacientes hipertensos. A pesar de ser complejo el acceso a la salud, las dimensiones evaluadas muestran graves debilidades en un contexto marcado por disparidades socioespaciales y la ausencia de políticas públicas, lo que compromete la garantía del derecho a la salud.


Assuntos
Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Atenção Primária à Saúde , Humanos , Atenção Primária à Saúde/métodos , Brasil , População Rural , Meios de Transporte
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(1): e00163722, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421012

RESUMO

Estudo de caso único com objetivo de compreender o acesso à atenção primária à saúde (APS) em relação à acessibilidade geográfica e disponibilidade em um município rural remoto do Amazonas, Brasil, para o cuidado à saúde voltado ao controle da hipertensão arterial sistêmica. Realizou-se a análise temática como método de interpretação do conteúdo das 11 entrevistas semiestruturadas realizadas com gestores municipais, profissionais da APS e usuários hipertensos. A acessibilidade geográfica está condicionada à mobilidade fluvial, disponibilidade de transporte, condição financeira dos usuários para deslocamento e presença dos serviços nas comunidades ribeirinhas. Na disponibilidade, a existência de profissionais de saúde, medicamentos, equipamentos e a integração da APS com a Rede de Atenção à Saúde refletem na oportunidade de diagnóstico e acompanhamento dos hipertensos. Não obstante o acesso à saúde seja mais complexo, as dimensões avaliadas mostram fragilidades exacerbadas pelo contexto marcado por disparidades socioespaciais e ausência de políticas públicas, comprometendo a garantia do direito à saúde.


This single-case study aimed to evaluate access the geographic accessibility and availability of primary health care (PHC) in a remote rural municipality in Amazonas Stater, Brazil, to control systemic arterial hypertension. A thematic analysis was conducted to interpret the content of 11 semi-structured interviews with municipal managers, PHC professionals, and hypertensive healthcare users. Geographical accessibility is associated with river mobility, transportation availability, users' financial travelling condition, and the presence of services near riverine communities, whereas availability to diagnose and monitor hypertensive patients depend on the presence of healthcare providers, medications, and equipment and the integration of PHC with the local health care network. Although access to health is more complex than our research goals, the evaluated dimensions show weaknesses which are exacerbated by a context marked by socio-spatial disparities and absent public policies, compromising the guarantee of individuals' right to health.


Este es un estudio de caso único con el objetivo de comprender el acceso a la atención primaria de salud (APS) en cuanto a la accesibilidad geográfica y la disponibilidad de asistencia en salud dirigida al control de la hipertensión arterial sistémica en un municipio rural lejano de Amazonas, Brasil. Se realizó un análisis temático para interpretar el contenido de 11 entrevistas semiestructuradas, realizadas con gestores municipales, profesionales de la APS y usuarios hipertensos. La accesibilidad geográfica estuvo condicionada por la movilidad fluvial, la disponibilidad de transporte, la condición económica de los usuarios para el desplazamiento y la presencia de servicios en las comunidades ribereñas. En términos de disponibilidad, la existencia de profesionales de salud, medicamentos, equipos y la integración de la APS con la Red de Atención de Salud reflejan la oportunidad para el diagnóstico y seguimiento de los pacientes hipertensos. A pesar de ser complejo el acceso a la salud, las dimensiones evaluadas muestran graves debilidades en un contexto marcado por disparidades socioespaciales y la ausencia de políticas públicas, lo que compromete la garantía del derecho a la salud.

8.
Saúde Soc ; 32(1): e220382pt, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1432385

RESUMO

Resumo A despeito da diversidade socioespacial, localidades rurais remotas têm em comum pequenos povoados dispersos em um vasto território, populações isoladas e longas distâncias em relação aos centros urbanos. O objetivo do estudo é analisar as especificidades da organização e do acesso à atenção primária à saúde (APS) no Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios rurais remotos (MRR) brasileiros. Para tanto, realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, com base em estudo de casos múltiplos em 27 MRR. Foi feita uma análise de conteúdo temática de 211 entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais de saúde, e uma triangulação de informações para explorar e reconhecer as formas de organização, estratégias e desafios para o acesso à saúde. Os resultados indicam que: as características dos contextos rurais remotos condicionam a provisão da APS; há diferenças nas formas de ofertar ações de saúde e maiores falhas de cobertura assistencial nas áreas mais rarefeitas e remotas dos municípios; existem contradições entre o financiamento da APS nacional e as características dos territórios marcado por rarefação populacional e longas distâncias; e a escassez da força de trabalho é um desafio comum nos municípios estudados. É necessário, portanto, considerar as características territoriais, sociais e de acesso aos serviços de saúde para a proposição de políticas públicas que atendam às necessidades dos MRR.


