RESUMO
Objetivou-se com este trabalho avaliar o risco de exposição do trabalhador rural aos agrotóxicos na cultura do tomate, utilizando a metodologia da pesquisa bibliográfica, buscando identificar os principais agrotóxicos utilizados e os possíveis danos à saúde do trabalhador na cultura. Pelos resultados encontrados nos trabalhos pesquisados constatou-se o uso de um grande número de inseticidas e fungicidas, verificou-se entre os agrotóxicos utilizados alguns como paration metílico da classe toxicológica I (extremamente tóxicos), com riscos crônicos de mutagênese, carcinogênese e considerados também como disruptores endócrinos. A condição de meeiro e a forma de remuneração do seu trabalho agravam o risco de exposição aos agrotóxicos do trabalhador rural e seus familiares. O uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI's pelos trabalhadores na cultura é precário e ausente em algumas situações, com falta de capacitação para sua utilização. Os órgãos públicos responsáveis pela vigilância e controle dos agrotóxicos estão mais focados no consumidor final e os resíduos presentes no tomate, ficando o trabalhador rural, o meio ambiente e o próprio tomate exposto aos agrotóxicos, inclusive de venenos não autorizados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Concluímos que para atenuar os problemas encontrados, é necessária uma fiscalização presente e atuante pelos órgãos responsáveis nas áreas de cultivo, associada com incentivos e promoção de uma agricultura orgânica, menos dependente de agrotóxicos