Abstract Despite the socio-spatial diversity, remote rural locations have in common small villages dispersed over a vast territory, isolated populations, and long distances from urban centers. The objective of the study is to analyze the specificities of the organization and access to primary health care (PHC) in the Brazilian National Health System (SUS) in remote rural municipalities (MRR). To that end a study with a qualitative approach, based on a multiple case study in 27 MRR was carried out. Thematic content analysis of 211 semi-structured interviews with managers and health professionals and a triangulation of information to explore and recognize the forms of organization, strategies, and challenges for the access to health were performed. The results indicate that: the characteristics of remote rural contexts condition the provision of PHC; there are differences in the ways of offering health actions and greater gaps in care coverage in the most rarefied and remote areas of the municipalities; there are contradictions between national PHC funding and the characteristics of territories marked by sparcely populated areas and long distances; and the shortage of the workforce is a common challenge among the cities studied. It is, thus, necessary to consider the territorial, social, and access characteristics to health services to propose public policies that meet the needs of the MRR.


Assuntos
Zona Rural , Assistência Integral à Saúde
9.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2023. 387 p. il. (algumas color.), mapas, tabs.
Monografia em Português | LILACS | ID: biblio-1561037

RESUMO

A obra busca compreender as particularidades dos contextos rurais remotos brasileiros, tendo em vista a organização e provisão da Atenção Primária à Saúde (APS), alinhada aos princípios basilares do Sistema Único de Saúde (SUS). A publicação representa o esforço do grupo de pesquisa do CNPq Pesquisas em Atenção Primária à Saúde, que se debruçou sobre a temática da saúde rural remota, muitas vezes negligenciada pelas políticas públicas e pela produção acadêmica. O livro é composto de 14 capítulos distribuídos em três partes, além da Introdução. Cada capítulo trata de temas diversos envolvidos no acesso e na organização da APS nos diferentes cenários da pesquisa e relacionados com dificuldades presentes em todos os territórios do estudo. Na Introdução, os organizadores apresentam o tema saúde em território rural remoto no Brasil e as lacunas de investigação e de definição de políticas públicas voltadas para esses territórios. É um convite à reflexão sobre os permanentes desafios para a implementação de políticas de saúde orientadas para a superação de barreiras de acesso e ampliação da equidade e do direito à saúde em localidades frequentemente invisibilizadas. Na primeira parte do livro, os quatro capítulos buscam contextualizar temas necessários à compreensão do cenário rural no Brasil, como conceitos, definições e desigualdades socioespaciais. Apresenta-se a experiência de se produzirem pesquisas em áreas de difícil acesso e o recorte metodológico adotado na pesquisa. A segunda parte do livro conta com seis capítulos que abordam temas relacionados à organização e ao acesso aos serviços de APS em territórios rurais remotos nas seis áreas definidas na pesquisa: Norte Estradas, Norte Águas, Matopiba, Norte de Minas Gerais, Semiárido e Vetor Centro-Oeste. Na terceira parte, nos três primeiros capítulos, discutem-se temas transversais relevantes para a estruturação de políticas de fortalecimento da APS em áreas rurais remotas brasileiras: força de trabalho em saúde, o trabalho de agentes comunitários de saúde e a necessária interlocução entre serviços de APS e a comunidade. O 14º capítulo realiza o fechamento da obra. A obra estimula a reflexão e instiga o interesse investigativo acerca de realidades tão singulares, pouco exploradas, por vezes invisibilizadas e não dimensionadas no financiamento, no planejamento e na execução de políticas públicas.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Saúde da População Rural , Pessoal de Saúde , Agentes Comunitários de Saúde , Desigualdades de Saúde , Política de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil
10.
BMC Health Serv Res ; 22(1): 1386, 2022 Nov 22.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36419054

RESUMO

This case study analyses the challenges to providing specialized care in Brazilian remote rural municipalities (RRM). Interviews were conducted with managers from two Brazilian states (Piauí and Bahia). We identified that the distance between municipalities is a limiting factor for access and that significant care gaps contribute to different organizational arrangements for providing and accessing specialized care. Physicians in all the RRMs offer specialized care by direct disbursement to users or sale of procedures to managers periodically, compromising municipal and household budgets. Health regions do not meet the demand for specialized care and exacerbate the need for extensive travel. RRM managers face additional challenges for the provision of specialized care regarding the financing, implementation of cooperative arrangements, and the provision of care articulated in networks to achieve comprehensive care, seeking solutions to the locoregional specificities.


Assuntos
Orçamentos , Comércio , Humanos , Cidades , Brasil , Assistência Integral à Saúde
11.
Arch Public Health ; 80(1): 241, 2022 Nov 22.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36419173

RESUMO

BACKGROUND: Ensuring adequate and safe means of travel is essential for maintaining and improving the health and well-being of residents of rural communities worldwide. This article maps costs, distances, travel times, and means of elective and urgent/emergency health transport in Brazilian remote rural municipalities. METHODS: Multiple case studies were conducted in 27 remote rural municipalities using a qualitative method. A total of 178 key informants (managers, doctors, and nurses) were interviewed. Secondary data from national information systems were analyzed for the socioeconomic characterization, to identify the costs, distances, and travel times. Through the thematic content analysis of the interviews, the means of transport, and strategies developed by managers, professionals and users for their provision were identified. RESULTS: The costs of traveling between remote rural municipalities and locations where most of specialized and hospital services are centered can compromise a significant part of the families' income. The insufficiency, restriction of days, times, and routes of health transport affects the selection of beneficiaries based on socioeconomic criteria in places of high vulnerability and less investment in road infrastructure. In remote rural municipalities, travelling to seek health care involves inter-municipal and intra-municipal flows, as their territories have dispersed populations. Several means of transport were identified - air, river, and land - which are often used in a complementary way in the same route. Some patients travel for more than 1000 km, with travel times exceeding 20 h, especially in the Amazon region. While the demands for urgent and emergency transport are partially met by national public policy, the same is not true for the elective transport of patients. The impossibility of providing health transport under the exclusive responsibility of the municipalities is identified. CONCLUSIONS: For the remote rural municipalities populations, the absence of national public policies for sufficient, continuous, and timely provision of transport for health services worsens the cycle of inequities and compromises the assumption of the universal right to health care.

12.
Rev Saude Publica ; 56: 73, 2022.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-35946673

RESUMO

OBJECTIVE: To characterize remote rural Brazilian municipalities according to their logic of insertion into socio-spatial dynamics, discussing the implications of these characteristics for health policies. METHODS: Starting from the category of analysis - the use of the territory - a typology was elaborated, with the delimitation of six clusters. The clusters were compared using socioeconomic data and the distance in minutes to the metropolis, regional capital, and sub-regional center. Mean, standard error and standard deviation of the quantitative variables were calculated, and tests on mean differences were performed. RESULTS: The six clusters identified bring together 97.2% of remote rural municipalities and were called: "Matopiba," "Norte de Minas," "Vetor Centro-Oeste," "Semiárido," "Norte Águas," and "Norte Estradas." Differences are observed between the clusters in the analyzed variables, indicating the existence of different realities. Remote rural municipalities of "Norte Águas" and "Norte Estradas" clusters are the most populous, the most extensive and are thousands of kilometers away from urban centers, while those in "Norte de Minas" and "Semiárido" clusters have smaller areas with a distance of about 200 km away from urban centers. The remote rural municipalities of the "Vetor Centro-Oeste" cluster, in turn, are distinguished by a dynamic economy, inserted into the world economic circuit due to the agribusiness. The Family Health Strategy is the predominant model in the organization of primary health care. CONCLUSION: Remote rural municipalities are distinguished by their socio-spatial characteristics and insertion into the economic logic, demanding customized health policies. The strategy of building health regions, offering specialized regional services, tends to be more effective in remote rural municipalities closer to urban centers, as long as it is articulated with the health transportation policy. The use of information technology and expansion of the scope of telehealth activities is mandatory to face distances in such scenarios. Comprehensive primary health care with a strong cultural component is key to guaranteeing the right to health for citizens residing in such regions.


Assuntos
População Rural , Telemedicina , Brasil , Cidades , Política de Saúde , Humanos
13.
Cien Saude Colet ; 27(4): 1605-1618, 2022 Apr.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35475839

RESUMO

The article analyzes singularities of the Primary Health Care (PHC) organization in rural remote municipalities (RRM) in the Amazon under the influence of rivers and discusses challenges for comprehensive care in the Unified Health System (SUS). This is a qualitative and quantitative study of multiple cases in seven RRM through the analysis of interviews with managers, visits to services and secondary data. The RRM of the fluvial Amazon are small, with a sparse, dispersed population living in conditions of social vulnerability. Long distances, rivers and transport irregularities interfere with access to PHC services. The Family Health Strategy is implemented in the municipal system, however areas without assistance coverage, unavailability of PHC services and adaptations to the Strategy imposed by the characteristics of the context remain. The challenges are related to the financing, provision and fixation of the workforce and barriers of geographic access compromise the PHC response capacity in SUS. PHC sustainability requires strategic measures, resources and actions from multiple sectors and public agents; national support policies with feasibility for local execution, so that PHC services are established and make sense in such unique spaces.


O artigo analisa singularidades da organização Atenção Primária à Saúde (APS) em municípios rurais remotos (MRR) da Amazônia sob influência dos rios e discute desafios para atenção integral no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de estudo qualitativo e quantitativo de casos múltiplos em sete MRR mediante a análise de entrevistas com gestores, visitas a serviços e dados secundários. Os MRR da Amazônia fluvial são pequenos, com população rarefeita, dispersa vivendo em condições de vulnerabilidade social. Longas distâncias, regime dos rios e irregularidade dos transportes interferem no acesso aos serviços de APS. A Estratégia Saúde da Família está implementada no sistema municipal, contudo permanecem áreas sem cobertura assistencial, indisponibilidade de serviços de APS e adaptações à Estratégia impostas pelas características do contexto. Os desafios estão relacionados ao financiamento, provisão e fixação da força de trabalho, e barreiras de acesso geográfico comprometem a capacidade de resposta da APS no SUS. A sustentabilidade da APS exige medidas estratégicas, recursos e ações de múltiplos setores e agentes públicos; políticas de suporte nacional com viabilidade para execução local, para que os serviços de APS se estabeleçam e façam sentido em espaços tão singulares.


Assuntos
Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Atenção Primária à Saúde , Assistência Integral à Saúde , Humanos , Organizações , População Rural
14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(4): 1605-1618, abr. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1374930

RESUMO

Resumo O artigo analisa singularidades da organização Atenção Primária à Saúde (APS) em municípios rurais remotos (MRR) da Amazônia sob influência dos rios e discute desafios para atenção integral no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de estudo qualitativo e quantitativo de casos múltiplos em sete MRR mediante a análise de entrevistas com gestores, visitas a serviços e dados secundários. Os MRR da Amazônia fluvial são pequenos, com população rarefeita, dispersa vivendo em condições de vulnerabilidade social. Longas distâncias, regime dos rios e irregularidade dos transportes interferem no acesso aos serviços de APS. A Estratégia Saúde da Família está implementada no sistema municipal, contudo permanecem áreas sem cobertura assistencial, indisponibilidade de serviços de APS e adaptações à Estratégia impostas pelas características do contexto. Os desafios estão relacionados ao financiamento, provisão e fixação da força de trabalho, e barreiras de acesso geográfico comprometem a capacidade de resposta da APS no SUS. A sustentabilidade da APS exige medidas estratégicas, recursos e ações de múltiplos setores e agentes públicos; políticas de suporte nacional com viabilidade para execução local, para que os serviços de APS se estabeleçam e façam sentido em espaços tão singulares.


Abstract The article analyzes singularities of the Primary Health Care (PHC) organization in rural remote municipalities (RRM) in the Amazon under the influence of rivers and discusses challenges for comprehensive care in the Unified Health System (SUS). This is a qualitative and quantitative study of multiple cases in seven RRM through the analysis of interviews with managers, visits to services and secondary data. The RRM of the fluvial Amazon are small, with a sparse, dispersed population living in conditions of social vulnerability. Long distances, rivers and transport irregularities interfere with access to PHC services. The Family Health Strategy is implemented in the municipal system, however areas without assistance coverage, unavailability of PHC services and adaptations to the Strategy imposed by the characteristics of the context remain. The challenges are related to the financing, provision and fixation of the workforce and barriers of geographic access compromise the PHC response capacity in SUS. PHC sustainability requires strategic measures, resources and actions from multiple sectors and public agents; national support policies with feasibility for local execution, so that PHC services are established and make sense in such unique spaces.

15.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 73, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO - odontologia (Brasil) | ID: biblio-1390031

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To characterize remote rural Brazilian municipalities according to their logic of insertion into socio-spatial dynamics, discussing the implications of these characteristics for health policies. METHODS Starting from the category of analysis - the use of the territory - a typology was elaborated, with the delimitation of six clusters. The clusters were compared using socioeconomic data and the distance in minutes to the metropolis, regional capital, and sub-regional center. Mean, standard error and standard deviation of the quantitative variables were calculated, and tests on mean differences were performed. RESULTS The six clusters identified bring together 97.2% of remote rural municipalities and were called: "Matopiba," "Norte de Minas," "Vetor Centro-Oeste," "Semiárido," "Norte Águas," and "Norte Estradas." Differences are observed between the clusters in the analyzed variables, indicating the existence of different realities. Remote rural municipalities of "Norte Águas" and "Norte Estradas" clusters are the most populous, the most extensive and are thousands of kilometers away from urban centers, while those in "Norte de Minas" and "Semiárido" clusters have smaller areas with a distance of about 200 km away from urban centers. The remote rural municipalities of the "Vetor Centro-Oeste" cluster, in turn, are distinguished by a dynamic economy, inserted into the world economic circuit due to the agribusiness. The Family Health Strategy is the predominant model in the organization of primary health care. CONCLUSION Remote rural municipalities are distinguished by their socio-spatial characteristics and insertion into the economic logic, demanding customized health policies. The strategy of building health regions, offering specialized regional services, tends to be more effective in remote rural municipalities closer to urban centers, as long as it is articulated with the health transportation policy. The use of information technology and expansion of the scope of telehealth activities is mandatory to face distances in such scenarios. Comprehensive primary health care with a strong cultural component is key to guaranteeing the right to health for citizens residing in such regions.


RESUMO OBJETIVO Caracterizar os municípios rurais remotos brasileiros segundo suas lógicas de inserção na dinâmica socioespacial, discutindo as implicações dessas características para as políticas de saúde. MÉTODOS Partindo da categoria de análise - o uso do território - elaborou-se uma tipologia, com delimitação de seis clusters . Os clusters foram comparados a partir de dados socioeconômicos e da distância em minutos para a metrópole, capital regional e centro sub-regional. Foram calculados a média, o erro padrão e o desvio padrão das variáveis quantitativas e realizados testes de diferenças de média. RESULTADOS Os seis clusters identificados aglutinam 97,2% dos municípios rurais remotos e foram denominados de: Matopiba; Norte de Minas; vetor Centro-Oeste; Semiárido; Norte Águas; e Norte Estradas. Observam-se diferenças entre os clusters nas variáveis analisadas, indicando a existência de distintas realidades. Os municípios rurais remotos dos clusters Norte Água e Norte Estrada são os mais populosos, mais extensos e distam milhares de quilômetros de centros urbanos, enquanto os do Norte de Minas e do Semiárido tem áreas menores com distância de cerca de 200 km. Por outro lado, os municípios rurais remotos do vetor Centro-Oeste se diferem por uma economia dinâmica, inserida no circuito econômico mundial devido à presença do agronegócio. A Estratégia de Saúde da Família é o modelo predominante na organização da atenção primária à saúde. CONCLUSÃO Os municípios rurais remotos distinguem-se em suas características socioespaciais e de inserção na lógica econômica, demandando políticas de saúde customizadas. A estratégia de construção das regiões de saúde, com oferta de serviços regionais especializados, tende a ser mais efetiva nos municípios rurais remotos mais próximos de centros urbanos, desde que articulada à política de transporte sanitário. O uso de tecnologia de informação e ampliação do escopo das atividades de telessaúde é mandatório para enfrentamento das distâncias em cenários como esse. A atenção primária à saúde integral com forte componente cultural é peça-chave para garantir o direito à saúde para os cidadãos que aí residem.


Assuntos
Saúde da População Rural , Cidades , Território Sociocultural , Modelos de Assistência à Saúde , Política de Saúde
16.
Rural Remote Health ; 21(4): 6652, 2021 12.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34872330

RESUMO

INTRODUCTION: Specialized care barriers are widespread and multifactorial, with consequences for timely access, health outcomes, and equity, especially in rural contexts. This article aims to identify and analyze arrangements for providing specialized care in the Brazilian remote rural municipalities (RRMs). METHODS: This is a multiple-case qualitative case study developed in seven RRMs located in the Brazilian semi-arid region. Twenty-two semi-structured interviews were conducted with the public health system managers, complemented by analysis of secondary data from national health information systems. Thematic content analysis was guided by the Integrated Health Service Network attributes related to the provision of specialized care. RESULTS: Socioeconomic indicators and indicators of availability and accessibility to health services express the context of greater vulnerability of RRM and their respective health regions when compared to states and the country. The analyzed cases do not come close to the RISS constitutive attributes. Various arrangements for the provision and financing of specialized care in the RRM were identified: public provision through an agreement between managers in the health region, health consortia, public provision in the municipality itself or neighboring municipalities, provision in private health services through direct purchase (out-of-pocket), and telehealth (very incipient). Such arrangements were unable to respond quantitatively and qualitatively to the demand for specialized care. Providing timely specialized care in an adequate place is not achieved, resulting in a fragmented, low-resolution model. The fragility of regionalized networks, aggravated by underfunding of the Brazilian Unified Health System, insufficient logistical support, and computerization of health services, contributes to care gaps and unacceptably long travel times for common specialized procedures, with more severe effects for people residing in the rural areas of the municipalities. CONCLUSION: Brazil's disorganization or lack of a systemic response based on regionalized health networks generates several care improvisations. The less structured the RISS, the more informal arrangements are made, with gains for the private sector to the detriment of public health system users.


Assuntos
Acessibilidade aos Serviços de Saúde , População Rural , Brasil , Cidades , Humanos , Pesquisa Qualitativa , Fatores Socioeconômicos
17.
Cad Saude Publica ; 37(11): e00255020, 2021.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-34877992

RESUMO

The study analyzes the structural characteristics of primary health care (PHC) in its contextual and organizational dimensions in remote rural municipalities (counties) in Northern Minas Gerais State, Brazil. This is a case study with a qualitative approach, using 21 semi-structured interviews with health system administrators and health care workers from the family health teams (EqSF), as well as secondary data. For the contextual dimension, the results show that socioeconomic factors in the remote rural municipalities condition the organization of PHC and leave the population vulnerable, especially in the rural areas of the remote municipalities. As for the organizational dimension, the principal characteristics are: coexistence of formal and informal assignment of the services' users, two modalities of first-contact services, namely basic health units (UBS) and 24-hour health centers; prioritization of response to the spontaneous demand; strong action by the Family Health Support Centers in the development of activities in promotion and prevention, expanded scope of practices by community health workers; partial guarantee of transportation for persons in treatment; partial computerization of the UBS with the implementation of the electronic patient record (e-SUS), telecardiology; and the More Doctors Program. The study found that remote rural municipalities are not a uniform unit, since the municipal (county) seat and the rural areas are unequal in terms of living conditions and lack specific organization, policies, and financing to guarantee access to PHC. With all the limitations, the observations show initiatives with major difficulties in maintenance and sustainability and sometimes without necessarily corresponding to the use of space and social life that define rural health itineraries.


Analisam-se as características estruturais da atenção primária à saúde (APS), em suas dimensões de contexto e organizacional, em municípios rurais remotos da Região do Norte de Minas Gerais, Brasil. É um estudo de caso com abordagem qualitativa, utilizando-se 21 entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais das equipes de saúde da família (EqSF) e dados secundários. Para a dimensão de contexto, os resultados mostram que sob os municípios rurais remotos atuam condicionantes socioeconômicos que afetam a organização da APS e vulnerabilizam a população, sobretudo as das zonas rurais dos municípios rurais remotos. Em relação à dimensão organizacional, as principais características são: coexistência de adscrição formal e informal de clientela; duas modalidades de serviços de primeiro contato (unidades básicas de saúde - UBS, e centros de saúde 24 horas); priorização do atendimento à demanda espontânea; forte atuação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família para o desenvolvimento de atividades de promoção e prevenção; escopo ampliado de práticas do agente comunitário de saúde; garantia parcial de transporte para os usuários; informatização parcial das UBS com a implantação do e-SUS; telecardiologia; e o Programa Mais Médicos. Este estudo revela que municípios rurais remotos não são uma unidade, visto que sede e zona rural são desiguais em relação às condições de vida e carecem de organização, políticas e financiamento específicos para a garantia do acesso à APS. O que se observa, com todas as limitações, são iniciativas municipais com grandes dificuldades para a manutenção e a sustentabilidade e, por vezes, sem a necessária correspondência à utilização do espaço e da vida social que definem os itinerários sanitários rurais.


Se analizan las características estructurales de la atención primaria a la salud (APS), en sus dimensiones de contexto y organizativas, en municipios rurales remotos de la Región del Norte de Minas Gerais, Brasil. Se trata de un estudio de caso con abordaje cualitativo, utilizándose 21 entrevistas semiestructuradas con gestores y profesionales de los equipos de salud de la familia (EqSF) y datos secundarios. Para la dimensión de contexto, los resultados muestran que bajo los municipios rurales remotos actúan condicionantes socioeconómicos que afectan la organización de la APS y vulnerabilizan a la población, sobre todo a la de las zonas rurales de los municipios rurales remotos. En relación con la dimensión organizativa, las principales características son: coexistencia de adscripción formal e informal de pacientes; de dos modalidades de servicios de primer contacto (unidades básicas de salud - UBS, y centros de salud 24 horas); priorización de la atención a la demanda espontánea; fuerte actuación del Núcleo de Apoyo a la Salud de la Familia para el desarrollo de actividades de promoción y prevención; alcance ampliado de prácticas del Agente Comunitario de Salud; garantía parcial de transporte para los usuarios; informatización parcial de las UBS con implantación del e-SUS; telecardiología; y el Programa Más Médicos. Este estudio revela que los municipios rurales remotos no son una unidad, visto que sede y zona rural son desiguales, en relación con las condiciones de vida, y además carecen de organización, políticas y financiación específicas para la garantía del acceso a la APS. Lo que se observa, con todas las limitaciones, son iniciativas municipales, con grandes dificultades para su mantenimiento y sostenibilidad y, a veces, sin la necesaria correspondencia con la utilización del espacio y vida social que definen los itinerarios sanitarios rurales.


Assuntos
Serviços de Saúde Rural , População Rural , Brasil , Humanos , Atenção Primária à Saúde , Saúde da População Rural
18.
Rural Remote Health ; 21(3): 6568, 2021 09.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34482699

RESUMO

INTRODUCTION: While Brazil has achieved a significantly higher coverage through primary care and improved health outcomes through the Family Health Strategy, rural areas still have worse indicators and several barriers to access primary healthcare units, which sometimes condition users to seek alternative answers outside the formal circuit. From the framework of medical anthropology, Arthur Kleinman indicates that the sociohistorical-cultural context also determines the search for health care, and not only by the conditions of access and availability of formal services. From this perspective, each health system would consist of three interrelated subsystems: the informal, the popular, and the professional subsystem, widely used in an overlapping and non-exclusive way, interacting according to an individual's needs. This study analyzes how informal and popular health subsystems are featured in a remote rural municipality in the Brazilian Amazon region. METHODS: This is a single, exploratory, qualitative case study conducted in the remote rural municipality of Assis Brasil, in the state of Acre, Brazil. Data were collected with onsite visits to the municipality through semi-structured interviews with users, managers, and health professionals. Data thematic analysis was guided by categories inspired by Arthur Kleinman's framework and emerging in the field, focusing on the dimensions of the informal and popular subsystems. RESULTS: In the informal system, family, friends, and community seem to have broader roles in the field of care, underpinning the social support network to allow using health services. Also included in the informal system are NGOs, armed forces, and the church, acting complementarily to the Unified Health System (Sistema Único de Saúde). Two patterns of relationship with the popular system were identified: in complementarity with the formal system, with the specific or longitudinal use of its resources, and replacing formal practices. In the popular system, secular healing agents such as shamans, healers, prayers, and midwives, and the use of medicinal herbs and other natural resources, are part of the care scenario, especially among the traditional populations of the territory. Popular resources are sometimes activated mainly due to geographic and economic barriers, which prevent timely access to health services and contribute to the deterioration of conditions. The level of resistance of health professionals varied according to the substitutive or complementary nature that such care assumes in users' therapeutic trajectories. CONCLUSION: Complex policies and processes such as health care have been implemented nationwide, in general, with a poor understanding of the context and culture of rural communities. In this sense, understanding the dynamics between the subsystems can help identify more appropriate and sensitive strategies for the organization of health services, which respond to the population's needs from a broader perspective, especially in the context of rurality.


Assuntos
Acessibilidade aos Serviços de Saúde , População Rural , Brasil , Pessoal de Saúde , Humanos , Atenção Primária à Saúde
19.
Cad Saude Publica ; 37(8): e00247820, 2021.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-34495095

RESUMO

The article aims to analyze the work process for community health agents (ACS in Portuguese) in remote rural municipalities (counties) and identify specificities and contributions to primary healthcare. The qualitative study included 23 interviews with ACS and nurses in the family health teams in five remote rural counties in western Pará State, Brazil. Analysis of the work process for ACS covered two interconnected dimensions: scope of practices and qualification for the work. The scope of practices proved to be comprehensive, involving family follow-up, individual care and preventive measures, collective approach, and administrative activities. Home visits are the main activity by ACS and an important form of contact between health services and the clientele, meeting different objectives of enrollment, care, and information. ACS in remote rural communities, usually the only available health resource, display a broader scope of practices than in the municipal seats, including individual procedures. The qualification of ACS for the work can either enhance or limit the development of their practices and was expressed by the high motivation of the ACS, insufficient supervision and continuing education, and low integration with the larger health team. Policies are needed that acknowledge the specificities and guarantee greater support (materials, transportation, and continuing education) for full development of work by ACS in remote rural communities in the Amazon. The expanded set of practices by ACS suggests that they are relevant actors for providing care, facilitating the population's access to the healthcare network, and as a real link between rural populations and health services in remote rural communities.


O objetivo do artigo é analisar o processo de trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS) em municípios rurais remotos e identificar especificidades e contribuições para o cuidado na atenção primária à saúde. O estudo qualitativo abrangeu 23 entrevistas com ACS e enfermeiros das equipes de saúde da família em cinco municípios rurais remotos do oeste do Pará, Brasil. A análise do processo de trabalho dos ACS contemplou duas dimensões interligadas: escopo de práticas e qualificação para o trabalho. O escopo de práticas mostrou-se abrangente, envolvendo acompanhamento familiar, cuidados e medidas preventivas individuais, abordagem coletiva e atividades administrativas. As visitas domiciliares constituem a principal ação dos ACS e uma importante forma de contato dos serviços de saúde com os usuários, atendendo a diferentes objetivos de cadastro, cuidado ou informação. Os ACS de localidades rurais remotas, em geral o único recurso de saúde acessível, apresentaram escopo de práticas mais abrangente que os da sede dos municípios, com inclusão de procedimentos individuais. A qualificação dos ACS para o trabalho pode potencializar ou limitar o desenvolvimento de suas práticas e foi expressa por alta motivação dos ACS, insuficiente supervisão e educação permanente e baixa integração com a equipe. São necessárias políticas que reconheçam as especificidades e garantam maior apoio (materiais, transporte e educação permanente) para o pleno desenvolvimento do trabalho do ACS nos municípios rurais remotos amazônicos. O conjunto ampliado de práticas dos Agentes sugere ser este um relevante ator para promover cuidados, facilitar acesso da população à rede de atenção à saúde e um elo real entre populações rurais e serviços de saúde em municípios rurais remotos.


El objetivo del artículo es analizar el proceso de trabajo de los agentes comunitarios de salud (ACS) en municipios rurales remotos e identificar especificidades y contribuciones para el cuidado en la atención primaria en salud. El estudio cualitativo abarcó 23 entrevistas con ACS y enfermeros de los equipos de salud de la familia en cinco municipios rurales remotos del oeste de Pará, Brasil. El análisis del proceso de trabajo de los ACS contempló dos dimensiones interrelacionadas: enfoque de prácticas y cualificación para el trabajo. El enfoque de prácticas se mostró amplio, implicando seguimiento familiar, cuidados y medidas preventivas individuales, abordaje colectivo y actividades administrativas. Las visitas domiciliarias constituyen la principal acción de los ACS e importante forma de contacto de los servicios de salud con usuarios, atendiendo a diferentes objetivos de registro, cuidado o información. Los ACS de localidades rurales remotas, en general el único recurso de salud accesible, presentaron un enfoque de prácticas más amplio que los de la sede de los municipios, con inclusión de procedimientos individuales. La cualificación de los ACS para el trabajo puede potenciar o limitar el desarrollo de sus prácticas y se expresó por la alta motivación de los ACS, insuficiente supervisión y educación permanente y baja integración con el equipo. Se necesitan políticas que reconozcan las especificidades y garanticen mayor apoyo (materiales, transporte y educación permanente) para el pleno desarrollo del trabajo del ACS en los municipios rurales remotos amazónicos. El conjunto ampliado de prácticas de los ACS sugiere que este es un actor relevante para promover cuidados, facilitar el acceso de la población a la red de atención en salud y como vínculo real entre poblaciones rurales y servicios de salud en municipios rurales remotos.


Assuntos
Serviços de Saúde Rural , População Rural , Brasil , Recursos em Saúde , Humanos , Atenção Primária à Saúde , Saúde Pública
20.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(11): e00255020, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1350404

RESUMO

Resumo: Analisam-se as características estruturais da atenção primária à saúde (APS), em suas dimensões de contexto e organizacional, em municípios rurais remotos da Região do Norte de Minas Gerais, Brasil. É um estudo de caso com abordagem qualitativa, utilizando-se 21 entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais das equipes de saúde da família (EqSF) e dados secundários. Para a dimensão de contexto, os resultados mostram que sob os municípios rurais remotos atuam condicionantes socioeconômicos que afetam a organização da APS e vulnerabilizam a população, sobretudo as das zonas rurais dos municípios rurais remotos. Em relação à dimensão organizacional, as principais características são: coexistência de adscrição formal e informal de clientela; duas modalidades de serviços de primeiro contato (unidades básicas de saúde - UBS, e centros de saúde 24 horas); priorização do atendimento à demanda espontânea; forte atuação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família para o desenvolvimento de atividades de promoção e prevenção; escopo ampliado de práticas do agente comunitário de saúde; garantia parcial de transporte para os usuários; informatização parcial das UBS com a implantação do e-SUS; telecardiologia; e o Programa Mais Médicos. Este estudo revela que municípios rurais remotos não são uma unidade, visto que sede e zona rural são desiguais em relação às condições de vida e carecem de organização, políticas e financiamento específicos para a garantia do acesso à APS. O que se observa, com todas as limitações, são iniciativas municipais com grandes dificuldades para a manutenção e a sustentabilidade e, por vezes, sem a necessária correspondência à utilização do espaço e da vida social que definem os itinerários sanitários rurais.


Resumen: Se analizan las características estructurales de la atención primaria a la salud (APS), en sus dimensiones de contexto y organizativas, en municipios rurales remotos de la Región del Norte de Minas Gerais, Brasil. Se trata de un estudio de caso con abordaje cualitativo, utilizándose 21 entrevistas semiestructuradas con gestores y profesionales de los equipos de salud de la familia (EqSF) y datos secundarios. Para la dimensión de contexto, los resultados muestran que bajo los municipios rurales remotos actúan condicionantes socioeconómicos que afectan la organización de la APS y vulnerabilizan a la población, sobre todo a la de las zonas rurales de los municipios rurales remotos. En relación con la dimensión organizativa, las principales características son: coexistencia de adscripción formal e informal de pacientes; de dos modalidades de servicios de primer contacto (unidades básicas de salud - UBS, y centros de salud 24 horas); priorización de la atención a la demanda espontánea; fuerte actuación del Núcleo de Apoyo a la Salud de la Familia para el desarrollo de actividades de promoción y prevención; alcance ampliado de prácticas del Agente Comunitario de Salud; garantía parcial de transporte para los usuarios; informatización parcial de las UBS con implantación del e-SUS; telecardiología; y el Programa Más Médicos. Este estudio revela que los municipios rurales remotos no son una unidad, visto que sede y zona rural son desiguales, en relación con las condiciones de vida, y además carecen de organización, políticas y financiación específicas para la garantía del acceso a la APS. Lo que se observa, con todas las limitaciones, son iniciativas municipales, con grandes dificultades para su mantenimiento y sostenibilidad y, a veces, sin la necesaria correspondencia con la utilización del espacio y vida social que definen los itinerarios sanitarios rurales.


Abstract: The study analyzes the structural characteristics of primary health care (PHC) in its contextual and organizational dimensions in remote rural municipalities (counties) in Northern Minas Gerais State, Brazil. This is a case study with a qualitative approach, using 21 semi-structured interviews with health system administrators and health care workers from the family health teams (EqSF), as well as secondary data. For the contextual dimension, the results show that socioeconomic factors in the remote rural municipalities condition the organization of PHC and leave the population vulnerable, especially in the rural areas of the remote municipalities. As for the organizational dimension, the principal characteristics are: coexistence of formal and informal assignment of the services' users, two modalities of first-contact services, namely basic health units (UBS) and 24-hour health centers; prioritization of response to the spontaneous demand; strong action by the Family Health Support Centers in the development of activities in promotion and prevention, expanded scope of practices by community health workers; partial guarantee of transportation for persons in treatment; partial computerization of the UBS with the implementation of the electronic patient record (e-SUS), telecardiology; and the More Doctors Program. The study found that remote rural municipalities are not a uniform unit, since the municipal (county) seat and the rural areas are unequal in terms of living conditions and lack specific organization, policies, and financing to guarantee access to PHC. With all the limitations, the observations show initiatives with major difficulties in maintenance and sustainability and sometimes without necessarily corresponding to the use of space and social life that define rural health itineraries.


Assuntos
Humanos , População Rural , Serviços de Saúde Rural , Atenção Primária à Saúde , Brasil , Saúde da População Rural
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA